DESTAQUE

“O sonho que temos para Moçambique está longe de ser realizado”, diz Chissano

Presidente cabo-verdiano quer mais rapidez nas reformas nas Forças Armadas

 


"Urge acelerar o processo de reforma, adequando-a aos desafios de um Estado oceânico, com enormes possibilidades de crescimento ligadas ao mar", referiu José Maria Neves.

O Presidente cabo-verdiano,José Maria Neves, pediu esta segunda-feira que se acelerem as reformas nas Forças Armadas, adequando-as às necessidades marítimas - sendo que a quase totalidade do território de Cabo Verde é composto por mar.

"Temos insistido na necessidade de acelerar o passo em vários domínios da governança. No caso das Forças Armadas, urge acelerar o processo de reforma, adequando-a aos desafios de um Estado oceânico, com enormes possibilidades de crescimento ligadas ao mar", referiu.

O chefe de Estado discursava no ato solene das celebrações do Dia das Forças Armadas, na ilha do Sal.

"Neste processo reformista é vital criar espaços de discussão", num contexto sub-regional de "sucessivas subversões à ordem constitucional", referiu, numa alusão aos golpes de Estado no continente africano, além de um cenário global de guerras e "fragilização das instituições democráticas".

"Num país como Cabo Verde, com escassez de quase tudo, a segurança é um fator de competitividade e um elemento vital na credibilidade interna e externa. Precisamos, como de pão para a boca, enquanto Estado oceânico, de uma segurança marítima previsível e flexível, capaz de aproveitar as tecnologias informacionais, nomeadamente a inteligência artificial, para colmatar as lacunas estruturais existentes", destacou José Maria Neves.

Em concreto, o chefe de Estado apontou "a necessidade do reforço dos investimentos na Guarda Costeira, à luz do preceituado no seu Plano Estratégico de Desenvolvimento" -- destacando a anunciada aquisição de uma aeronave para missões de fiscalização e transferência de doentes. 

"Contudo, merece a nossa preocupação o facto de ainda se verificar um número considerável de meios navais inoperacionais, de entre os quais o navio patrulha Guardião", acrescentou.

A operacionalização dos meios navais e "a sua distribuição efetiva pelas ilhas, permitirá uma eficiente ligação" entres elas, além de garantir transferência mais rápida de doentes, missões de busca e salvamento, bem como "uma melhor projeção de forças pela extensa água sob a jurisdição nacional, exercendo lá onde se mostrar necessário a autoridade do Estado, no mar".A

José Maria Neves recordou ainda dois acontecimentos em 2023: o acidente que vitimou oito militares na Serra Malagueta, ilha de Santiago, no desempenho de uma missão de interesse público, assim como o falecimento de um recruta, na sequência de uma marcha administrativa, no Centro de Instrução Militar de São Vicente.

"Dois momentos trágicos" que "devem ser catalisadores de mudanças a nível de processos e de procedimentos, visando a modernização e adequação do Serviço Militar às demandas e exigências dos novos tempos", concluiu.

⛲ Cm

Enviar um comentário

0 Comentários