O jornalismo português está de luto. Constança Cunha e Sá, uma das vozes mais respeitadas e influentes da comunicação social nacional, faleceu aos 67 anos, vítima de uma doença prolongada — um cancro do pulmão que enfrentou com enorme coragem. A informação foi confirmada por fonte da TVI/CNN Portugal à agência Lusa.
Nascida em Lisboa em 1958, Constança Cunha e Sá destacou-se pela lucidez, frontalidade e estilo inconfundível, tornando-se uma referência no panorama do comentário político em Portugal. Formada em Filosofia, iniciou a sua carreira como professora, mas aos 29 anos decidiu abraçar o jornalismo, ingressando na revista Sábado.
O seu percurso rapidamente a levou para o semanário O Independente, onde assumiu funções de diretora-adjunta e, posteriormente, diretora — cargo que cimentou a sua reputação como uma das figuras mais marcantes da imprensa escrita. Trabalhou ainda no Diário Económico, ampliando o seu alcance no jornalismo nacional.
Na televisão, desempenhou um papel central na TVI, onde foi editora de política, jornalista e comentadora, regressando à estação em 2021 após uma breve saída. A sua análise política, direta e sem filtros, valeu-lhe um largo reconhecimento público.
Mais recentemente, Constança Cunha e Sá tinha manifestado apoio à candidatura de António Filipe às próximas eleições presidenciais, demonstrando que jamais perdeu o interesse e envolvimento no espaço político português.
A sua morte representa uma perda profunda para o jornalismo português, deixando um legado de independência, coragem e pensamento crítico que dificilmente será esquecido.






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