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terça-feira, 1 de março de 2022

Renamo considera que Nyusi encalhou DDR por medo de perder controlo das FDS

 


No arranque da XI Sessão da nova Legislatura da Assembleia da Republica, os dignos representantes do povo moçambicano voltaram a trocar acusações. O chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, declarou que os êxitos da Forca Conjunta no Teatro Operacional Norte, incomodam a Renamo uma vez que esta sempre foi contra intervenção das tropas estrangeiras sem antes auscultar a Assembleia da Republica. No contra – ataque, o maior Partido da oposição em Moçambique declarou que  o DDR encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

O inicio foi como o fim para os três partidos com assentos na Assembleia da Republica. Tal como aconteceu na ultima sessão de 2021, no arranque dos trabalhos do corrente ano a Frelimo, Renamo e MDM voltaram a trocar acusações.

Para o chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, as conquistas das forcas que se encontram na linha da frente no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado incomodam a Renamo, uma vez que o Partido liderado por Ossufo Momade ainda defende que o Presidente da Republica antes de aceitar a entrada das tropas ruandesas e da SADC tinha auscultar a Assembleia da Republica.

“Os moçambicanos são testemunhas de que está RENAMO e sua Junta Militar sempre se opuseram as forças da SADC e do Ruanda para combater o terrorismo. A mesma RENAMO prognosticou um caos aquando do início da pandemia de Covid-19 em Moçambique. Os moçambicanos sabem que desta RENAMO os moçambicanos não se surpreendem porque sabem que é uma força forjada para desestabilizar, matar e destruir para desestabilizar o desenvolvimento do país”, atacou Pantie

Contra – atacando, Viana Magalhães, Chefe da Bancada Parlamentar do maior Partido da oposição em Moçambique, declarou que o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos ex-guerrilheiros da Renamo encalhou tudo por culpa daqueles que não querem a paz e tranquilidade em Moçambique.

“O DDR encalhou porque o chefe do comando operativo não quer perder o controlo das Forças de Defesa e Segurança, porque como disse o seu chefe e seu mentor não pode partilhar assuntos do estado porque a RENAMO é uma pedra no sapato daqueles que vivem a democracia no corpo do comunismo alicerçado no partido único”, disse Magalhães

“Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra”

Indo mais longe, Magalhães lançou um serio aviso ao Governo, declarando que o incumprimento do DDR é um barril de pólvora que um dia pode mergulhar o país no caos. Por outro lado, o chefe da Bancada Parlamentar da Renamo pediu um basta ao clima que perseguição que se vive no país desde Filipe Nyusi assumiu o poder.

“Chega de corruptos, chega de raptores, chega de sequestros, chega de esquadrões de morte, chega de caloteiros, chega de patrocinadores de terrorismo, cega de indolentes, chega mesmo. O nosso chega não será suficiente se o nosso povo não tomar atitudes e ações concretas constitucionalmente estabelecidas. É preciso agir e a hora é agora. Os camaradas sempre defenderam uma governação com base na promoção da guerra para como uma forma apropriada de esconder a incapacidade de governar daí afirmamos que todos são farinha do mesmo saco”.

Por sua vez, Lutero Simango, presidente e chefe da Bancada Parlamentar do MD, focou-se no restabelecimento da paz e tranquilidade na província de Cabo Delgado, propondo um dialogo com os grupos que, desde 2017, semeiam luto e terror naquele ponto do país.

“Medidas sociais e econômicas devem ser adoptadas de forma inclusiva e participativa com maior enfase para a juventude que deve ser orientada para exercer a soberania com auto estima e moçambicanidade”, avançou Simango.

De referir que na IX Sessão da nova Legislatura da  Assembleia da Republica serão  instrumentos de debate as leis de radiodifusão e da comunicação social,  depositados no Parlamento há cerca de dois anos.


