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terça-feira, 20 de abril de 2021

Homem mata ex-marido da namorada em Inhambane

 


Um homem encontra-se detido desde a semana finda, no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, acusado de tirar a vida do ex-marido da namorada com recurso a uma enxada.


Há pouco menos de dois meses um homem começou a namorar com uma mulher recém-divorciada. O ex-marido não gostou de saber e foi atrás do casal para cobrar satisfações.


Nessa conversa entre os três, a situação saiu do controlo e o ex-marido começou com agressões.


“Ele veio à casa da minha namorada, começou a berrar e assustou-nos. Ela (a minha namorada) fugiu pedindo socorro. Ele pegou numa enxada e desferiu-me golpes em todo o corpo. Quando levantei, bateu-me repetidamente na cabeça”, explicou o indiciado.


As agressões pararam e, diante de vizinhos, o homem decidiu revidar, por sinal, com a mesma enxada usada para lhe agredir.


“ Eu vi que estava a sofrer, por isso, peguei na enxada para revidar a agressão com outra maior: bati-lhe na cabeça, tal como ele o fez comigo. Foram três vezes. Deixei-o vivo, mas depois soube com a minha namorada que ele tinha morrido, por isso, ela estava aos prantos”.


A vítima perdeu a vida e o indiciado já está a contas com a Polícia.


“Este individuo é indiciado do tipo legal de crime de ofensas corporais voluntárias que resultaram em morte, previsto e punível nos termos do artigo 174 do Código Penal. Consta que no final de semana, com recurso a uma arma branca, mais concrectamente enxada, desferiu vários golpes na cabeça e em partes sensíveis do finado que perdeu a vida e ficou estatelado na via pública”, explicou Alceres Cuamba, do Serviço Nacional de Investigação Criminal, em Inhambane.

MISAU prevê receber mais de 2.6 milhões de lotes de vacinas contra COVID-19


 Mesmo sem avançar os fornecedores, Benigna Matsinhe, Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, falou, esta segunda-feira, de aquisição de novos lotes de vacinas para fazer face à pandemia no país.


“Em princípio, se tudo correr bem e se não houver atrasos neste processo, temos para o mês de Maio, a promessa de chegarem ao país cerca de 2.6. milhões de doses. Gradualmente, iremos, ao longo do ano, várias tranches, em que iremos receber mais doses, primeiro para cobrir cerca de 20% da população e, depois, temos mais vacinas que iremos adquirir para chegarmos aos 16 milhões, como o previsto.”

Durante a habitual conferência de imprensa de actualização de dados sobre a doença, Matsinhe avançou que o MISAU já recebeu solicitações de empresas privadas para importação de vacinas, estando, o processo, na sua fase inicial.

“Ainda não importamos, mas estamos a trabalhar com o sector privado. Já recebemos solicitações de várias empresas privadas que manifestaram interesse em adquirir as vacinas”, explicou, sem mais detalhes.

Benigna Matsinhe avançou, igualmente, que, neste momento, as autoridades de Saúde se desdobram para elaboração de memorandos de entendimento com o sector privado para dar seguimento à importação de vacinas.

Já sobre a situação epidemiológica do país, Sérgio Chicume, Director do Instituto Nacional de Saúde para Área de Inquérito e Monitoria de Saúde assegurou que, no país, continua a circulação apenas da variante sul-africana.

“Nós ainda não detectamos outras variantes, senão a da África do Sul. Mas, há casos do vírus primários, o nativo que ainda circula no país. Em suma, não temos, nem a variante da Índia, nem do Brasil, nem da Inglaterra.”

Com o arranque da segunda fase da campanha de vacinação contra o novo Coronavírus, o MISAU espera alcançar mais de 216 mil pessoas, com destaque para diabéticos, estudantes finalistas de cursos da Saúde e agentes da polícia.

Combate aos raptos: “Mesmo estando a controlar rigorosamente, nos escapa”


 O comandante-geral da Polícia dá o braço a torcer e reconhece que apesar do trabalho da Corporação, os criminosos fazem-se escapar e protagonizam crimes como raptos e sequestros. De Janeiro a Abril foram quatro casos, dos quais, só num é que a vítima está de volta ao convívio familiar.


A retoma da violência nas cidades de Maputo e Quelimane, marcada pelos crimes de raptos e sequestros, está a criar um clima de insegurança que há algum tempo não se sentia. Esta segunda-feira, o comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, esteve na Ilha de Moçambique e em Nacala, sendo que neste último ponto pronunciou-se sobre estes casos, tendo reconhecido que “é este factor humano ‘escapar’, mesmo estando a controlar rigorosamente, nos escapa e em algum momento ocorrem crimes”.

