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Criminosos sequestram autocarro no Rio de Janeiro, roubam passageiros e abandonam-nos numa favela a 16 quilómetros

 


Assaltantes dispararam vários tiros dentro do autocarro.

Domingos Grilo Serrinha e correspondente no Brasil

Um autocarro intermunicipal foi sequestrado no final da noite desta terça-feira ao chegar ao Rio de Janeiro e os criminosos, que fizeram os mais de 20 passageiros reféns por longos 15 minutos, só os libertaram ao chegarem a uma favela na zona norte daquela cidade brasileira depois de revistarem e roubarem todos os ocupantes do coletivo. Os bandidos dispararam vários tiros dentro do autocarro, mas ninguém ficou ferido.

A abordagem ao autocarro aconteceu perto das 22h00, 1h00 da madrugada em Lisboa, quando o motorista parou num semáforo da Avenida Francisco Bicalho, a poucos metros da Rodoviária Novo Rio, destino final do veículo, que tinha saído da cidade de Angra dos Reis, a 156 quilómetros. Três homens armados obrigaram o motorista a abrir a porta do autocarro e entraram já a disparar contra o tecto do veículo, para assustarem ainda mais todos que estavam no coletivo intercidades, aproximadamente 20 passageiros que tinham ido comemorar a passagem do ano à turística Angra dos Reis e voltavam para casa.

Muito agressivos, os assaltantes, que ameaçavam matar quem não lhes entregasse os pertences que tivessem algum valor ou que tentassem esconder alguma coisa, ordenaram ao motorista que voltasse para trás e conduzisse o coletivo sem chamar a atenção até ordem em contrário. Depois, durante 16 quilómetros, os passageiros, incluindo mulheres, idosos e crianças a chorar, foram revistados um a um de forma brutal e tiveram roubados telemóveis, carteiras de dinheiro e de documentos, alianças e fios de ouro, anéis, pulseiras, e até mochilas com roupas e ténis que interessaram aos criminosos.

Ao chegarem a uma das entradas da favela Kelson’s, na zona norte do Rio, os assaltantes mandaram o motorista parar e fugiram, levando tudo o que puderam carregar. O motorista do autocarro, um homem de 46 anos que também teve todos os pertences roubados, conduziu o veículo até à esquadra da Penha, também na zona norte da cidade, onde todos prestaram queixa do roubo coletivo.

⛲ Cm

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