Fonte:Evidências

Guebuza vs Nyusi : Jogo aberto para o Congresso

 


Guebuza estende Nyusi e fortifica a sua imagemNyusi vai ao congresso fragilizado e pode sair humilhadoDepois de anos como saco de pancadas, Guebuza volta a luta com a cabeça erguida


Grupos ligados a Nyusi intensificam propaganda para limpar imagem do PR


Quando o julgamento das dívidas ocultas arrancou, a 28 de Agosto do ano passado, estava tudo arquitectado para que o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, fosse humilhado e tirado de cena no panorama político interno do partido no poder, contudo, a sua audição, semana finda, para além de sacudir a “poeira” sobre o limite da sua responsabilidade no caso das dívidas ocultas, acabou reforçando o seu capital político e colocou sérias dúvidas sobre a integridade do actual Chefe do Estado, Filipe Nyusi, que agora arrisca-se a ir ao Congresso, de Setembro próximo, fragilizado politicamente, podendo sair humilhado. Protegido pelo tribunal e pelo Ministério Público, Filipe Nyusi é o único que prestou declarações à PGR durante a instrução preparatória, que não foi chamado como declarante para confirmar os seus dados e ser confrontados com os novos. Como tal, a opinião pública entende que a velada protecção demonstrada pelo juiz prova que ele tem algo a temer e, desde as declarações de Guebuza, o seu círculo de propaganda, através das redes sociais e órgãos de comunicação social, vem fazendo de tudo para limpar a sua imagem na opinião pública.

Reginaldo Tchambule

As tensões nalguns círculos do já fraccionado em alas partido Frelimo começaram a subir logo após a marcação do arranque, a 28 de Agosto, do julgamento do processo das dívidas ocultas em Moçambique, quase seis anos após o início da instrução preparatória e dois após a detenção preventiva do primeiro grupo dos 19 arguidos.

À medida que decorria o julgamento, a tenda da BO transformou-se num campo de batalha política titânica. Mas a guerra não só é travada a nível do tribunal, como também fora deste, tendo em conta que os “camaradas” encontram-se a preparar o Congresso electivo de 23 e 28 de Setembro próximo e já começaram a ser formadas as alianças para a sucessão de Filipe Nyusi como candidato do partido no poder à Presidente da República.

O seu mandato termina em 2024 e o julgamento das dívidas ocultas, para além de uma acção de busca de justiça e responsabilização, transformou-se desde o início numa batalha política, opondo as alas dominadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi e a do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, uma velha raposa da política moçambicana, que nos últimos anos tem se queixado de alguma perseguição por parte do seu sucessor.

Aliás, durante a sua audição, semana finda, Guebuza queixou-se do executivo de Filipe Nyusi estar empenhado em escangalhar o seu legado e deu indicações de que o julgamento é uma extensão da luta política.

Coincidência ou não, quase metade dos 19 arguidos fazem parte do círculo de Armando Guebuza ou têm conexões com alguém que lhe é próximo, incluindo o seu filho mais velho, Armando Ndambi Guebuza, a sua secretária particular, Inês Moiane, e o seu conselheiro Renato Matusse.


No dia em que Guebuza jogou pela sua sobrevivência


Numa audição marcada por constantes cortes de energia eléctrica, depois de na madrugada homens armados terem tentado sabotar o posto de transformação que alimenta a cadeia da máxima segurança, incluindo a tenda da BO, o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, assumiua responsabilidade, pelo menos política, pela concepção do Projecto de Protecção da Zona Económica e Exclusiva, que culminou com a criação das empresas ProIndicus, EMATUM e MAM, que se beneficiaram dos empréstimos na ordem de 2.2 mil milhões de dólares norte americanos avalizados de forma ilegal pelo Estado.

“Assumo responsabilidade pelo criação do SIMP, eu era Presidente da República, queria defender todo o país, incluindo o juiz”, justificou Guebuza, batendo na tecla de que as três empresas faziam parte do Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP), contrariando a posição do Ministério Público.

O antigo chefe do Estado disse que tomou a decisão devido a algumas ameaças à soberania que se registavam na altura, ligadas à entrada ilegal de estrangeiros pelas fronteiras mais a norte do país, para além da intensificação do tráfico de drogas que entravam no país pela via marítima. Igualmente, justificou a decisão apontando ataques piratas e de homens armados da Renamo.

No entanto, referiu ter confiado a negociação de aspectos financeiros e a operacionalização do projecto ao Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, pelo que remeteu a parte das questões ao antigo ministro da Defesa, Filipe Nyusi.