Em quatro meses, Janeiro a Abril, são quatro casos registados: três na cidade de Maputo e um em Quelimane e todos ainda não foram esclarecidos, ou seja, pelo menos a Corporação ainda não disse publicamente se há ou não detidos. A única coisa que Bernardino Rafael avançou é que uma das vítimas já está no convívio familiar.

“Escapou-se o controlo da criminalidade, onde registamos quatro casos de raptos, lamentavelmente. Quatro casos de raptos em todo o país”, repisou, tendo acrescentado que “há trabalho que estão a fazer todas as forças e os intervenientes dos órgãos da Justiça para poderem esclarecer os restantes três casos que ocorreram, infelizmente”.

Apesar das condenações pesadas nos casos similares que chegaram ao tribunal, os criminosos voltam a desafiar a autoridade do Estado e fazem vítimas em plena luz do dia. Mais preocupante ainda é o facto de em todos os processos julgados não terem sido encontrados os mandantes, abrindo espaço para que continuem a operar, tal como se está a notar com os quatro casos ora mencionados.

População de Pemba receia um ataque à capital de Cabo Delgado


 A maior parte da população de Pemba receia um ataque terrorista à capital de Cabo Delgado, devido à evolução da situação e por não estar a ver o fim deste conflito que fez cerca de dois mil mortos e mais de setecentos mil deslocados em menos de 4 anos.


“Estou com medo, porque quase todos os dias ouvimos falar de ataques, mortes e horrores e, até hoje, as pessoas estão concentradas aqui em Pemba, não conseguem voltar para as suas casas devido à guerra. Eu, por exemplo, recebi sete famílias de Quissanga, há muito tempo e, até hoje, por causa da situação, nem sabem quando vão voltar à sua terra,” explicou Abdul Age, um jovem natural e residente em Pemba.

Há medo e o pânico em toda a província, mas a situação é considerada grave na Baía de Pemba, o próximo alvo do grupo armado instalado em Cabo Delgado desde 2017, segundo refere um suposto aviso que começou a circular nas redes sociais, depois do ataque a Palma, uma informação que a Polícia da República de Moçambique classificou de falso alarme.

Algumas pessoas vivem com medo devido às supostas ameaças de assalto a Pemba, mas outras se sentem inseguras devido à resistência e expansão do território de acção dos supostos terroristas.

“Estou com medo, porque a situação está a progredir e, cada dia que passa, parece estar a aproximar cada vez mais à cidade e, se as coisas continuarem assim, não há dúvidas que vão entrar em Pemba”, justificou Januário Celestino, um jovem residente em Pemba há décadas.
A segurança parece estar garantida. A vida corre normalmente, pelo menos na cidade, entretanto a maior parte da população vive com medo. Os menos corajosos preparam-se para abandonar a província de modo a evitar um encontro directo com os supostos terroristas.
“Estou a pensar em sair de Pemba para Nampula por medo dos alshababes. Quando eles chegam num lugar, não escolhem se é mulher, homem, criança, velho, mulher grávida, nem o quê”, argumentou Assina Assamo.

Entretanto, enquanto alguns abandonam a cidade e a província, outros vivem sem medo, e não vêem nenhum perigo de ataque à Baía.

“Eu não tenho medo nenhum, não tenho, e vivo tranquilo, porque me parece que Pemba está segura, e só podem tomar de assalto à cidade se eles tiverem um grande exército,” reagiu Juma Abubacar, um idoso, natural do distrito de Mecufi, e vive em Pemba há quase meio século.

Outras pessoas não têm medo e recusam-se a abandonar a cidade, por considerarem normal em situações de guerra e preferem aguardar pelo fim do terrorismo em sua própria terra.

“Eu não tenho medo e não vou abandonar a minha terra”, afirmou Henriques Timba, acrescentando que “quem deve sair são esses terroristas que vieram de sei lá onde. Eu vou fugir para onde e por quê?”

Funcionário público aposentado, Timba é um dos poucos residentes da Baía de Pemba que não pensa em abandonar a sua casa e família, pois tem esperança de um futuro melhor.

“Sobrevivi a guerra do colono que teve seu fim em Lusaka, a dos 16 anos que terminou em Roma, e esta do terrorismo, tenho certeza, vamos encontrar um lugar para resolver, porque tudo tem seu fim.”

