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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Professores angolanos "já não confiam neste Governo"


Sindicato Nacional dos Professores de Angola promete paralisar aulas no "mês crítico" de junho, caso o Executivo não implemente medidas acordadas. Há salários em atraso e subsídios foram adiados.

Os professores do ensino geral de Angola prometem paralisar as aulas em junho caso o Governo não cumpra com as medidas acordadas no final do ano passado e que deveriam ter entrado em vigor até março

A informação é avançada pelo secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores de Angola (SINPROF).

Em entrevista à DW, Admar Jinguma afirma que "os professores já não confiam no Governo", depois de o Executivo ter adiado de março para maio a implementação de um subsídio de 12,5%, entre outras medidas alcançadas em negociações.

O sindicalista fala ainda numa "crise generalizada" no funcionalismo público angolano, lembrando a greve no ensino superior público.

DW África: Qual é a situação dos professores do ensino geral angolano?

Admar Jinguma (AJ): Entre os meses de novembro e dezembro, tivemos duas paralisações que nos levaram à mesa de negociações com a equipa do Executivo. Entretanto, estamos a notar algum incumprimento relativamente às questões que foram acordadas na altura. Uma delas tem a ver com a implementação de um subsídio de 12,5% que estava marcada para o mês de março, mas que não aconteceu e o Governo não deu qualquer informação. Veio dizer que só será implementado no mês de maio. Além disso, há também a questão dos incentivos para os agentes que trabalham nas zonas recônditas, cujo diploma foi aprovado no mês de março, mas também não há uma indicação em termos de calendarização. Isso está a deixar a classe instatisfeita, porque as pessoas já não confiam neste Governo.

DW África: Há professores com salários em atraso?

AJ: É outra questão sobre a qual gostaríamos que o próprio ministro das Finanças se pronunciasse. Estamos no segundo mês consecutivo com atrasos salariais. Hoje tivemos indicação de que os municípios cujos professores não tinham ainda o salário começaram a receber.

DW África: O SINPROF vai reagir com uma greve, caso não seja implementado aquilo que foi prometido?

AJ: Temos um histórico de incumprimentos da parte deste Governo e isto tem feito com que haja greves generalizadas, não só no setor da educação. Estamos a viver agora uma greve no ensino superior público que já leva três semanas e a questão é a mesma: as pessoas assumem determinados compromissos e quando não são capazes de os materializar nos prazos que elas mesmo assumiram não vêm a público, não chamam os parceiros para dizer 'assumimos esses compromissos, mas em virtude de algumas dificuldades não os conseguimos materializar, dêem-nos algum tempo'. Nem conseguem fazer isso.


Se, eventualmente, até ao mês de maio, alguns destes compromissos não forem assumidos, nós não teremos outra coisa a fazer se não acionar este recurso legal para pressionar, através da greve, o atendimento das questões de forma imediata. Já vamos no quarto mês e oxalá o Governo não demore muito a materializar as questões que prometeu. Se não, no mês de junho - um mês crítico, porque é o último do ano letivo - não teremos boas histórias para contar.


DW África: Citou a greve no ensino superior público, novas reivindicações, esta ameaça de greve...como é que avalia a situação do setor da educação em Angola?

AJ: O MPLA e o Governo que sustenta andou-se "marimbando" para as questões da educação. Temos investimentos pouco ambiciosos no setor que se refletem nestas reivindicações. E a situação atual tem a ver com a má abordagem que o Executivo costuma fazer às reivindicações. Elas só surgem porque o Governo não tem estado a fazer bem o seu papel. Nós, enquanto trabalhadores, enquanto sindicalistas, o que temos estado a fazer é exigir ao Governo que cumpra o seu papel.


⛲ Dw

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Angola: Professores suspendem reunião com Governo



Insatisfeito com a proposta de alteração dos subsídios apresentada, o Sinprof suspendeu as conversações com o executivo. Professores deram mais oito dias ao Governo para que este apresente novas propostas.

A informação foi avançada à Lusa pelo secretário-geral do Sindicato Nacional de Professores (Sinprof), Admar Jinguma, salientando que a proposta não está de acordo com as expectativas dos professores. "Por isso nós entendemos que não havia condições para continuação dos demais pontos da agenda", disse.

Os professores tinham dado ao Governo uma moratória até, esta segunda-feira (16.01), para apresentarem propostas para o caderno reivindicativo de 15 pontos, apresentado em 2019, o que levou à suspensão da terceira fase da greve, cujo arranque estava previsto para o dia 03 deste mês.

Segundo o secretário-geral do Sinprof, tinha sido proposta uma alteração de subsídios na ordem dos 22%, do subsídio de inovação pedagógica, uma exigência que visa o "nivelamento com as outras carreiras homólogas".

"Os setores da saúde, as carreiras da saúde e do ensino superior têm uma pauta de subsídio de até 45%, os professores no ensino superior têm até 60% e nós só temos 23% para os técnicos superiores e 28% para os técnicos médios, não entendemos a razão dessas assimetrias", sublinhou.

O sindicalista frisou que o Sinprof entende que se for atribuído um subsídio de inovação pedagógica de 22% passam a estar em pé de igualdade com os outros.

Ademar JingumaAdemar Jinguma

Admar Jinguma, secretário-geral do SinprofFoto: Borralho Ndomba/DW

"A indicação que nós tivemos depois do encontro no dia 15 é que isso seria aceite, porque não estamos a pedir nada que os outros não tenham, nada desigual, só queremos que nos nivelem com os outros, mas surpreendentemente hoje o Governo, representado por três departamentos ministeriais, [avançou] com uma proposta de 7,5%", frisou.

De acordo com o professor, essa proposta foi justificada com o nível do impacto financeiro, que "seria muito grande".

"Impacto financeiro que só existe quando somos nós, porque para as outras áreas esse impacto financeiro se calhar não é analisado", lamentou.

A título de exemplo, Admar Jinguma evocou que o salário de dois mil técnicos médios da Administração Geral Tributária serve para pagar 17 mil técnicos médios no setor da educação.

"Nós somos uma grande massa de pessoal, mas aquilo que nós consumimos em termos financeiros estaria um pouco mais abaixo como o próprio setor das finanças, que o seu pessoal é mais reduzido, mas, na verdade, tem uma massa financeira maior", disse.

"Nós não nos queremos comparar a ninguém, queremos apenas que haja um nivelamento, porque é um trabalho do MAPTSS [Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social] fez sem consultar o Ministério da Educação, sem consultar os parceiros, e fê-lo de forma errada", acrescentou.

Novo prazo

Face às propostas apresentadas, os professores deram novo prazo ao Governo, para até dia 23 deste mês voltarem à mesa das negociações com novas propostas.

Durante o encontro foi também discutido o ponto relativo ao subsídio de isolamento e sobre esta matéria foi avançado o que já tem sido dito em outras reuniões.

"Que o trabalho continua a ser feito, que no final do primeiro trimestre, parece que o diploma que regula a matéria será aprovado e depois vamos aguardar apenas pela implementação. Aqui também não há grande novidade, porque é a mesma ladainha", realçou.

Caso as negociações não avancem, prosseguiu o secretário-geral do Sinprof, a programação da greve deverá ser cumprida.

"Continuamos a fazer boa-fé, temos mais oito dias, e obviamente depois desses oito dias se as propostas continuarem assim então os professores já não terão outra alternativa, vão continuar a materializar a medida mais extrema", referiu. 


Fonte:Dw