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Ex-presidente nigeriano enviado para mediar tensões entre Etiópia e Somália

 


O enviado da União Africana e ex-presidente nigeriano Olesegun Obasanjo, centro, chega para as negociações de paz na Etiópia em Nairobi, Quênia, no sábado, 12 de novembro de 2022.

Numa tentativa de evitar que a escalada das tensões entre a Etiópia e a Somália se transforme numa guerra total, o Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana destacou o antigo Presidente nigeriano Olusegun Obasanjo para os esforços de negociação.

A perigosa tensão nas relações entre os dois países vizinhos surgiu depois de a região separatista da Somalilândia ter assinado um acordo com a Etiópia, em 1 de Janeiro, concedendo a esta última o controlo sobre um porto marítimo e uma base militar no Mar Vermelho.

Na semana passada, a Somália declarou a sua disponibilidade para entrar em guerra.

Esta não seria a primeira vez que as duas nações se enfrentariam. Em 1977, disputaram território e, em 2006, a Etiópia invadiu a Somália como parte da luta contra o terrorismo.

Ao permitir o acesso da Etiópia ao seu território, a Somalilândia espera obter o reconhecimento do seu estatuto de Estado independente, uma reivindicação que afirma desde 1991, quando rompeu com a união voluntária de 1960 com a Somália.

Obasanjo enfrenta uma tarefa desafiadora à medida que os dois países se envolvem numa delicada dança geopolítica. Na quarta-feira, a Somália recusou um voo etíope com destino à Somalilândia, que transportava representantes do governo etíope.

Desde então, o CPS declarou que "apelou à República Federal Democrática da Etiópia e à República Federal da Somália a aderirem aos princípios fundamentais da UA e do direito internacional e a inspirarem-se neles nas suas relações bilaterais e internacionais".

A União Africana considera a Somalilândia uma província da Somália.

Ao designar Obasanjo, o CPS também apelou contra a interferência de outros países na questão. A Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) convocou uma cimeira extraordinária na quinta-feira em Kampala, Uganda, para discutir a questão.

No entanto, a Somália declarou que não se envolverá em quaisquer discussões com a Etiópia, a menos que esta reverta o seu acordo de 1 de Janeiro com a Somalilândia.

"A soberania e a integridade territorial da Somália foram violadas pela Etiópia quando assinou um acordo ilegal com a região norte [a administração da Somalilândia] da Somália. É por isso que não há espaço para mediação, a menos que a Etiópia reverta o seu acordo ilegal e reafirme o soberania e integridade territorial da Somália", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Somália.

⛲ África News 

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