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Black Bulls e Ferroviário da Beira apostam em portugueses

 


A Associação Black Bulls e o Ferroviário da Beira anunciaram as respectivas equipas técnicas para a temporada 2023 de futebol. Os dois emblemas serão treinados por dois portugueses.


É o fim do mercado de especulações. Depois de avanços e recuos em relação à vinda ou não de Hélder Duarte, técnico responsável pela conquista do primeiro título nacional da Associação Black Bulls, para reassumir o comando deste emblema, a direcção dos “touros” anunciou a nova equipa técnica.


A direcção liderada por Junaid Lalgy foi ao mercado português buscar Hugo Martins, treinador que, no seu palmarés, já teve passagens por muitos clubes do seu país, como é o caso do Belenenses, Cova de Piedade, Estoril da Praia, União da Madeira, bem como em clubes da Índia. Com um contrato válido por dois anos, o técnico português tem como missão conquistar títulos.


O outro desafio imposto à nova equipa técnica tem a ver com a necessidade de potenciação dos jogadores do clube para o mercado internacional.


Nessa empreitada, Hugo Martins terá como adjuntos os também portugueses Guilherme Vasconcelos (treinador-adjunto), Pero Almeida (treinador de guarda-redes), os quais se vão juntar a Custódio Gune (treinador-adjunto) e Neves Júnior (analista). Os dois últimos treinadores transitam da equipa técnica passada, chefiada por Inácio Soares.


Por seu turno, o Ferroviário da Beira anunciou, esta semana, a contratação de Filipe Moreira, treinador de nacionalidade portuguesa, para orientar a equipa sénior de futebol para a época 2023 do Moçambola.


O técnico português, que deverá ser apresentado nos próximos dias, vai substituir no cargo o zambiano Wedson Nyerenda, que não renovou o contrato por não ter atingido os objectivos definidos pela direcção liderada por Valdemar de Oliveira para a época 2022.


De 58 anos de idade, Filipe Moreira conta com um vasto curriculum no futebol português e não só, tendo passado por vários clubes, com destaque para o Vitória FC, Grupo Desportivo Inter Clube (Luanda), Sport Clube União Torreense, Sporting Clube Olhanense, Associação Desportiva Sanjoanense, Académico de Viseu Futebol Clube, Sporting Clube da Covilhã, Clube Oriental de Lisboa, Clube Desportivo de Tondela, Casa Pia Atlético Clube, Clube Futebol União da Madeira, Clube Desportivo Santa Clara, Clube Desportivo Nacional, Portimonense Sporting Clube.


O Ferroviário da Beira vai abrir as oficinas na próxima segunda-feira. Até aqui, o Moçambola conta com três treinadores portugueses. Aos da Black Bulls e Ferroviário da Beira junta-se Horácio Gonçalves, técnico que regressa ao Costa do Sol, clube pelo qual foi campeão em 2019, quebrando um jejum de 12 anos.


MATCHEDJE E ADV JÁ TRABALHAM


As formações do Matchedje de Maputo e a Associação Desportiva de Vilankulo já arrancaram com os trabalhos de preparação para a época desportiva 2023. Regressado ao Moçambola 10 anos depois, o Matchedje, equipa orientada por Manuel Casimiro, foi a primeira a abrir as oficinas.


A primeira fase de preparação dos “militares” será destinada à triagem de jogadores, devendo o plantel final ser composto por 27 atletas. O ciclo de preparação do Matchedje prevê um estágio num lugar até aqui não revelado, mas tudo indica que será num dos quartéis da capital do país.


Manuel Casimiro diz que a sua equipa vai lutar para conquistar o título, mesmo reconhecendo a qualidade dos seus adversários. A Associação Desportiva de Vilankulo (ADV) iniciou a preparação esta quarta-feira.


Com uma nova equipa técnica chefiada por Antero Cambaco, a ADV, que fez grandes contratações, tem como objectivo apagar a pálida imagem deixada na época passada, em que ficaram na nona posição do Moçambola, com 26 pontos, aliado ao facto de ter perdido a oportunidade de conquistar a Taça de Moçambique, caindo aos pés do Ferroviário da Beira nas meias-finais.


Os representantes da província de Inhambane na maior montra do futebol moçambicano perderam alguns jogadores nucleares, como é o caso do experiente guarda-redes Germano, que, como se cogita, vai vestir a camisola do Ferroviário da Beira, jogador que por duas épocas deu muita segurança à baliza dos “hidrocarbonetos”.


O país 

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