Desde que iniciaram os ataques terroristas em Cabo Delgado, em 2017, o grupo armado assaltou 5 das 17 sedes distritais, nomeadamente Mocímboa da Praia, Quissanga, Muidumbe, Macomia e Palma e as duas primeiras não foram, totalmente, recuperadas pelo Estado moçambicano

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Margarida Talapa em Nampula para repudiar ataques terroristas em Cabo Delgado


 A chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência a província de Nampula, Margarida Talapa, disse na manhã desta segunda-feira (19), que a situação dos residentes de Cabo Delgado não é boa, ainda que haja esforços das Forcas de Defesa e Segurança (FDS) para combater as accoes terroristas.


“Sabemos que a situação dos nossos irmãos em Cano Delgado não é boa, embora o nosso governo, através das Forcas de Defesa e Segurança (FDS), tem feito muito esforço para corresponder com aquilo que é a ansiedade dos moçambicanos que é pôr fim o terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado”, disse a fonte em colectiva de imprensa.


Por outro lado, Talapa disse estar de visita a província de Nampula para poder “prosseguir com as acções que a própria província tem feito, mas apenas fazer o reforço daquilo que a província tem feito no amplo movimento popular de condenação e repúdio da acção terrorista em Cabo Delgado”, cuja iniciativa foi lançada no ano passado, 2020.


“Por isso vamos continuar com este movimento iniciado no ano passado, no sentido de sensibilizarmos a população sobre a necessidade de se fazer um trabalho de condenação, mobilização e sensibilização a todos, sobretudo os jovens, a não aderirem estes movimentos terroristas, mas também a necessidade de uma grande vigilância porque eles vivem nas nossas casas, são nossos vizinhos, nossos filhos, genros e sobrinhos. Há uma necessidade de todos nós compreendermos o mal que eles estão a fazer e dai termos uma única voz e dizermos não ao terrorismo em Moçambique”, prosseguiu a fonte, elucidando que “não podemos pensar que o terrorismo é um assunto de Cabo Delgado, mas sim é um assunto de todo o país, e Nampula faz fronteira com Cabo Delgado, então é dai que há a necessidade de todos nós fazermos esta condenação a estes ataques”.


Parecendo uma descoberta nova, Talapa avançou que “os ataques terroristas retardam o desenvolvimento sócio-económico do país” e que “a coesão é a arma chave para pormos fim ao terrorismo”, tanto que “não se confunda a religião como o móbil dos ataques”


O aumento da criminalidade


A província de Nampula, olhando para os números de deslocados anunciados pelo governo, pelo menos, recebe mais de 10% destas vítimas. Com a chegada desses deslocados, o índice de criminalidade nos bairros das principais cidades e entrepostos comerciais aumentou.


O Ikweli perguntou a Margarida Talapa se o recrudescimento da criminalidade teria haver com a chegada de deslocados da guerra de Cabo Delgado, ao respondeu que “não posso afirmar categoricamente que existe isso. O que eu penso que devemos fazer, como população da província de Nampula, é criarmos condições para a vigilância para sabermos quem é quem”.


“Não podemos pensar que todos os que vem de Cabo Delgado são criminosos. Os criminosos até podermos ser nós daqui mesmo que não vieram de Cabo Delgado. Há vigilância é necessária para detectarmos qualquer cidadão que possa criar situações que poem em causa a soberania do estado, seja ele daqui seja ele de que lugar venha”, concluiu a, também, ministrado do Trabalho e Segurança Social.


A outra agenda da esposa do administrador de Rapale


Ainda em Nampula, a esposa do administrador de Rapale, entende que deve abordar a questão da covid-19, sensibilizando a população para a observância das medidas de prevenção da doença.


“Tivemos casos alarmantes no início, na província de Nampula, mas depois de um grande trabalho, com o envolvimento de todos abrandou a situação. Nos últimos dias voltou a ser uma preocupação a província de Nampula. Gostaríamos de apelar a toda a população de Nampula, os líderes religiosos e comunitários, professores e enfermeiros para fazerem uma campanha continua de sensibilização para se observar as recomendações sanitárias”.


Segundo disse, “do aeroporto para cá vi muita gente na rua sem máscara e aglomerada sem o distanciamento e sem a higienização”, para depois frisar que “estávamos muito bem, mas agora voltou a carga a província de Nampula. Todos os dias é a segunda ou a primeira província com mais casos positivos”

Governo recolhe ideias para estabilização da política industrial


 

 Soluções para o desenvolvimento industrial estão em debate no Seminário Económico sobre Industrialização, que decorre, hoje, em Maputo.

