Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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A greve na saúde em Moçambique está a ser marcada por ameaças e intimidações. A denúncia é da associação dos profissionais do setor. O Governo diz-se aberto ao diálogo, mas os grevistas diz que não foram chamados.
Os profissionais de saúde que aderiram à greve em Moçambique estão a ser alvo de ameaças e intimidações. A denúncia foi apresentada esta sexta-feira (02.06) durante uma conferência de imprensa em Maputo.
"Há muita intimidação aos agentes [por parte dos] administradores, diretores distritais. Já levámos estas inquietações a quem de direito e temos pessoas a trabalhar para que não haja mais intimidações, porque não estamos a violar a lei", avançou o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde, Anselmo Muchave.
Os profissionais de saúde em Moçambique paralisaram as atividades em diversas unidades sanitárias, desde quinta-feira (01.06), em protesto contra a falta de material de os baixos salários. Os grevistas ameaçam não retomar ao trabalho enquanto o Governo não responder às suas reivindicações.
Utentes enfrentam dificuldades
No terreno, a DW constatou que os utentes estão a enfrentar dificuldades em várias unidades sanitárias da capital moçambicana.
"Até agora não sabemos se vamos ter atendimento ou não", disse um utente. Mas muitos dizem compreender a luta dos profissionais da saúde: "Os médicos fazem tudo por nós, eles merecem".
Governo diz estar aberto ao diálogo
O ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse reiteradamente que o Governo está aberto ao diálogo com os grevistas. Mas os profissionais de saúde acusam o Executivo do Presidente Filipe Nyusi de não aceitar conversar.
"Nunca recebemos um convite do Governo para dialogar", afirma Anselmo Muchave. "Ouvimos também na imprensa que o Governo está aberto. Nós submetemos o pedido de diálogo. Então, o Governo tem de dar uma resposta, tem de chamar as pessoas".
O presidente da Associação dos Profissionais de Saúde lamenta a paralisação das unidades sanitárias que está a prejudicar muitos doentes, mas frisou o apoio à greve por parte de muitos cidadãos. "Até me espantou o facto da sociedade estar do lado dos profissionais de saúde", admite.
Muchave considera que "a sociedade percebe que de nada vale ir ao hospital, ter receitas e não haver medicamentos".
"Os cidadãos podem ter receitas nas suas casas, porque há muitos profissionais de saúde nos seus bairros. Eles vão formar bicha para ter receita, porque os hospitais não têm medicamentos", afirmou.
Paralisação em todo o país
Durante a conferência de imprensa em Maputo, a vice-presidente da Associação dos Profissionais de Saúde, Paulina Vasco, destacou que a adesão à greve se situa nos 75%.
"Alguns pontos nos distritos da Zambézia estão fechados. Em Nampula também já estão fechados. Hoje muitos não foram rendidos e estão a fechar. Cabo Delgado e Niassa também estão na situação de fecho. Mas o maior grosso nos distritos está fechado", deu a conhecer Paulina Vasco.
A greve dos profissionais de saúde deverá durar 25 dias
⛲ DW
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