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SAMIM entrega armas capturadas aos terroristas em Cabo delgado
Diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas durante diversas operações…
Diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas durante diversas operações…
A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, e o MDM, terceiro partido, condenaram hoje a invasão da Rússia à Ucrânia, criticando o “silêncio” do Governo moçambicano em relação à ação militar de Moscovo.
“É inconcebível e lamentável que, em pleno século XXI, um país lance uma guerra de invasão contra outro país”, afirmou o chefe da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Viana Magalhães.
Magalhães falava no discurso de abertura da V sessão ordinária da Assembleia da República (AR), que hoje retomou os trabalhos, após o interregno de fim de ano.
A ação militar russa na Ucrânia, prosseguiu, é uma violação do Direito Internacional e mostra falta de bom senso por parte de Vladimir Putin, Presidente da Rússia.
“Apelamos a que se siga o caminho do diálogo”, declarou Viana Magalhães, cujo partido negociou vários acordos de paz para acabar com conflitos armados que o opuseram ao Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
O chefe da bancada parlamentar da Renamo criticou o “silêncio” do executivo de Maputo em relação à “invasão russa”, qualificando essa postura como “preocupante”.
A Frelimo foi um aliado de Moscovo durante o tempo da ex-URSS, tendo recebido apoio militar durante a luta contra o colonialismo português e ajuda económica e financeira depois da independência do país, em 1975.
Moçambique recebeu centenas de cooperantes russos de várias especialidades, no quadro da chamada política de solidariedade internacional implementada pelo ex-bloco do Leste em relação aos países da sua área de influência ideológica.
Numa nota enviada em resposta a um pedido da Lusa, o vice-chefe do Departamento de Informação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Augusto Pelembe, “repudiou os ataques à Ucrânia” defendendo uma “saída diplomática urgente”.
“O MDM insta, através ao contínuo repúdio e condenação a estes ataques à Ucrânia. Como moçambicanos e africanos, no geral, condenámos”, lê-se no comunicado.
Augusto Pelembe assinalou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem um enorme potencial de afetar a economia moçambicana, observando que o país africano importa da Rússia a maioria do trigo que consome.
A Frelimo não se quis pronunciar sobre o tema e o Governo moçambicano também ainda não falou a respeito do assunto.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Fonte:Cartamoz
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