“Eu fiz um despacho em que delegava os poderes de negociação ao ministro da Defesa (Filipe Nyusi), ministro do Interior (Alberto Mondlane) e ao Director Geral do SISE (Gregório Leão). Portanto, havia um grupo delegado para negociar, não precisava ser eu a saber (de questões ligadas ao financiamento das empresas). Talvez o chefe do Comando Operativo (Filipe Nyusi) pudesse esclarecer melhor”, disse Guebuza, assumindo, que ele é que orientou o Comando Operativo para procurar financiamento, o que justifica o facto de terem sido Filipe Nyusi (em carta enviada a Manuel Chang) e Gregório Leão a solicitarem garantias a favor das três empresas.

Perante a insistência do Ministério Público, Guebuza voltou a atirar “não sei se estará cá alguém do comando operativo para explicar… O comando operativo tinha o seu chefe, que era o ministro da Defesa Nacional”, sentenciou, empurrando parte da responsabilidade para Filipe Nyusi. Durante toda a audição, que durou dois dias, Guebuza citou várias vezes o nome de Nyusi, tendo chegado a responsabilizá-lo pelo insucesso na implementação das três empresas.


Filipe Nyusi fragilizado e poderá sair humilhado no Congresso


Observadores em Maputo acreditam que as declarações de Guebuza, durante os dois dias da sua audição fazem parte da sua estratégia de sobrevivência política dentro e fora do partido e, ao que tudo indica, funcionou, pois neste momento todas as dúvidas pairam sobre o envolvimento de Filipe Nyusi nas dívidas ocultas e a sua imagem está, neste momento, bastante beliscada e poderá chegar ao Congresso que vai decidir a sua sucessão bastante fragilizado.

Depois da sentença do processo de Maputo, Nyusi fica com a “dívida” de Londres, onde a PrivInvest tenta arrastá-lo à brasa, tendo já conseguido uma autorização da Corte Suprema de Londres para notificar o Presidente de Moçambique para o julgamento que, de resto, está marcado para 2023, altura em que Nyusi estará quase a deixar o poder.

Aquando da contratação das dívidas ocultas, Filipe Nyusi era ministro da Defesa e, por inerência de funções, coordenador do Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, tornando-se uma das peças-chave do SIMP, tendo assinado alguns documentos, como é o caso da carta de 14 de Janeiro de 2013, dirigida a Manuel Chang, em que solicita garantias a favor da ProIndicus e aponta a Credit Suisse como solução para o financiamento.

Apesar de ter negado conhecer os fundamentos da criação da EMATUM e MAM durante as suas declarações no quadro da instrução preparatória, há muitas inconsistências nas declarações de Filipe Nyusi. Não convence a ninguém a tese de que não sabia da existência da MAM, cujos estaleiros, na base naval do exército moçambicano em Pemba, começaram a ser montados quando ainda era ministro e foram inaugurados no seu governo pelo ministro Salvador Mtumuke.

Ademais, há cartas inéditas que mostram seus contactos com o SISE, através de Gregório Leão e António Carlos do Rosário, sobre as três empresas, em que é dado a conhecer os desenvolvimentos da sua implementação e chega a dar sugestões.

Como se tal não bastasse, a imagem de um juiz e uma procuradora do Ministério Público empenhados em tudo fazer para que o seu nome não fosse associado ao calote e evitar a todo custo que fosse declarante, apesar de ter sido citado do primeiro ao último dia de audições, ao mesmo tempo que grupos de propaganda foram espalhados pelas redes sociais e órgãos de comunicação social para limparem a sua imagem, reforçam a ideia de que Filipe Nyusi tem algo que pretende manter oculto.

As declarações de Guebuza aumentaram as fricções dentro do partido no poder, entre Nyusi e Guebuza, cujo mal-estar dura há alguns anos. Celso Correia, o principal cérebro por detrás da governação e estratégias de Nyusi, quem acredita-se que tenha sob controlo, foi gravado em 2019 numa conversa com Inês Moiane, antiga secretária particular de Guebuza, tentando uma reconciliação entre os dois presidentes.

