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SAMIM entrega armas capturadas aos terroristas em Cabo delgado
Diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas durante diversas operações…
Diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas durante diversas operações…
O Banco de Moçambique (BM) reporta que o desempenho do sistema financeiro moçambicano permaneceu resiliente, eficiente e eficaz durante o primeiro semestre de 2020, apesar de vários desafios enfrentados pelo sector, com destaque para a crise pandémica e insegurança no centro do país e norte da província de Cabo Delgado.
“O sector bancário, que domina a provisão de produtos e serviços financeiros, apesar de manter altas taxas de concentração em três instituições de importância sistémica [BCI, BIM e Standard Bank], continua sólido, estável, com níveis adequados de capitalização e de liquidez, ainda que persistam alguns desafios em relação à qualidade dos activos”, reporta o BM em Boletim de Estabilidade Financeira referente ao primeiro semestre de 2020.
Publicado em princípios de Janeiro corrente, o Boletim revela que, no final do primeiro semestre de 2020, os referidos bancos de importância sistémica mantiveram, em conjunto, uma posição dominante em termos de níveis de concentração com 65,9% de activos, 70,0% de depósitos e 60,7% de créditos.
Activos do sector financeiro
Balanço semestral exibido em Boletim mostra que, no primeiro semestre de 2020, os activos do sector bancário ascenderam a 716.091 milhões de Meticais, representando um crescimento de 6,8% e 12,3% em relação a Dezembro e Junho de 2019, respectivamente. O BM explica que esta variação positiva em relação ao período homólogo foi motivada essencialmente pelo aumento dos activos financeiros (20,7%), aplicações em Instituições de Crédito (IC) em 19,5% e activos tangíveis e intangíveis em 15,3%.
“De realçar que este incremento do activo foi financiado principalmente pelo aumento dos depósitos. O crédito continua a representar uma parcela substancial do balanço do sector bancário, com o peso de 33,6% (35,3% em Junho de 2019)”, lê-se no informe que temos vindo a citar.
Passivos do sector
No que respeita ao passivo, a nossa fonte descreve que os depósitos se mantiveram como principal fonte de financiamento das IC, no período em análise, ascendendo a 499.804 milhões de Meticais, representando um aumento de 7,9% e 13,0% em relação a Dezembro e Junho de 2019, respectivamente. Do total dos depósitos, desagrega o Boletim, 355.373 milhões de Meticais estavam representados em moeda nacional (71,1%) e 144.422 milhões de Meticais (28,9%) em moeda estrangeira.
“Os capitais próprios do sector bancário totalizaram 125.902 milhões de meticais, representando um incremento de 1,9% e 9,1%, em relação a Dezembro e Junho de 2019. Em relação ao período homólogo, esta variação deveu-se sobretudo à expansão das reservas em 8.271 milhões de meticais (16,5%)”, acrescenta a fonte.
Solvabilidade sistémica
No que tange à solvabilidade do sector financeiro nacional, o BM relata em informe que o rácio se fixou em 25,4% (29,0% em Dezembro e 24,2% em Junho de 2019), muito acima do mínimo regulamentar (12,0%).
“No primeiro semestre de 2020, a carteira de crédito bruto do sector bancário ascendeu a 267.985 milhões de meticais, sendo 201.327 milhões de meticais (75,1%) em moeda nacional e 66.658 milhões de meticais (24,9%) em moeda estrangeira. Em relação a Dezembro e Junho de 2019, esta aumentou em 6,1% e 7,8%, respectivamente. No que tange à performance do crédito, destaca-se o aumento do crédito vencido há mais de 90 dias (NPL), situando-se em 39.933 milhões de meticais, tendo incrementado 37,3% e 38,8% comparativamente a Dezembro e Junho de 2019, respectivamente”, mostra a nossa fonte.
Rendibilidade afectada
Em Boletim de Estabilidade Financeira, o BM revela que, em consequência do abrandamento da economia moçambicana e da deterioração da qualidade dos activos, devido à crise pandémica, o sector bancário registou uma diminuição dos resultados líquidos em 1.125 milhões de Meticais (12,1%), passando de 9.304 milhões de Meticais em Junho de 2019 para 8.179 milhões de Meticais em Junho de 2020. O BM explica que esta variação se deveu essencialmente ao aumento de imparidades para créditos. (Carta)
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