Terrorismo em Cabo Delgado força o deslocamento de 19 mil pessoas em Chiúre e Ancuabe

 

Os ataques e movimentações terroristas nas últimas semanas, nos distritos de Chiúre e Ancuabe, resultaram em 19.208 pessoas deslocadas à procura de locais seguros dentro da província de Cabo Delgado.

Os números são uma estimativa da Organização Internacional de Migração (OIM) que nos seus registos aponta que entre 17 a 26 de Abril foram registadas 16.366 pessoas deslocadas no distrito de Chiúre. Na sua maioria, as pessoas deslocaram-se para a sede do distrito.

No distrito de Ancuabe, a OIM registou 2.842 pessoas deslocadas, muitas das quais para a sede do distrito e outras para os centros de acolhimento em Metuge.

Entretanto, “Carta” apurou que, tanto em Chiúre como em Ancuabe, os deslocados, na sua maioria dependentes da actividade agrícola, queixam-se de falta de todo o tipo de assistência humanitária.

Refira-se que este movimento forçado para zonas seguras acontece numa altura em que as pessoas estavam empenhadas na colheita dos produtos agrícolas.

⛲ Cartamoz 

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População alimenta-se de raízes e tubérculos em Mazeze

 

O distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado foi, recentemente, atacado pelos terroristas e o Posto Administrativo de Mazeze foi um dos mais afectados. Actualmente, a população alimenta-se de raízes e tubérculos por falta de alimentos.

O terrorismo aumentou a situação de vulnerabilidade em Mazeze, distrito de Chiúre. Na sequência da última incursão dos grupos armados, a população perdeu os seus mantimentos.

De acordo com fontes do Evidências naquele ponto da província de Cabo Delgado, actualmente, para matar a fome a população recorre a raízes e tubérculos, sendo que o facto foi confirmado pela administradora de Mazeze que referiu que os insurgentes queimaram os celeiros da população.

“Neste momento aqui a população vive de raízes. Fome existe porque algumas pessoas perderam sua comida porque foram queimados os celeiros onde havia comida. Mas na algum momento a maçaroca já está a ficar pronta o amendoim está a ficar pronto, estás culturas verdes já estão a ficar prontas. Oque não existe lá é a mandioca seca que já foi queimada, o milho do ano passado que já foi queimado a ervilha do ano passado que já foi queimada o feijão que não existe que já queimaram. Oque está a alimentar fome naquela comunidade”, disse Tunia citada pela Zumbo FM.

Refira-se que esta situação acontece numa altura em as organizações que prestam apoio aos deslocados vieram ao terreno referir que estão com escassez de fundos.

⛲ Evidência 

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