Durante a conversa, Celso Correia chegou a insinuar ter poder para influenciar a Procuradora-Geral da República para, uma vez conseguido o encontro entre Nyusi e Guebuza e aparentemente um pacto, “mexer alguns pauzinhos” para que ela e outros elementos próximos do antigo Presidente não fossem detidos. A verdade é que a conversa acabou sendo divulgada e nunca houve o encontro. Inês Moiane e os outros acabaram sendo recolhidos aos calabouços.

Neste momento, Guebuza conta com alguma solidariedade não só de uma parte da sociedade moçambicana, como também dentro do partido, havendo a destacar alguma proximidade com o também antigo Presidente da República, Joaquim Chissano e outros membros influentes de aspirações sulistas, que durante os últimos anos viram seus interesses económicos e empresariais colocados em causa pela ala Maconde, que tem como patriarca Alberto Chipande. Acredita-se que Guebuza e Chissano estejam em concertações para endossar seu apoio a um dos candidatos.


Fonte:Beira Notícias

Ucrânia: Oposição parlamentar moçambicana condena “guerra de invasão”, Frelimo em silêncio

 


A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, e o MDM, terceiro partido, condenaram hoje a invasão da Rússia à Ucrânia, criticando o “silêncio” do Governo moçambicano em relação à ação militar de Moscovo.

“É inconcebível e lamentável que, em pleno século XXI, um país lance uma guerra de invasão contra outro país”, afirmou o chefe da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Viana Magalhães.

Magalhães falava no discurso de abertura da V sessão ordinária da Assembleia da República (AR), que hoje retomou os trabalhos, após o interregno de fim de ano.

A ação militar russa na Ucrânia, prosseguiu, é uma violação do Direito Internacional e mostra falta de bom senso por parte de Vladimir Putin, Presidente da Rússia.

“Apelamos a que se siga o caminho do diálogo”, declarou Viana Magalhães, cujo partido negociou vários acordos de paz para acabar com conflitos armados que o opuseram ao Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O chefe da bancada parlamentar da Renamo criticou o “silêncio” do executivo de Maputo em relação à “invasão russa”, qualificando essa postura como “preocupante”.

A Frelimo foi um aliado de Moscovo durante o tempo da ex-URSS, tendo recebido apoio militar durante a luta contra o colonialismo português e ajuda económica e financeira depois da independência do país, em 1975.

Moçambique recebeu centenas de cooperantes russos de várias especialidades, no quadro da chamada política de solidariedade internacional implementada pelo ex-bloco do Leste em relação aos países da sua área de influência ideológica.

Numa nota enviada em resposta a um pedido da Lusa, o vice-chefe do Departamento de Informação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Augusto Pelembe, “repudiou os ataques à Ucrânia” defendendo uma “saída diplomática urgente”.

“O MDM insta, através ao contínuo repúdio e condenação a estes ataques à Ucrânia. Como moçambicanos e africanos, no geral, condenámos”, lê-se no comunicado.

Augusto Pelembe assinalou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem um enorme potencial de afetar a economia moçambicana, observando que o país africano importa da Rússia a maioria do trigo que consome.

A Frelimo não se quis pronunciar sobre o tema e o Governo moçambicano também ainda não falou a respeito do assunto.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.



Fonte:Cartamoz

Rússia já não pode sobrevoar espaço aéreo da União Europeia

 


Os países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, decidiram fechar os céus europeus aos aviões russos no âmbito das sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, reforçadas com a aprovação da exclusão da Rússia do sistema SWIFT de pagamentos internacionais.

A par do estrito segundo pacote de sanções, que visa limitar, desde logo, a capacidade de financiamento russo do esforço de guerra, os parceiros europeus avançaram igualmente com uma medida inédita: financiar a compra de armas para enviar para a Ucrânia.


Fonte:MMO

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Polícia sul-africana deteve líder do sequestro de Jahyr Abdula em Joanesburgo

 


A Polícia sul-africana anunciou ontem a detenção, em Brackenhurst, sul de Joanesburgo, de um homem de 37 anos suspeito de liderar o sequestro do moçambicano Jahyr Abdula e de outros raptos em Gauteng e na capital moçambicana, Maputo.

