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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Terroristas no Niassa: a história do Nó Górdio se repetirá?

 


Em 1970, os guerrilheiros da Frelimo estabeleceram o norte de Cabo Delgado como zona libertada. Em março de 1970, Portugal nomeou um novo comandante militar, o Brigadeiro General Kaulza de Arriaga. Foi comandante da força terrestre em Moçambique e estudou guerra no Instituto de Estudos Superiores Militares de Lisboa. E ele visitou os Estados Unidos para consultas com o general William Westmoreland sobre as táticas dos EUA no Vietname.

Seu plano era a Operação Nó Górdio. Os portugueses usaram bombardeiros ligeiros, helicópteros e patrulhas terrestres reforçadas. Eram táticas americanas de ataques rápidos de helicópteros apoiados por pesados bombardeios aéreos contra os campos da Frelimo. Esses bombardeios foram acompanhados pelo uso de artilharia pesada, por exércitos motorizados guiados por bulldozer. A Operação durou sete meses e contava com 35.000 soldados portugueses, enfrentando 10.000 guerrilheiros da Frelimo.

Foi a maior e mais cara campanha militar portuguesa em Moçambique e parecia bem sucedida. As rotas de infiltração da Tanzânia foram em grande parte cortadas e a maioria das bases da Frelimo destruídas. Estima-se que mais de 400 guerrilheiros da Frelimo foram mortos e 1500 capturados - um quinto da força de guerrilha.

Mas o modelo do Vietname de Kaulza de Arriaga se aplicava a ambos os lados. Apesar das perdas, os guerrilheiros da Frelimo dispersaram-se principalmente para áreas fora de Cabo Delgado onde havia menos soldados portugueses porque Kaulza de Arriaga tinha retirado tropas de todo o país, deixando outras zonas desprotegidas. A Frelimo abriu com sucesso a nova frente em Tete e, depois do Nó Górdio, os guerrilheiros regressaram às zonas libertadas de Cabo Delgado e expandiram-se para o centro de Cabo Delgado.

Portugal descobriu que era muito caro em dinheiro e baixas para que o Nó Górdio continuasse. A campanha de sete meses, que parecia um sucesso, não conseguiu deter uma força guerrilheira móvel. E deu início ao movimento em Portugal e entre os soldados do exército colonial que derrubou o governo português em 1994 e trouxe a independência de Moçambique.

Claro que não existem duas guerras iguais. Na guerra actual, ambos os lados têm forças muito menores e a Frelimo travou uma guerra rural, não tentando capturar e manter cidades provinciais. Mas as semelhanças são impressionantes. Está na mesma área - Cabo Delgado. Uma insurgência local de guerrilheiros móveis com algum apoio local está sendo empurrada para fora da zona de guerra por um exército profissional mecanizado com apoio aéreo. Mas a taxa de baixas da guerrilha até agora parece mais baixa - tendo aprendido com a experiência e a história, a guerrilha não está tentando defender bases e está se dispersando no mato, esperando para se reagrupar.

Os insurgentes aprenderam as lições da história. O governo se esqueceu delas?


CARTAMOZ

O presidente Ramaphosa testa positivo para COVID-19


O presidente Cyril Ramaphosa está recebendo tratamento para sintomas leves de COVID-19 depois de testar positivo para a infecção viral, ontem, domingo, 12 de dezembro de 2021. O presidente começou a se sentir mal depois de deixar o Serviço Memorial do Estado em homenagem ao ex-vice-presidente FW de Klerk na Cidade do Cabo na manhã de hoje.

O presidente está de bom humor, mas está sendo monitorado pelo Serviço de Saúde Militar da África do Sul da Força de Defesa Nacional da África do Sul. O Presidente, que está totalmente vacinado, encontra-se em isolamento na Cidade do Cabo e delegou todas as responsabilidades ao Vice-Presidente David Mabuza durante a próxima semana.

