Antigo presidente, que anunciará até ao fim do mês a candidatura, prometerá investimento forte na fábrica de talentos dos encarnados. Aposta na formação e construção de novas infraestruturas.
Há pouco mais de seis anos, na qualidade de presidente, acompanhado de Rui Costa, então diretor desportivo e administrador da SAD, e de Bruno Lage, já treinador da equipa principal, Luís Filipe Vieira abriu a porta do Centro de Formação e Treino do Benfica, no Seixal, para mostrar o resultado das obras de expansão e modernização daquele espaço. Prometeu continuar a investir — tinha acabado de gastar €11 milhões — para «projetar talento para a primeira equipa, mercado internacional e seleções nacionais» e, com vaidade, assinalou que o Benfica tinha conseguido construir «uma fábrica de talentos».
Vieira, passado esse tempo, prepara-se para anunciar a candidatura à presidência, que ocupou quase 18 anos e da qual saiu depois do envolvimento na operação Cartão Vermelho, e também para prometer um projeto desportivo com base no Seixal, por considerar que as palavras há seis anos fazem mais sentido que nunca.
Esse plano implicará a expansão e a construção de novas infraestruturas — campos, colégio, hotel, entre outras — e equipamentos para avaliação, desempenho e recuperação desportivos.
O objetivo, como antes, é voltar a formar gerações de talento com identidade de Benfica para alimentar a equipa profissional ainda com mais jogadores da formação. Será, como tal, a rentabilização do Seixal, através da conquista de troféus e transferências, na perspetiva de Vieira, que permitirá ao Benfica investir no estádio e na cidade Benfica, para todas as modalidades.
Internacionalização: Estados Unidos e Médio Oriente
Vieira vai apresentar, ainda, um plano de internacionalização da marca Benfica para os Estados Unidos e Médio Oriente. E, sabe A BOLA, estuda a viabilidade de entrar no mercado norte-americano, não apenas ao nível da formação, mas do futebol profissional.
O antigo presidente dos encarnados está a trabalhar com uma equipa da qual faz parte Bruno Batista, que está na base desta nova estratégia de internacionalização da marca Benfica. O empresário produziu um documento sobre esse plano que, no final do ano passado, chegou a apresentar a Rui Costa.
Bruno Batista confirma que tem sido «um ativo apoiante de Luís Filipe Vieira», recusando, porém, esclarecer se integrará a lista na qualidade de vice-presidente. «Tenho-o incentivado a ser candidato e trabalhado num projeto para que o Benficapossa voltar a ganhar e tenha uma estratégia para que cumpra esse objetivo a curto prazo. E que, simultaneamente, coloque o Benfica, de novo, num lugar cimeiro da Europa», afirmou, em declarações a A BOLA.
«Se Vieira regressar, o Benfica estará no top 5 das marcas mundiais no final desta década. Estive e sempre estarei disponível para o clube do meu coração. Estou também disponível para ajudar Vieira», rematou.