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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

FRELIMO e RENAMO unem-se pela paz


 




A Frelimo, partido no poder, e a Renamo, a maior formação política da oposição, assumiram ontem a consolidação da paz como sendo um projecto colectivo, cuja manutenção depende da colaboração de toda a sociedade.

Esta posição foi assumida em conferência de imprensa, minutos após o término de um encontro entre os secretários-gerais de ambas as formações políticas que teve lugar em Maputo.

Roque Silva sublinha que o processo da paz e reconciliação não depende somente da ideologia ou linha política de cada partido, mas sim da união e agenda comum, tendo como principal objectivo o bem-estar dos moçambicanos.

“O projecto de construção da paz e reconciliação nacional não é apenas do Presidente Filipe Jacinto Nyusi, não pode ser atribuído apenas ao Presidente Nyusi e nem ao presidente da Renamo [Ossufo Momade], tem que ser consolidado por todos os moçambicanos e nós, como partidos políticos, temos responsabilidades”, disse.

Referiu que poderão existir algumas disputas políticas nos momentos de eleições, mas logo que essa fase tiver sido ultrapassada, os partidos políticos dever-se-iam unir a volta do projecto colectivo que é desenvolver Moçambique.

O secretário-geral da Frelimo disse que a sua formação política continua aberta para dialogar com todos os interessados em ajudar Moçambique a crescer.

Anotou que o encontro surge no âmbito da sua agenda de diálogo com os partidos políticos e outros actores da vida política, económica a social do país.

Roque Silva diz acreditar que se trata de um bom começo e que a Frelimo está aberto para continuar a discutir com a Renamo, com o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Partido Liberal e Democrático de Moçambique (PALMO) ou com qualquer outro partido da oposição tudo aquilo que possa, efectivamente, devolver a tranquilidade aos moçambicanos, bem como ajudar o país a crescer.

Já a Renamo defende a criação de uma plataforma de diálogo permanente entre os partidos políticos e outros actores da sociedade.

Manifestou o seu apreço pelo convite do seu homólogo da Frelimo.

“Na verdade, o que nós pretendemos como partido Renamo é que haja um diálogo permanente entre os diferentes actores da sociedade, entre os partidos políticos, porque o futuro deste país está nas mãos dos partidos políticos e de tantos outros intervenientes”, disse o secretário-geral da Renamo, André Majibire.

Por isso, acrescentou que é necessário que os principais intervenientes procurem um espaço para sentar, conversar e dialogar sempre que isso se justificar.

Reiterou o compromisso do seu partido de prosseguir com o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da força residual da Renamo, que iniciou em 2018.

Como prova disso, Majibire sublinhou que até 10 de Março corrente já haviam sido desmobilizados na Renamo 1.538 guerrilheiros, incluindo segundo ele, o “chefe do Estado Maior General” do distrito de Bárue”, província central de Manica.

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