Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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As medidas de prevenção e combate à COVID-19 estão em xeque no Centro de Saúde 1º de Maio, na cidade de Maputo. À entrada, pacientes e trabalhadores não medem temperatura do corpo, não lavam nem desinfectam as mãos e já no interior não cumprem o distanciamento físico, de pelo menos um metro e meio.
A cidade de Maputo regista 12.355 infecções pelo novo Coronavírus, num total de 23.726 em todo o país. Aliás, ainda na metrópole há 166 óbitos, dos 205 ocorridos em todo território nacional, excepto no Niassa, sem morte pela doença.
Os dados acima mostram a tendência crescente de casos da COVID-19. Contudo, no Centro de Saúde 1º de Maio o que “O País” constatou sugere que os pacientes e trabalhadores da mesma unidade sanitária estão alheios ao perigo que o vírus representa.
Outra situação que dá nas vistas naquele hospital é o mau uso das máscaras, apesar de todos os utentes estarem munidos deste meio de prevenção.
Belchior da Conceição, um dos pacientes que na quarta-feira se dirigiu ao Centro de Saúde 1º de Maio, contou que a entrada estava desguarnecida, sem ninguém para medir a temperatura do corpo, tal como recomendam as autoridades sanitárias.
“Cheguei e não vi alguém a medir temperatura, acho que esse devia ser o primeiro passo ao chegar aqui”, reclamou.
Para além da falta de medição da temperatura do corpo, apenas um balde de água existia à entrada do hospital para dezenas de utentes, que por dia procuram serviços, lavarem as mãos. Entretanto, poucos higienizam as mãos.
Miquelina José, outra paciente, justificou que não lavou as mãos à entrada da unidade sanitária supostamente porque não viu o balde, que na sua opinião está mal localizado.
Já Fátima Macuácua contou que se encontrava no Centro de Saúde 1º de Maio desde às seis horas da manhã e até às 10 horas tinha lavado as mãos apenas uma vez. Segundo explicou que a distância entre o local onde devia ser atendida e o balde é maior e sugeriu que o hospital devia ter mais baldes de água no recinto.
O relato de Fátima foi corroborado por outros utentes e pelo “O País”, que durante a ronda pela unidade sanitária constatou que já no interior existia apenas um balde, além do que se encontrava à entrada.
Sem baldes de água, nos corredores e nas salas de espera, o cenário era pior: pessoas aglomeradas à espera da sua vez de atendimento. A demarcação no pavimento e nos bancos, para o cumprimento do distanciamento físico, era literalmente ignorada.
Belita Langa, outra utente, considerou que com as situações acima expostas é “impossível proteger-se da COVID-19”.
“O hospital está cheio, todos queremos ser atendidos mas não há espaço para aguardarmos” sem o risco de contrair o vírus.
Problemas desta natureza repetem-se no Centro de Saúde do Porto, em Maputo, bem como no Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo.
In opais
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