Na sua recente visita a quatro estados da África Ocidental, o Presidente Ramaphosa e a delegação da África do Sul foram testados para COVID-19 em todos os países. O Presidente e a delegação regressaram à África do Sul vindos da República do Senegal na quarta-feira, 8 de dezembro de 2021, depois de obterem resultados negativos nos testes. Ramaphosa também apresentou um teste negativo no seu retorno a Joanesburgo em 8 de dezembro.

Os procedimentos de ontem na Cidade do Cabo foram conduzidos em conformidade com os regulamentos de saúde relativos à higiene das mãos, uso de máscaras faciais e distanciamento social. Ramaphosa disse que sua própria infecção serve como um alerta para que todas as pessoas no país sejam vacinadas e permaneçam vigilantes contra a exposição. 

FDS abatem líder dos terroristas em Niassa

 


Comandante-Geral da PRM diz que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) abateram, recentemente, um dos líderes dos terroristas em Niassa. Bernardino Rafael falava este domingo, em Ressano Garcia, no âmbito do lançamento da operação conjunta para a quadra festiva 2021-2022.

A província de Cabo Delgado ainda não está totalmente livre das acções violentas dos terroristas. E porque estes estão a ser fortemente combatidos pelas FDS, forças conjuntas da SADC e do Ruanda fugiram e já estão na vizinha província de Niassa, onde já fizeram vítimas e destruíram casas dos populares.

Bernardino Rafael aponta que os primeiros sinais de insurgência em Niassa foram registados no distrito de Mavago, onde houve confrontos entre os terroristas e as FDS. A situação alastrou-se até ao distrito de Mecula. Para além de destruições de casas, houve ferimentos a agentes da Polícia.

“A seguir, a nossa patrulha, que chamamos de ‘Reconhecimento Combativo’, entrou numa emboscada onde os colegas combateram e, neste combate, foi atingido um dos terroristas que era procurado, chamado Cassimo. As pessoas de Niassa conhecem-no, era muçulmana em Mecula e, a partir da morte deste terrorista, tiramos a conclusão de que se trata de terroristas que atravessaram de Cabo Delgado para Mecula”, concluiu o comandante-geral da PRM.

Este domingo, o comandante-geral da PRM orientou o lançamento da operação conjunta designada “Asanti sana”, palavra que provém de Swahili, que significa, em português “obrigado”.

Na ocasião, Bernardino Rafael mostrou-se agastado com a actuação dos seus colegas na estrada, tendo dito que os agentes da Polícia não devem mandar parar carros de mineiros em nenhum ponto.

“Deixem os mineiros irem para casa, depois de tanto tempo não podem ser castigados pelas autoridades do país dele. Não gostaríamos de ouvir que a Autoridade Tributária ou Alfândegas parquearam carros, porque têm défice disto e daquele documento, não”, ordenou.

Quanto aos postos de fiscalização nas estradas do país, Rafael diz que devem ser eliminados os postos não oficiais e os agentes não devem usar carros particulares para fiscalizar.

O comandante-geral instruiu a Polícia, a nível nacional, a devolver até à próxima quarta-feira documentos e carros parqueados sem motivo nos vários postos de controlo.

Zuma lança livro sobre a “verdade” da sua presidência

 


O ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma, lançou hoje o seu livro intitulado “Jacob Zumba fala” em que anuncia que vai “esclarecer as coisas” sobre os nove anos que esteve a presidir a África do Sul.

Cada exemplar do livro custa 16 euros, mas se tiver a assinatura do ex-chefe de Estado, que está em liberdade condicional, o preço sobe para 55 euros, segundo a agência de notícias France-Presse.

Envolto em escândalos, Jacob Zuma, 79 anos, foi forçado a demitir-se em 2018, tendo sido criada uma comissão de inquérito para investigar a corrupção generalizada durante os seus nove anos no poder.

Foi preso no passado dia 8 de Julho por desrespeito à Justiça, o que desencadeou uma onda de violência sem precedentes, tendo saído em liberdade condicional em Setembro por motivos de saúde.

