Luís Filipe Vieira prepara anúncio de candidatura à presidência do Benfica ainda em agosto, tornando-se o sexto nome na corrida eleitoral.
Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica, está pronto para oficializar a sua candidatura à presidência do clube. O anúncio deverá acontecer entre 20 e 26 de agosto, período que coincide com os jogos do ‘play-off’ da Liga dos Campeões, embora os encarnados ainda estejam na disputa pela fase de grupos após a vitória frente ao Nice, em França, na terceira pré-eliminatória.
O dirigente, que liderou o Benfica durante quase 18 anos (2003–2021), planeia revelar a decisão antes de setembro, mas deixar a apresentação formal da candidatura para o próximo mês. A escolha do momento não é por acaso: Vieira pretende evitar que o anúncio seja associado a eventuais maus resultados da equipa de futebol e assim afastar acusações de desestabilização.
Com esta decisão, Vieira tornar-se-á o sexto nome na corrida eleitoral, juntando-se a João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e Rui Costa.
Conhecido por ser crítico da atual gestão encarnada, liderada por Rui Costa — antigo jogador que contratou em 2006 e com quem trabalhou na estrutura diretiva — Vieira garante sentir-se preparado e confiante na vitória.
A sua ligação ao clube começou em 2001, como gestor do futebol, a convite de Manuel Vilarinho. Dois anos depois, venceu as eleições e manteve-se no cargo até 2021, ano em que suspendeu funções após ter sido detido no âmbito da operação “Cartão Vermelho”, ainda em fase de instrução. O ex-presidente é arguido em diferentes processos judiciais, mas sempre negou todas as acusações.
Durante o seu mandato, o Benfica conquistou sete Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, sete Taças da Liga e cinco Supertaças. Foi também sob a sua liderança que o clube inaugurou o novo Estádio da Luz (2003) e o centro de treinos do Seixal (2006), além de ter regressado a finais europeias na Liga Europa, em 2013 e 2014.
As eleições para a presidência estão marcadas para 25 de outubro. Caso nenhum candidato consiga mais de 50% dos votos, será realizada uma segunda volta.