Contactada pela Lusa, a porta-voz do comando nacional da Polícia (SAPS, na sigla em inglês), Athlenda Mathe, avançou que o homem é de nacionalidade sul-africana.

Num comunicado divulgado na tarde de ontem, a polícia sul-africana considerou, sem avançar detalhes, o homem de 37 anos como sendo “o mentor e suposto líder por trás de uma onda de sequestros de elevado perfil em que foi exigido resgate, em várias partes de Gauteng, bem como em Maputo, Moçambique”.

Segundo a força de segurança sul-africana, o alegado mentor do sequestro do filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula, foi detido juntamente com mais três associados na passada quarta-feira, em Brackenhurst, junto a Alberton, localidade no sul de Joanesburgo, a capital económica do país, onde reside uma vasta comunidade portuguesa e lusodescendente.

“Nesta morada, a polícia encontrou e apreendeu três veículos de alta potência, 6.000 comprimidos de Mandrax, dinheiro em numerário, um recibo de venda de uma propriedade de 1,9 milhões de rands [110 mil euros], em Bryanston, várias roupas de marcas de luxo, todos os quais a polícia acredita terem sido adquiridos com o dinheiro dos pagamentos de resgate em dinheiro”, explicou a SAPS.

“Os quatro foram presos e estão sob custódia policial”, salientou.

A polícia sul-africana adiantou que um quinto elemento desta rede criminosa foi preso também, na quinta-feira, em Benoni, cerca de 40 quilómetros a leste da capital sul-africana, outra região significativa de portugueses e falantes de português.

“O mentor e seus associados são acusados de sequestro e de exigirem resgate em vários casos de elevado perfil, incluindo o de Jahyr Abdula, um cidadão moçambicano e o seu amigo, sequestrados em 15 de Outubro de 2021”, referiu a polícia sul-africana.

Segundo a SAPS, “a dupla tinha acabado de entrar em Joanesburgo vinda de Moçambique numa coluna de três veículos quando foram parados pelos seus captores que numa carrinha BMW azul equipada com luzes azuis e sirenes”.

“A dupla foi retirada da coluna e mantida em cativeiro”, adiantou.

A polícia sul-africana revelou que “o amigo de Abdula foi resgatado no mesmo dia por vários elementos das agências de segurança do país em articulação com empresas de segurança privada”, acrescentando que “[Jair] Abdula foi resgatado um mês depois numa residência na sexta-feira, 26 de Novembro de 2021”.

A SAPS destacou ainda o caso de Yasin Bhiku, um cidadão indiano que foi sequestrado à porta de sua casa em Lenasia, em 11 de Janeiro de 2021.

Apesar de não estar relacionada com este sindicato criminoso, a polícia sul-africana anunciou também ontem o resgate de uma menina de 11 anos que foi raptada à porta da escola em Mayfair, no ano passado.

A menina foi posteriormente encontrada e resgatada num assentamento informal perto do Soweto, sudoeste de Joanesburgo, segundo a polícia sul-africana.

A brigada especial anti-sequestro foi criada em 18 de Novembro de 2021, após um aumento no número de casos de sequestro em que foi exigido resgate, refere-se no comunicado da polícia sul-africana.

A África do Sul, um dos países mais violentos do mundo, registou um aumento do número de raptos denunciados à polícia no último trimestre de 2021, com 85 casos de pessoas sequestradas por resgaste, a maioria em Gauteng, segundo a polícia sul-africana. 

Rússia fora da SWIFT e Moçambique sofrerá

 


Mais de 300 bancos russos estão impedidos de realizar transações com congéneres do mundo inteiro em resultado da retirada da Rússia da SWIFT, por decisão da União Europeia. E Moçambique também vai sofrer impacto negativo da medida.

Como forma de sancionar a Rússia pelo ataque à Ucrânia, Bruxelas decidiu retirar a Rússia da SWFT, que até então era o segundo maior país naquela plataforma, atrás apenas dos Estados Unidos.

Entretanto, o economista Muktar Abdul Carimo entende que o que devia punir apenas à Rússia pode pôr de joelhos o mundo inteiro. E, antes de atingir a todos os países, “o primeiro impacto será mesmo para os da comunidade europeia, principalmente a Alemanha, que depende do gás que vem da Rússia. Fora isso, a Rússia é dos maiores exportadores, fora gás e petróleo, de trigo”, explica o economista.