Continua, contudo, a cumprir uma pena de 15 meses pela recusa em comparecer diante da comissão de inquérito sobre a corrupção do Estado durante a sua presidência, de 2009 a 2018.

Zumba está em liberdade condicional na sua luxuosa propriedade em Nkandla, na província oriental de Kwazulu-Natal.

Falando sobre a importância da “verdade”, o antigo chefe de Estado apareceu em forma, na passada sexta-feira, num vídeo em que fez o lançamento virtual do seu livro, escreve o Notícias ao Minuto.

“Não vale a pena inventar histórias porque tens uma máquina suficientemente poderosa para o fazer”, disse Zuma, sentado atrás de pilhas de livros vermelhos sobre os quais posa, sorridente, com os braços cruzados.

O seu julgamento por corrupção num caso de suborno, com 20 anos, envolvendo o grupo francês Thales, continua em curso após vários adiamentos.

O ex-Presidente não deixou de clamar perseguição e denunciou uma justiça que tenta fazer julgamentos políticos contra ele.


sábado, 11 de dezembro de 2021

Nyusi encerrou curso da polícia em Sofala com dezenas de ex-guerrilheiros da Renamo, no âmbito do DDR

 


O presidente da República, Filipe Nyusi, orientou,na sexta-feira, na Escola de Sargentos da Polícia Tenete General Oswaldo Assahel Tazama, na localidade de Metuchira, distrito de Nhamatanda em Sofala, o encerramento do II Curso Básico da Polícia da República de Moçambique (PRM), abrangendo dezenas de ex-guerrilheiros da Renamo, no Contexto do Processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, efectua, esta sexta-feira, uma visita de trabalho às províncias de Sofala e Niassa.

Em Sofala, o Chefe do Estado vai orientar, na Escola de Sargentos da Polícia Tenete General Oswaldo Assahel Tazama, a cerimónia de Encerramento do XIX Curso Básico de Intervenção Rápida e II Curso Básico da Polícia da República de Moçambique, no Contexto do Processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR). O encerramento dos três cursos acontece numa altura em que o país enfrenta desafios ligados ao terrorismo, entre outros.

O grupo do II Curso Básico da PRM inclui dezenas de ex-guerrilheiros da Renamo, que após saírem das matas e entregarem voluntariamente as armas, passaram por treinos de adequação para serem integrados nas fileiras das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Na província do Niassa, o Presidente Nyusi irá proceder à inauguração do troço Cuamba-Muíta da Estrada Nacional N13, bem como as obras de reabilitação e melhoramento das ruas da Cidade de Cuamba.

Segundo uma nota da presidência, nestas deslocações, o Presidente da República far-se-á acompanhar pelos Ministros do Interior, Arsénia Massingue; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Osvaldo Machatine, Quadros da Presidência da República e de outras instituições do Estado.

“O ladrão nunca vai combater a corrupção” diz Ossufo Momade


O presidente do partido Renamo, Ossufufo Momade, fez este pronunciamento durante um discurso dirigindo aos membros e simpatizantes do partido Renamo na cidade de Chimoio, na sede partido localizado no bairro Solapo.

Membros


Durante o seu discurso disse que “em nenhum momento que a Frelimo vai acabar com a corrupção, mesmo que eles apareçam ao público dizendo que vão acabar com a corrupção, não é verdade, mais sim é uma pura mentira, o ladrão nunca vai combater a corrupção, por não ser possível ele prender alguém com quem juntos roubaram, ainda no seu discurso afirmou que quem pode acabar com a corrupção só pode ser a Renamo e enquanto continuar o nosso irmão a governar a corrupção sempre vai acontecer e é a mesma corrupção que esta a criar todos os problemas. Ainda no seu discurso destacou o acontecimento que marcou a filiar do banco de Moçambique em Manica com a inundação que aconteceu no segundo dia após a sua inauguração, ele disse “ que aquilo é fruto da corrupção porque o dinheiro que devia investir comprando material de qualidade levaram para outro fim”

