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Incêndio do Mercado Central de Quelimane: Manuel de Araújo “proíbe” o uso do material doado



Volvidos mais de 10 dias, em que os comerciantes informais do mercado central de Quelimane, vivem a busca de autorização por parte da edilidade para a reconstrução das suas bancas e barracas devoradas pelo fogo resultante do incêndio havido a poucas semanas atrás, eis que o Conselho Municipal de Quelimane, autorizou está quarta-feira, na voz do próprio Presidente da Autarquia, Manuel de Araújo, as vítimas para reerguerem com esforços próprios os seus estabelecimentos comerciais.

Acompanhado por uma equipa constituída por dois vereadores municipais, um da cidade de Nacala e o outro da Beira, bem como pelo representante da “empresa Gueime” que tenciona ajudar o município a erguer uma infraestrutura de raiz no local, Manuel de Araújo disse que “aqueles que tem a possibilidade de reconstruir podem avançar, e os que não tem devem aguardar pela instalação de um alpendre, (sem avançar datas para o efeito), para retomarem as suas vidas.”

Na sua locução, o Edil de Quelimane, acrescenta que “nós sabemos que os comerciantes depois do incêndio receberam vários materiais, vindos da sociedade civil e até de formações políticas. Mas este material infelizmente, não vai ser usado aqui neste mercado”, afirmou para depois explicar ” o que queremos aqui é uma construção com material convencional, ou seja, bancas feitas de blocos e tectos de betão. Deve ser uma construção que obedece os padrões aceitáveis, e que possibilite que não voltaremos a viver a triste situação de incêndios em caso de qualquer eventualidade”.

No mercado central, o autarca apresentou publicamente aos comerciantes e a imprensa, a planta das novas instalações daquele que é tido como o maior centro comercial da cidade, entretanto, não avançou valores a investir e nem datas para o início das obras de construção do novo edifício.

Porém, os comerciantes, felizes por terem sidos autorizados para reconstruírem as suas bancas e retomar com a actividade comercial normalmente disseram que “estamos aliviados. Vale mais tarde do que nunca.”

À “Integrity” questionou-os sobre a opinião destes em torno do projecto de reconstrução do mercado, eis que foram unânimes a avançarem que “é um belo projecto, mas não é para já. Temos experiências de outros mercados como o de Brandão, em que também foram feitas as mesmas promessas. Mas até agora, nem água vem e nem água vai. Preferimos recomeçar o nosso negócio com os nossos próprios meios, no lugar de aguardar, a implantação daquele projecto, sem datas para a execução”, concluíram.

Na ocasião, o Edil de Quelimane, Manuel de Araújo procedeu ao lançamento da primeira pedra no local, símbolo da sua autorização para a reconstrução do mercado central da capital provincial da Zambézia.

À “Integrity” sabe que desde o incêndio no mercado central de Quelimane, os comerciantes já receberam material diverso de construção, com destaque para chapas de zinco, pau-ferro, martelos, alicates, pregos entre outros, doados por diversas forças vivas da sociedade, com destaque para a Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e a Organização da Mulher Moçambicana (OMM).

⛲ Integrity 

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