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Cabo Delgado: Presença do Ruanda mais decisiva que a da SADC


O analista de defesa sul-africano, Helmoed Heitman, disse ao DefenceWeb, nesta semana, que a “resposta lenta”, tanto do bloco regional como da África do Sul foi “embaraçosa”, mesmo considerando o atraso causado por Moçambique não ter assinado atempadamente o acordo sobre as Forças de Alerta da SADC. Ele expressou dúvidas sobre as competências da força da SADC em Moçambique

Em comparação, a resposta do Ruanda foi decisiva, com relatos de que suas forças, em conjunto com forças moçambicanas, retomaram aldeias e outras posições em Cabo Delgado em tão pouco tempo. 

No início desta semana, soldados ruandeses terão morto cerca de 70 insurgentes durante confrontos em torno de Palma, antes dos esforços para retomar Mocímboa da Praia.

Heitman não se surpreende com as acções dos ruandeses em Moçambique.“Eles são impressionantes, uma espécie de  prussianos da África moderna. Sua resposta rápida não é surpreendente, mas não quero que ninguém pense que podem resolver o problema rapidamente. A situação é muito complexa para qualquer solução rápida; serão necessários anos para garantir a segurança, espera-se cada vez mais pelas forças locais, antes que uma situação normal possa ser alcançada”.

Como um observador, ele nota: “a coordenação vai ser interessante”. Existe uma provisão para um centro de coordenação, mas ele “terá de ser gerido de forma adequada”. Embora ainda seja cedo, Heitman afirma que a força da SADC não será forte o suficiente - mesmo com os ruandeses - para conseguir muito em pouco tempo. E as coisas "vão piorar se não houver coesão”.

Deficiências na capacidade de reconhecimento (apenas um par de UAVs – veículo aéreo não tripulados – lançados à mão), mobilidade aérea (dois helicópteros utilitários e relevância zero para aeronaves de transporte) e suporte aéreo (dois ataques e duas aeronaves de rotor armadas) somam-se a uma força muito pequena, muito levemente armada com reconhecimento, mobilidade e apoio aéreo inadequados, ele avisa


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