Ossufo Momade

Dando continuidade ainda no seu discurso, Ossufo Momade, colocou em destaque os donativos que eram direccionados para as pessoas que sofreram com o ciclone Idai, dizendo o seguinte “ Nos temos o conhecimento que depois de passar o ciclone Idai, ficaram pensando que iam receber donativos, mas nenhuma quinhenta veio nas vossas mãos, não so para os da Renamo, mais também para a população que nem faz parte da Renamo, Ossufo Momade, finalizou dizendo que isto é a pratica da Frelimo.(Manuel Gedeão Zacarias Tomás)


Fonte :Tecnnice

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

“Desconhecidos” atacam transporte de passageiros na Gorongosa


Um transporte de passageiros da companhia City Link, que fazia o trajecto Maputo-Nampula, foi atacado na noite da última quarta-feira, à entrada da vila-sede do distrito da Gorongosa, província de Sofala, no centro do país.

De acordo com as fontes, o ataque, que ocorreu por volta das 20:00 horas, não fez nenhuma vítima humana, tendo apenas causado danos materiais na viatura. Até ao momento, não se conhecem os responsáveis pelo ataque e muito menos as suas motivações.

Entretanto, este é o segundo ataque armado a ser reportado no troço Inchope-Gorongosa desde a morte do Líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, assassinado pelo exército moçambicano no passado dia 11 de Outubro. Os dois ataques militares ainda não foram confirmados pelas autoridades. 

Homens armados atacam Mecula e Muembe em menos de 24 horas

 


A província do Niassa continua debaixo do fogo, com um grupo armado, ainda não identificado, a semear luto e terror em dois distritos. Na noite da última quarta-feira, o distrito de Mecula voltou a ser palco de ataques de carácter terrorista, com a invasão da aldeia Lichengue, que se localiza a pouco mais de 7 Km da sede daquele distrito.

No local, dizem as fontes, o grupo queimou casas e vandalizou a rede de telefonia móvel. A população foi obrigada a refugiar-se na vila-sede daquele distrito. As fontes não relataram quaisquer vítimas mortais.

Já na madrugada desta quinta-feira, o grupo realizou dois ataques contra viaturas, na aldeia Chiconono, no distrito de Muembe. Os ataques ocorreram a menos de 20 Km da vila-sede de Muembe.

Nestes ataques, afiançam as fontes, duas pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto outras foram-lhes arrancados os seus bens, incluindo valores monetários e telemóveis. Os ataques ainda não foram confirmados pelas autoridades.

Até ao momento, são desconhecidos os autores dos ataques, mas suspeita-se que seja um braço do grupo terrorista que ataca a província de Cabo Delgado e que, desde a entrada das tropas estrangeiras, tem perdido terreno no Teatro Operacional Norte.

Força local encontra 12 cadáveres em Macomia

 


Um grupo de milicianos (uma força local) encontrou 12 cadáveres, na passada quarta-feira, no Posto Administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado. As fontes presumem que os corpos sejam de terroristas e que, provavelmente, terão sido abatidos na última segunda-feira durante um tiroteio havido naquela região entre o grupo e as tropas da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). Porém, a Missão da SADC em Moçambique ainda não confirmou estas mortes.

Ainda em Macomia, concretamente na aldeia de Litingima, as tropas da SADC capturaram cinco terroristas, na tarde desta quinta-feira. Na operação, um número considerável dos insurgentes conseguiu escapar. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Tribunal Constitucional de Angola indefere impugnação do Congresso do MPLA

 


Juíza-presidente indeferiu a ação cautelar interposta pelo pré-candidato à presidência do MPLA António Venâncio para impugnar o VIII Congresso, argumentando que o processo diz respeito às estruturas partidárias.