Sucede que, com a Rússia fora da SWIFT, os bancos russos passam a não poder fazer nem receber pagamentos vindos do estrangeiro. Isto vai dificultar a circulação de importantes commodities russas, como o petróleo e o gás natural. E é aí que Moçambique começa a sofrer os efeitos.

“Com esta retirada, os países dos combustíveis automaticamente vão subir, a inflação nos países também dispara”, porque “tudo depende dos combustíveis e do petróleo”, e isso vai também “limitar a capacidade do Estado para fazer investimento”, explica Abdul Carimo.

O economista Muktar Abdul Carimo entende que, a estas alturas, tudo que Moçambique pode fazer é tomar medidas para atenuar “porque evitar já não é possível, nem para Moçambique nem para qualquer outro país”.

Talvez pelo seu nível de dependência em termos de petróleo, a Alemanha, por exemplo, foi um dos países que defendeu a permanência da Rússia na SWIFT. Não que ela, a Alemanha, concorde com a invasão russa à Ucrânia. Aliás, enviou para a Ucrânia 500 mísseis terra-ar e armamento anti-tanques. Para além disso, vai interditar o seu espaço aéreo a aviões russos, tal como fizeram a Polónia e a Roménia.

Ucrânia aceita negociar com a Rússia

 


Presidência da Ucrânia anuncia que concorda participar em conversações com a Rússia na fronteira com a Bielorrússia, perto de Chernobyl. Protestos contra a guerra reuniram hoje (27.2) centenas de milhares pela Europa.

O Presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo ucraniano, Volodymir Zelenskyy.

Neste domingo (27.2), as ameaças entre Moscovo e o Ocidente subiram de tom, a ponto do Presidente russo, Vladimir Putin, anunciar forças nucleares russas em "regime especial". Isso significa que Putin ordenou que armas nucleares russas fossem preparadas para uma maior prontidão de lançamento.os

Após o anúncio de Moscovo, que chocou o mundo, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que estava disposto a "tentar" conversações com a Rússia, mas acrescentou que é "céptico" se estas conduzirão a um cessar-fogo. 

"Aleksandr Lukashenko (o Presidente bielorrusso) me pediu que as delegações russa e ucraniana se reunissem no rio Pripyat. Ressalto: sem condições. E digo isso com franqueza, como sempre, não acredito muito no resultado desta reunião. Mas vamos tentar", afirmou.

O Presidente da Biolorrúsia, Alexander Lukashenko (esq.), e o Presidente russo, Vladimir Putin (dir).

Bielorrússia media negociações

O presidente bielorrusso "assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, as negociações e o retorno da delegação ucraniana" a Kiev.

Pouco antes, a Rússia informou que sua delegação estava indo para a região de Gomel, perto da fronteira ucraniana, para negociar uma possível cessação das hostilidades com a Ucrânia, segundo o chefe da delegação russa, Vladimir Medinski, assessor do presidente Vladimir Putin.

"No momento, está sendo elaborado o caminho para escolher o local na região de Gomel onde será garantida a máxima segurança para o lado ucraniano", detalhou Medinski. O encontro acontece no posto de controle Aleksandrovka-Vilcha, na fronteira ucraniana-bielorrussa, próximo à "zona de exclusão" criada em torno da usina nuclear de Chernobyl após o acidente de 1986.

Nesta manhã, Zelensky se recusou a negociar no território da Bielorrússia, país que acusou de ser cúmplice da agressão da Rússia ao seu país. "Varsóvia, Budapeste, Istambul, Baku, propusemos tudo isso para o lado russo e, de fato, qualquer outra cidade em qualquer país de onde os mísseis não sejam lançados contra nós vale a pena", disse Zelensky em outra mensagem de vídeo.

Kiev destruída após ataques russos.