O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que dirigiu a cerimónia de abertura do evento, disse esperar que “o encontro produza recomendações que orientem a política industrial do Governo”.

Aliás, do Rosário avançou que “é objectivo do executivo aproveitar as ideias de todos para garantir mais eficácia nas acções ligadas a industrialização, consolidando as linhas de abordagem sobre a matéria e reduzindo os custos de produção”.

O representante do Governo apelou ao sector privado a investir na capacitação dos recursos humanos, no investimento em tecnologia, energia e outros sectores preponderantes para o desenvolvimento industrial.

Chamado a contribuir, o sector privado, representado por Agostinho Vuma, defendeu a criação de um “Fundo de Promoção Industrial para que o país não perca ideias de investimento por falta de recursos entre os empresários, sobretudo tendo em conta as obrigações fiscais impostas”.

Para o sector privado, só assim é possível colocar Moçambique na rota do desenvolvimento.

Os temas para debate no Seminário Económico sobre Industrialização são quatro, nomeadamente: Melhoria da articulação entre vários sectores e níveis de decisão, Capacitação de recursos humanos, Melhoramento das infra-estruturas de energia e de transporte e Mobilização estrutural de financiamento privado.

Incêndio florestal atinge universidade e deixa feridos em Cape Town


 Um incêndio florestal de grandes proporções atingiu uma universidade e deixou feridos na África do Sul, em Cape Town, neste domingo, informou o serviço de emergências sul-africano.


De acordo com a News 24, o fogo começou dentro do Parque Nacional de Table Mountain, próximo à Universidade da Cidade do Cabo.


No final da tarde de domingo, o incêndio se espalhou para o campus e destruiu vários prédios e uma biblioteca com livros raros e históricos.


A estudante moçambicana na África do Sul, victorina Cumbana diz que quando os bombeiros chegaram ao local do incêndio, o mesmo já havia se alastrado para outras zonas vizinhas, o caso de Rondebosch e Rosebank.


“Eu vivo em Rosebank e é mesmo próximo ao local do incêndio, então os estudantes foram recomendados a sair da área, pois havia muita fumaça e não era seguro. Estávamos a inalar a fumaça”, narrou a estudante ao “O País”.


Cumbana conta ainda que até por volta das 23 horas os bombeiros ainda tentavam controlar a situação, mas um restaurante que fica na montanha explodiu e uma escola que fica há dois blocos de onde reside, também não escapou ao incêndio.


“Esta manhã, as coisas estão mais controladas, mas acordamos com a casa cheia de cinza e há muito tráfego na área”, concluiu.


Centenas de estudantes que vivem no campus foram evacuados. Além disso, o moinho de vento mais antigo da África do Sul, o Moinho Mostertz, construído em 1796, pegou fogo.


As autoridades pediram que a área popular entre os residentes e visitantes seja evacuada imediatamente.


A Table Mountain é um dos marcos históricos da Cidade do Cabo, pois está sob a proteção da natureza. Os incêndios graves são comuns na estação seca na África do Sul.

Sub-Secretária-Geral das Nações Unidas reúne hoje com Verónica Macamo


 Decorre hoje em Maputo, um encontro de trabalho entre a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, com a Sub-Secretária-Geral das Nações Unidas e Directora Executiva para ONUSIDA, Winnie Byanyina.


De acordo com um comunicado de imprensa enviado a nossa redacção, o encontro decorre no âmbito de uma visita de quatro dias que Byanyina faz a Moçambique.

A nota salienta que a visita de Byanyima tem como objectivo se inteirar dos progressos que Moçambique tem registado no âmbito da resposta à epidemia do SIDA. A mesma precede a Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre a SIDA que terá lugar em Junho, na cidade de Nova Iorque, na qual a Namíbia e a Austrália são co-facilitadores.

Byanyima visita Moçambique no âmbito do convite formulado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi e fará, ainda uma visita à REJUSIDA e Kuyakana na cidade de Maputo e participará num diálogo com pessoas vivendo com HIV e líderes de organizações de base comunitária, incluindo rapariga, adolescentes e mulheres.

Cresce número de crianças envolvidas em trabalho infantil em Inhambane


 Basta apenas circular um pouco pelas ruas da Cidade da Maxixe, para encontrar crianças a venderem um pouco de tudo, desde frutas, ovos e cosméticos, só para citar alguns exemplos.


