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LAM: “É melhor recuperar um doente do que deixá-lo morrer”

 


O ministro dos Transportes e Comunicações fez esta analogia para assumir que as Linhas Aéreas de Moçambique têm problemas, mas que era melhor recuperar a companhia do que deixá-la morrer. Mateus Magala reagia aos últimos incidentes da LAM.

O ministro dos Transportes e Comunicações reagiu, esta segunda-feira, sobre os frequentes problemas de avarias nas aeronaves operadas pelas Linhas Aéreas de Moçambique, atrasos e remarcação de voos. 

Mateus Magala começa por assumir que as LAM têm problemas e nunca se tinha dito que estava tudo bem. “Nós nunca em nenhum momento tivemos a ilusão de que a nossa companhia está doente. Nunca tivemos isso, mas ou abandonamos o doente ou tratamos o doente.”, deu a mão à palmatória, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala. 

E, por isso, fundamenta o governante “nós escolhemos sempre pela parte do optimismo e penso que o optimismo é que deve ser a regra geral do nosso povo. Viemos de muitas diversidades e muitos desafios, mas sem optimismo não podemos realizar o nosso potencial. Temos que ter crença em nós”.  

Sobre as avarias constantes nos aviões da companhia, Mateus Magala disse que a solução ideal seria a renovação da frota, mas não há dinheiro para a aquisição daqueles aparelhos.

“Se tivéssemos as condições financeiras, que um dia esperamos ter, podíamos renovar a frota e equipar mais os nossos serviços. Temos mais quadros qualificados. Portanto, não importa ter dinheiro, as infra-estruturas se a capacidade humana fica aquém da modernização. São factores que temos que conjugar. Nós vamos aprender. Nós somos resilientes”, disse Mateus Magala. 

Em relação ao voo Maputo-Lisboa e vice-versa, Magala explica que as LAM ainda estão na fase de readaptação. 

“Pensamos, também, que há desafios, ainda há-de haver mais que vão acontecer porque é uma experiência nova depois de 10 anos sem nós voarmos. Não temos pilotos que saibam pilotar o Boeing 777. Então, estamos no processo de dar oportunidade para eles irem aprender porque a aviação é ciência, não é curiosidade. Curiosidade é importante, mas a ciência é fundamental”, revelou o ministro dos Transportes e Comunicações, acrescentando que eles, os pilotos, estão a aprender e são necessários seis meses para “adaptarem-se à nova máquina e aí vamos ter uma tripulação moçambicana”.  

Ainda sobre o regresso das LAM ao espaço aérea europeu, Magala disse mais: “esperamos, em breve, termos o avião pintado com as nossas cores, mas pintar um avião com as nossas cores, também requer custos financeiros e temos que mobilizar”.

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