União Europeia (UE) anuncia compra de armas

Na sequência do anúncio de Zelensky, pela primeira vez em sua história, a União Europeia (UE) anunciou que compraria armas para um país sob ataque, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia também propôs a proibição da passagem de qualquer avião russo pelo espaço aéreo da União Europeia e o veto às transmissões da Russia Today e da Sputnik em território comunitário, bem como novas sanções contra Bielorrússia por sua colaboração na invasão da Ucrânia.

Também o grupo G7 das principais nações industrializadas advertiu Moscovo de que poderia enfrentar sanções adicionais se a guerra na Ucrânia continuasse. Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos também concordaram hoje que quaisquer ganhos militares russos na Ucrânia não receberiam reconhecimento internacional.

A Suécia disse hoje que enviaria lançadores anti-tanque, rações de campo, capacetes e coletes anti-tanque para a Ucrânia.

Mais cedo, esta manhã, o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou gastos massivos com a Defesa do país que, segundo ele, implicará o compromisso chave de pelo menos 2% do PIB da Alemanha; à medida que o conflito na Ucrânia obrigada Berlim a repensar a sua política externa.

Portugal, além de outros países, decidiu fechar o seu espaço aéreo a companhias russas. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou hoje ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a "condenação veemente" de Portugal à invasão russa da Ucrânia e o "apoio solidário à corajosa resistência ucraniana".

Centenas de milhares de pessoas em Berlim reunidas hoje pediram o fim da Guerra na Ucrânia.

Protestos

Ativistas russos contra a guerra continuaram hoje a manifestar-se nas ruas, de Moscovo à Sibéria, protestando contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, apesar das detenções de centenas de manifestantes ocorridas nos últimos dias. 

Durante os quatro dias da guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia, as autoridades russas detiveram 5.250 pessoas por se manifestarem contra o conflito, segundo informou neste domingo a OVD-info, organização especializada em monitorar prisões e defender detidos

Desde o início da invasão russa, protestos eclodiram em várias cidades do mundo a guerra travada por Putin. Em Berlim, neste domingo, centenas de milhares de pessoas se manifestaram sob o lema "Pare a guerra. Paz para a Ucrânia e toda a Europa". Estima-se o número de participantes em cerca de meio milhão, apesar de apenas cerca de 20.000 pessoas terem se registradas.

Os manifestantes exigiram que o Governo russo encerre os ataques, retire-se da Ucrânia e restaure sua integridade territorial, e pediram ao Executivo alemão que mantenha as fronteiras abertas para refugiados.

A Ucrânia informa que pelo menos 352 civis, entre eles 14 crianças, foram mortos no país em decorrência do conflito. Hoje, o ACNUR, Agência de Refugiados da ONU, aumentou o número de refugiados ucranianos que deixaram seu país devido à guerra para 368 mil, incluindo os 150 mil que fugiram para a vizinha Polônia.

Nesta segunda-feira (28.2), o Conselho de Segurança da ONU realizará outra reunião urgente sobre a guerra na Ucrânia para abordar a crise humanitária, informaram neste domingo fontes diplomáticas.


Fonte:DW

Putin põe forças nucleares em alerta. Saiba onde atacaram os russos na Ucrânia

 


Rússia e Ucrânia aceitam negociações de paz sem precondições.

Vladimir Putin colocou este domingo as forças nucleares russas em alerta perante as

“ameaças da NATO”, numa escalada perigosa e de consequências imprevisíveis que ocorre no mesmo dia em que Rússia e Ucrânia aceitaram sentar-se à mesa das negociações para discutir a paz após quatro dias de violentos combates.

“Não só os países ocidentais tomaram medidas hostis contra a Rússia no plano económico - estou a falar das sanções ilegais que todos conhecemos -, mas os líderes dos principais países da NATO permitem-se fazer declarações agressivas contra o nosso país”, afirmou o Presidente russo ao anunciar a colocação das forças nucleares de dissuasão do país “num estado especial de prontidão”, que não especificou.



Fonte:CM


domingo, 27 de fevereiro de 2022

Ucrânia faz frente a Putin. Resistência ucraniana trava avanços russos

 


Kiev resiste a assalto noturno e presidente ucraniano diz que plano russo “fracassou”. Rússia captura primeira cidade e redobra ofensiva.

