Rui Borges Justifica Quebra do Sporting no Dérbi e Aponta o Dedo ao Benfica: “O Ambiente Empurrou-os

 Rui Borges analisou o empate entre Benfica e Sporting (1-1), no Estádio da Luz, e destacou sobretudo a diferença de rendimento da sua equipa entre a primeira e a segunda parte. O treinador leonino mostrou-se satisfeito com a entrada sólida do Sporting, mas não escondeu a frustração pela quebra de proatividade após o intervalo — um fator que, segundo ele, acabou por dar ascendente ao rival.

Na análise inicial, Rui Borges começou por elogiar a postura da sua equipa nos primeiros minutos do dérbi:
«Na primeira parte entrámos muito bem, 25 minutos muito bons, claramente por cima do jogo. O Benfica não nos criou perigo até ao golo, onde teve um bocadinho mais de bola, mas sem grande ameaça. Teve um cruzamento e marcou.»

O técnico explicou que o Sporting perdeu aquilo que considerava essencial para controlar o dérbi: a posse de bola e a personalidade no ataque organizado.
«Na segunda parte não fomos tão capazes de ter bola e de ser o Sporting que queremos ser. Não pela pressão do adversário, mas pela nossa falta de proatividade. Perdemos passes, perdemos confiança, e isso acabou por passar confiança ao Benfica.»

Rui Borges insistiu que, apesar de o Benfica ter somado remates e mais iniciativa, não criou verdadeiro perigo:
«O Benfica teve alguns remates, mas sem criar grande perigo. Foi mais pela ajuda do público. O ambiente fez crescer a equipa do Benfica.»

O treinador reforçou que o plano inicial do Sporting era claro e bem definido:
«Não queríamos dar posse ao Benfica. Eles perderam bolas na sua área. Tínhamos timings de pressão identificados e superioridade defensiva para travar ataques rápidos. Na primeira parte fomos eficazes, proativos, com energia. Faltou-nos essa energia na segunda.»

A previsibilidade e os erros simples no início da construção acabaram por penalizar a equipa leonina:
«Fomos falhando passes e ficando previsíveis. Isso fez-nos perder algum controlo do jogo.»

❗ Decisão entre Pote e Quenda gerou debate

Confrontado com a escolha inicial de Pedro Gonçalves em detrimento de Quenda, Rui Borges esclareceu o raciocínio:
«O Pote estava bem. O Quenda fez dois bons jogos e dá-nos coisas diferentes. Antes da lesão, o Pote era um dos nossos jogadores mais importantes. O Quenda dá irreverência, aceleração… Foi uma dor de cabeça, mas a decisão foi tomada com confiança.»

O treinador ficou satisfeito com a resposta dos dois jogadores, mas deixou claro que a aposta em Gonçalves se deveu ao seu histórico, inteligência tática e importância no coletivo.

Com o empate no dérbi, Sporting e Benfica mantêm tudo em aberto no topo da Liga Portugal Betclic, e Rui Borges insiste que a sua equipa “tem ainda muito a crescer e muito a corrigir” para as próximas jornadas.