O International Football Association Board (IFAB) está a avaliar alterações profundas ao protocolo do VAR, e parte dessas mudanças pode já ser testada no Mundial 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A ideia é introduzir novidades que nunca foram aplicadas em grandes competições — e que podem ter impacto direto no desempenho das seleções.
Uma das propostas mais surpreendentes é permitir ao VAR verificar se um canto foi corretamente assinalado. A discussão ganhou força depois de Pierluigi Collina ter alertado para o risco de um erro deste tipo decidir um jogo crucial. Caso a medida avance, será aplicada apenas na fase final do Mundial, funcionando como um teste isolado.
A IFAB está ainda a estudar duas mudanças estruturais:
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Revisão de segundos amarelos pelo VAR;
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Fim das recargas nos penáltis, uma alteração que mudaria de forma significativa a dinâmica dos lances máximos.
Nenhuma das ideias reúne consenso. Há quem tema que a revisão de cantos torne o jogo ainda mais interrompido, enquanto a possibilidade de rever segundos amarelos levanta questões de equidade entre jogadores e momentos do jogo.
Enquanto isso, já está em curso um projeto-piloto no Qatar, durante a Taça Árabe: qualquer jogador que receba assistência médica tem de permanecer fora de campo durante dois minutos, exceto se a falta que originou a lesão tiver resultado em cartão. Uma medida que pretende reduzir perdas de tempo, mas que está a gerar debate.
Recorde-se que a FIFA tem utilizado competições oficiais para estrear novas tecnologias e regras. Foi assim com o fora-de-jogo semiautomático, lançado no Mundial 2022, e com as câmaras no equipamento dos árbitros, testadas no Mundial de Clubes.
A IFAB reúne-se no dia 20 de janeiro, em Londres, para analisar estas propostas em detalhe. Qualquer mudança só será confirmada após votação na assembleia geral de 28 de fevereiro.











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