A Ucrânia continuava este sábado a resistir ao assalto cada vez mais brutal das forças russas, que parecem ter sido surpreendidas pela coragem e tenacidade das tropas ucranianas. Kiev é o símbolo maior dessa resistência e continuava este sábado sob controlo do governo ucraniano apesar de um feroz assalto noturno e de fortes bombardeamentos, num dos quais um edifício residencial foi atingido por um míssil, num ataque que contradiz as garantias russas de que não estão a atingir alvos civis.

Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças, no ataque que esventrou um prédio com mais de 30 andares na zona Sul da capital ucraniana, perto do Aeroporto Sikorsky. O ataque ocorreu às primeiras horas da manhã, após aquela que foi a noite mais complicada para os defensores de Kiev, que enfrentaram um forte assalto das forças avançadas russas no Bairro de Obolon, na zona Norte da capital. “Aguentámos e repelimos os ataques inimigos. A luta continua”, disse o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantando que os planos russos “fracassaram”.

Os combates em Kiev contradizem as alegações russas de que Putin teria ordenado uma suspensão das ações ofensivas na sexta-feira para dar espaço a uma possível negociação. Segundo o Kremlin, a ofensiva teria sido retomada este sábado à tarde após o fracasso dessa tentativa de diálogo, mas a realidade é que durante a alegada trégua houve registo de fortes combates e bombardeamentos em vários pontos do país além de Kiev. 

A sul, as tropas russas anunciaram ter tomado a cidade de Melitopol, o primeiro grande centro urbano capturado desde o início da invasão, e havia relatos de bombardeamentos em Carcóvia e Mariupol. Pelo menos 19 civis terão morrido na região de Donetsk durante os ataques deste sábado, incluindo seis imigrantes gregos. As tropas russas estavam também a aproximar-se da Central Nuclear de Zaporizhzhia, no Sul, e terão destruído uma barragem construída na região de Kherson em 2014 para impedir o abastecimento de água à Crimeia ocupada.



Fonte:CM

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Facebook bloqueou os meios de comunicação social russos devido a invasão à Ucrânia

 


O Facebook disse na sexta-feira que bloqueou os meios de comunicação social apoiados pelo Kremlin de ganhar dinheiro na rede social, em resposta à invasão russa da Ucrânia.

Agora proibimos os ‘media’ estatais russos de colocar anúncios ou ganhar dinheiro na nossa plataforma em qualquer lugar do mundo”, disse na rede social Twitter o chefe de política de segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, acrescentando que a medida está prestes a ser implementada.

Gleicher prometeu que o Facebook vai continuar a “assinalar como ‘media’ estatal” mais meios de comunicação social apoiados pelo Estado russo. “Estas mudanças já começaram a ser implementadas e vão continuar durante o fim de semana”, disse.

A rede social, parte do grupo Meta, está a acompanhar de perto a situação na Ucrânia, disse Gleicher. “Vamos continuar a partilhar os passos que estamos a tomar para proteger as pessoas na nossa plataforma”, acrescentou.

O acesso ao Facebook foi na sexta-feira restringido na Rússia após os dirigentes daquela plataforma se terem recusado a suspender a “verificação de factos”, conforme solicitado pelo Kremlin, adiantou o vice-presidente do Meta, Nick Clegg.

O antigo vice-primeiro-ministro britânico acrescentou que o Meta pretende que os russos “continuem a ser ouvidos, partilhem o que está a acontecer e se organizem no Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger”, todas as plataformas do grupo.

As autoridades russas anunciaram uma “restrição parcial” no acesso ao Facebook, depois da rede social norte-americana ter limitado as contas de vários meios de comunicação social apoiados pelo Kremlin, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

O regulador russo das comunicações, Rozkomnadzor, afirmou que as restrições afetaram a agência de notícias estatal RIA Novosti, o canal de televisão estatal Zvezda e os ‘sites’ pró-Kremlin lenta.ru e gazeta.ru., de acordo com a agência de notícias Associated Press.

As restrições das contas, segundo o Rozkomnadzor, incluíram a marcação do conteúdo como não credível e a imposição de restrições técnicas nos resultados de pesquisas, para reduzir audiências das publicações no Facebook.



Fonte:MMO notícias