Num despacho datado de 7 de dezembro, mas sobre o qual os advogados de António Venâncio apenas foram notificados esta quarta-feira (08.12), um dia antes do arranque do Congresso do MPLA, a juíza Laurinda Cardoso deixa claro que a impugnação do congresso do partido no poder, tal como requerido pelo pré-candidato à liderança, só pode ser decidida por intermédio das estruturas partidárias.

No documento de uma página e meia, a que a DW teve acesso, a juíza-conselheira presidente do Tribunal Constitucional fundamentou a sua decisão de indeferimento com o argumento de que "as alegações e fundamentos" da impugnação da providência cautelar intentada pelo pré-candidato à liderança do MPLA "mormente no que respeita à natureza do processo adoptado pelo requerente, permitem concluir que a mesma deve ser feita ao abrigo da Lei dos Partidos Políticos".

António Venâncio

Com vista à impugnação ou nulidade do processo preparatório do VIII Congresso do MPLA, que termina no sábado, António Venâncio tinha dado entrada do seu pedido de impugnação junto do Tribunal Constitucional, no dia 2 de dezembro. Quatro dias depois, a juíza-presidente do Tribunal Constitucional analisou o processo e concluiu que não havia sustentação jurídica para que pudesse ser apreciado junto daquela instância judicial. 

António Venâncio e os seus advogados ainda não se pronunciaram a respeito. "Esta decisão da doutora Laurinda, no fundo, está dar sinais daquilo que será a resposta para a UNITA", considera, entretanto, o jornalista José Gama, radicado em Pretória.

Para José Gama, em face da realização do Congresso do MPLA, aconteceram duas coisas interessantes, que indicam a instrumentalização da justiça em Angola: "É esta documentação da doutora Laurinda e uma conferência de imprensa da Procuradoria-Geral da República, a fazer saldo do combate à corrupção. Quer dizer que o Presidente João Lourenço vai para o Congresso já com dados de combate à corrupção e, também, os delegados vão ao Congresso tranquilos de que este Congresso não vai ser perturbado pela justiça"

"Decisões meramente políticas"

O jurista e parlamentar independente pela coligação CASA-CE, Lindo Bernardo Tito, começa por reconhecer a competência da juíza-presidente para indeferir liminarmente uma petição inicial, mas sublinha que tal deve ter algum fundamento. "Nota que, o artigo 474, nº 3 (Código de Processo Civil), referido pela juíza, como fundamento, permite que seja pedida à parte, quem intentou a ação, quando a forma do processo não seja aquela desejada, para que, a parte, obviamente, possa fazer a retificação necessária. O que aconteceu não é isso, a juíza preferiu indeferir liminarmente, quando podia pedir ao requerente para suprir a questão da forma do processo", explica.

Cartaz do VIII Congresso do MPLA

Lindo Bernardo Tito faz um paralelismo com o processo intentado contra a UNITA, em que um grupo de sete militantes requiriu a anulação do recente Congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior. "Os requentes do processo que está agora em curso, também não esgotaram a impugnação no âmbito interno, eles requereram aos órgãos internos, mas antes dos órgãos internos se pronunciar, foram logo para o Tribunal Constitucional. E o mesmo Tribunal Constitucional não indeferiu liminarmente essa providência cautelar", sublinha.

Dito isto, o deputado não tem dúvidas de que as decisões judiciais em Angola obedecem a orientações políticas. "Políticas porquê? Porque em situações semelhantes, o tribunal age de maneira diferente. E é disso que está manchar o nosso Estado de direito", considera.

Bernardo Tito diz que o "Estado de direito não pode ter instituições jurisdicionais, como no caso do Tribunal Constitucional, que atua de acordo com vontade ou orientações políticas", lamentando que situações como esta "esteham a prejudicar o país".

"Não se prejudica A ou B, o prejuízo é geral, porque é a imagem do nosso Estado. Com este tipo de comportamentos e atitudes, que se assemelham a regimes ditatoriais, onde quem manda e faz tudo é um determinado partido político. Isso tem que parar", conclui.