Dionísio tem nove anos de idade e vai à escola, apenas duas vezes por semana. Os outros dias, passa na rua, tentando ganhar algum dinheiro.

Em contacto com a nossa reportagem, disse que está nas ruas há cerca de dois anos, a mando da sua mãe, para quem canaliza o dinheiro resultante das vendas.

Victor Felisberto é outro menino frequente nas ruas de Inhambane. Tem 10 anos de idade e, tal como Dionísio, também vai à escola duas vezes por semana. As segundas, terças e quintas-feiras, fica no estabelecimento do seu pai a vender enxadas, catana, fogões e outros utensílios de uso doméstico. Ele faz isso há quatro anos e já tem experiência suficiente para negociar o preço do produto a vender.

O uso de mão-de-obra infantil preocupa o Ministério Público em Inhambane, que organizou, na última semana, o Seminário de Capacitação para a Prevenção e Combate às Piores Formas de Trabalho Infantil, na expectativa de oferecer ferramentas aos Magistrados Judiciais e do Ministério Público e aos diversos actores-chave na legislação laboral, para o reforço dos órgãos da administração da justiça na fiscalização, implementação e aplicação da lei com vista a eficiente protecção da criança contra às Piores Formas de Trabalho Infantil.

Na qualidade de legais defensores dos interesses jurídicos dos menores, ausentes e incapazes, o Ministério Público diz estar preocupado com o quadro do trabalho infantil, nas suas Piores Formas, na província, pois os estudos realizados em 2016 indicam que, em 2010, Moçambique tinha 12 milhões de crianças, constituindo 52% do universo da população. Deste número, um milhão, cento e oito mil, trezentas e trinta e quatro crianças estavam ligadas ao trabalho infantil.

Dos 12 milhões de crianças em Moçambique, a província de Inhambane tinha 29,5% de crianças dos 7 a 9 anos de idade, 47,2% dos 10 a 14 anos e 23,2% dos 15 a 17 anos de idade.

Do número total de crianças existentes na província de Inhambane, 93,3% desenvolviam trabalho infantil, na agricultura, pesca e comércio informal.

Isso significa dizer que, na lista das províncias com maior número de crianças envolvidas na actividade infantil, Inhambane está no quarto lugar, abaixo das províncias da Zambézia, Tete e Nampula e acima da província de Gaza.

Outra realidade, que constitui uma das Piores Formas do Trabalho Infantil e que preocupa o Ministério Público, tem a ver com o envolvimento das crianças na prostituição infantil. Dados revelam que muitas crianças oriundas de famílias de baixa renda, vivendo normalmente com parentes (avó ou tia), têm filhos e frequentam casas de pasto nocturnas, com particular incidência para as cidades da Maxixe, Vilankulo, Inhassoro, Massinga e Inhambane, onde consomem bebidas alcoólicas, porque são atraídas para o divertimento com música do momento, em volume alto e prostituem-se com a finalidade de obter dinheiro para o seu sustento.

O Ministério Público defende ainda que é preciso não se negligenciar uma outra face das Piores Formas do Trabalho infantil, que se revela com o recrutamento de crianças para servir como empregados domésticos e zeladores de menores não remunerados e privados do ensino e aprendizagem

domingo, 18 de abril de 2021

Moçambique tem mais 86 recuperados da COVID-19


 O país não registou óbito e 86 pessoas ficaram totalmente livres do novo Coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com os dados do Ministério da Saúde (MISAU).


No entanto, no mesmo período em análise 69 pessoas testaram positivo para a COVID-19. Todos os novos casos positivos reportados têm nacionalidade moçambicana.


A Área Metropolitana do Grande Maputo, nomeadamente, as Cidades de Maputo e da Matola, Distrito e Município de Boane e Distrito de Marracuene, lidera com 34 casos. Segue a província de Niassa com 22 casos.


Assim, o país conta com um cumulativo de 69.203 casos positivos registados, na sua maioria de transmissão local.


O MISAU reportou ainda que nas últimas 24 horas, seis pessoas ficaram hospitalizadas por complicações causadas pela doença, enquanto isso, sete tiveram altas hospitalares.


Assim, o país tem cumulativamente 69.203 casos positivos registados, dos quais 68.887 casos são de transmissão local e 316 são casos importados.


Amanhã inicia a segunda fase de vacinação. A propósito disso, o Ministério da Saúde apela aos cidadãos muçulmanos, dos grupos-alvo do processo, a acorrer aos locais de imunização, apesar do período de Ramadão no qual se encontram.