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Polémico acordo Etiópia-Somalilândia causará crise regional?

 


Centenas de pessoas protestaram ontem, na capital da Somália, contra o polémico acordo entre a Etiópia e Somalilândia, que Mogadíscio considera uma violação da sua soberania. Em causa está o acesso ao Mar Vermelho.

O pacto surpresa foi anunciado na segunda-feira (01.01) pelo Presidente da região separatista da Somalilândia. Segundo Muse Bihi Abdi, a Etiópia, que não tem litoral, reconhecerá a Somalilândia como país, em troca de acesso ao Mar Vermelho durante 50 anos.

Entretanto, na quarta-feira (02.01), o Governo etíope disse que "nenhuma parte ou país será afetado" pelo memorando de entendimento e que nenhuma lei foi transgredida.

O acordo foi anunciado poucos dias depois de o Governo da Somália ter concordado em retomar o diálogo com a Somalilândia, após anos de impasse.

Mogadíscio fala numa violação clara da soberania, que já motivou protestos na capital contra a agressão que dizem estar em curso contra a Somália. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o Presidente da Somalilândia e o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, que assinaram o controverso memorando de entendimento em Adis Abeba.

Entre eles estava Ali Mohamed Mire, residente em Mogadíscio e afirma: "Viemos aqui para mostrar que estamos prontos a defender o nosso território e as nossas terras costeiras. Nem um centímetro do nosso território está à venda. O líder da Somalilândia não o pode ceder, o Presidente da Somália também não, nem ninguém. Se os etíopes tentarem, haverá sangue nas ruas."



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