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Profissionais de saúde concluem formação em línguas de sinais

 


Um total de 39 profissionais de saúde afectos aos Hospitais Central de Maputo e Geral José Macamo foram certificados por terem concluído com sucesso o curso de Língua de Sinais.

Trata-se da primeira formação promovida pelo Ministério da Saúde (MISAU), com o objectivo de garantir maior inclusão e melhorar o atendimento aos pacientes com deficiência auditiva e surdez nas unidades sanitárias que, vezes sem conta, se sentem limitados em se comunicar com os profissionais de saúde devido às barreiras de comunicação.

Foram abrangidos, nesta fase, médicos, enfermeiros, agentes de serviço, técnicos administrativos e de acção social afectos aos serviços de Urgência de Adultos, Pediatria, Maternidade, Consultas Externas, Laboratório, Farmácia, onde, ao longo de seis semanas, aprenderam técnicas que lhes permite comunicar de forma eficaz com este grupo de pacientes.

Clemência Djedje, do MISAU, explica que a iniciativa visa reduzir a discriminação e eliminar barreiras de comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes com deficiência auditiva, durante as consultas de rotina nas unidades sanitárias.

Djedje mostra-se optimista e acredita que após a formação, que, segundo explica, abrangerá mais profissionais de saúde, o atendimento vai melhorar nas unidades sanitárias.

“Na vivência fomos observando que os pacientes surdos enfrentam enormes dificuldades nas unidades sanitárias, pois a comunicação com o profissional de saúde durante o atendimento de rotina não era saudável, o que dificultava na prestação de uma assistência humanizada com foco no paciente. Com esta formação, acreditamos que essa barreira será eliminada, o que vai contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes com deficiência auditiva e surdez”, sublinhou.

Djedje defende ainda que a ausência de uma comunicação saudável entre o profissional de saúde e o paciente não só contribui para o agravamento do quadro clínico, como também gera o sentimento de mau atendimento, um problema que tem sido o denominador comum na maior parte das unidades sanitárias.

Assinalou também que o aperfeiçoamento é mais do que necessário, daí que refere ser imprescindível que todas as unidades sanitárias tenham profissionais que entendam a língua de sinais.

As formações são contínuas e poderão abranger profissionais de saúde de mais unidades sanitárias

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