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“O sonho que temos para Moçambique está longe de ser realizado”, diz Chissano
Os moçambicanos ainda estão longe de ter o país que sonham, pois persistem os mesmos…
Os moçambicanos ainda estão longe de ter o país que sonham, pois persistem os mesmos…
O ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, disse, ontem, que os apelos para a paz no Centro de Moçambique devem continuar e defende os esforços para evitar que ou-tros guerrilheiros sigam o ca-minho de Mariano Nhongo, líder dissidente abatido pelas forças governamentais.
Antigo líder moçambicano diz que o diálogo deve ser prioritário.
Mariano Nhongo dirigia a auto-proclamada Junta Militar da Resistência Nacional Mo-çambicana (Renamo), dissidência do partido, responsável por ataques armados no Centro de Moçambique desde Agosto de 2019.
Para Joaquim Chissano, o diálogo para resolver diferenças políticas deve ser sempre uma prioridade em qual-
quer situação, mas quando o alvo dos ataques é o povo o Estado é obrigado a agir.
"Nunca desejei a morte de ninguém, mas o povo tem de ser defendido. E quando se defende o povo pode surgir um choque com o inimigo”, declarou o antigo Chefe de Estado moçambicano, acrescentando que houve sempre espaço para que Nhongo optasse pelo diálogo. "Sempre tivemos a esperança de que ir-se-ia encontrar uma solução”, frisou o antigo Presidente, manifestando-se também solidário com a família de Mariano Nhongo
Por seu lado, o líder da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, disse ontem à Lusa que a morte do guerrilheiro dissidente Mariano Nhongo não significa, só por si, o fim da violência armada no Centro do país.
"Devemos todos encontrar as razões que originam estes conflitos para que sejam resolvidos. A solução não é eliminar este ou aquele”, referiu Simango, sob pena de o conflito em causa reaparecer.
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