Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Há mais de 20 anos em que um técnico de construção civil tenta livrar-se das drogas pesadas, mas não consegue. Perdeu a família e amigos e hoje sente-se um “vadio”. O jornal “O País” traz-nos uma história de um homem que, devido à toxicodependência, perdeu tudo menos nada.
Gilberto Namuraha é o personagem principal de uma história de drama que faz questão de registar em versos e espera poder publicar um dia em forma de livro. O técnico de construção civil de 49 anos de idade é dependente de drogas pesadas há mais de 20 anos.
Namuraha conta a sua experiência com o consumo de drogas. “Estou a falar de drogas pesadas, heroína, concretamente, injectável ou inalada. É essa droga que nos matou”, disse Gilberto Namuraha, ressentido do consumo de estupefacientes.
O homem conta que começou a consumir drogas na juventude, ainda na cidade de Nampula, continuou em grande escala já em Quelimane e tornou-se toxicodependente na cidade de Maputo. Formou-se no Instituto Industrial, trabalhou na construção civil, casou-se e teve um filho, mas a droga tirou-lhe praticamente tudo, incluindo amigos que partiram para sempre.
“Morreram grandes amigos, um chamado Rogério Fenita e outro Victor Hugo, pessoas próximas”, lamentou Namuraha.
O pior de tudo foi ver a sua família a destruir-se por conta do vício, facto que levou Gilberto Namuraha ao arrependimento.
“Pedi desculpas à minha família, especialmente à minha mulher e ao meu filho”, disse Namuraha.
Este é um dos milhares de casos de toxicodependência em Nampula, província que continua a ser uma das portas de entrada de drogas pesadas no país. Esta terça-feira, o Serviço Nacional de Investigação Criminal incinerou, mais uma vez, drogas apreendidas nos últimos meses, em Nacala-Porto e na cidade de Nampula.
“Estamos a falar de 85 quilogramas de metanfetamina e um quilograma de canábis sativa”, revelou Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC em Nampula.
O que parece faltar sempre é o olhar da perícia para encontrar os barões da droga. Até aqui, fala-se de apenas dois detidos relacionados com a droga ora incinerada.
O consumo de drogas, sobretudo as consideradas pesadas, está cada vez mais a deixar jovens e adultos num beco sem saída da toxicodependência, uma realidade que nem as autoridades conseguem controlar.
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