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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Exames de admissão à UEM arrancam com “repúdio” ao modelo integrado

 


Arrancaram, ontem, os exames de admissão à Universidade Eduardo Mondlane. Há estudantes que dizem que o modelo integrado dos exames chega a ser penoso em algumas disciplinas. Os candidatos dizem que o tempo estipulado para os dois exames é curto.

Em média, 25 estudantes concorrem a uma vaga nos diversos cursos da mais antiga universidade do país. “Concorrer na Universidade Eduardo Mondlane significa ir a maior universidade do país, e eu penso que, no término do curso, poderei ter uma boa classificação e também engrenar há uma boa instituição, ou seja, a um bom emprego”, disse o candidato a um dos cursos da UEM, Abnério Américo.

“Também a UEM é uma universidade pública e, por ser pública, a pessoa não tem de pagar para estudar e isto traz vantagens para poder estudar a custo zero”, acrescentou Albertina Macamo.

Um sonho cuja realização passa pelo exame de admissão. Adzira Cruz chegou seis horas antes do exame de admissão, concorre a dois cursos e vai fazer quatro exames. Esta terça-feira fez exames de Português e História.

“Ainda não sabia onde era a sala, não conhecia o departamento e não queria correr o risco de ficar perdida antes do exame, preferi chegar cedo”, disse a candidata Adzira Cruz.

À semelhança há outros estudantes que também preferiram chegar cedo. “Era mais para conhecer a sala, este é o real motivo pelo qual cheguei cedo”, disse Nguaze Carangueira.

E até há quem teve tempo para a última revisão da matéria, como Adelina Victor: “De momento estou a fazer uma breve revisão da matéria que eu vinha preparando”.

Um dos factores que atrapalham alguns candidatos, como eles próprios dizem, é o modelo integrado criado em 2021. De lá para cá, dois exames são feitos durante três horas de tempo, sem intervalo, ou seja, uma hora e meia por cada. Aqui, gerir o tempo é fundamental, mas há quem se sente lesado.

“Só atrapalhou um pouco no momento em que faltavam uns cinco minutos para terminar o exame e adicionaram. Eu já havia passado a caneta aleatoriamente e tinha um tempo adicional que poderia ter continuado a resolver, dividir o tempo de desenho, precisa de mais tempo, no mínimo, duas horas só para desenho e ter Matemática à parte. Fazer os dois ao mesmo tempo é complicado”, lamentou Gleybes Cristina.

“É uma disciplina que exige mais tempo em relação à Matemática, mas deram mais 30 minutos, então deu para terminar aquilo que não ia conseguir terminar no tempo normal”, referiu Shentel Taila.

Já outros dizem que, apesar das dificuldades, permanece uma única expectativa: “sempre é positiva no sentido de poder ser admitido”, disse Tárcia Uamusse.

“Espero passar, espero mesmo porque, no ano passado, foi muito renhido, não deu para concluir os estudos de forma correcta e de forma explícita”, afirmou Melanye Tembe.

“Espero ser admitido, entrar para esta faculdade”, acrescentou, expectante, Suely Gove.

Os exames de admissão decorrem até o dia 13 de Janeiro.


Fonte:O país 

Covid-19 e Cólera: Governo adverte para reforço de medidas de prevenção

 


O Governo, através do Ministro da Saúde, Armindo Tiago, alertou esta terça-feira (10) sobre a necessidade de reforço de medidas de prevenção da Covid-19 e da Cólera, numa altura em que estas doenças tendem a infectar e a causar vítimas mortais em Moçambique, em particular, em África e no mundo, em geral.

Falando em Maputo, após a primeira Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Tiago disse que se assiste, nos últimos meses, a um aumento de casos da Covid-19 no mundo, com particular enfoque para Ásia e América do Sul. Além disso, o Ministro disse que está a crescer o número de óbitos causados pela doença.

“Em Moçambique, o Conselho de Ministros reconhece o papel dos cidadãos no controlo da Covid-19 e é por essa razão que recomenda para o reforço de medidas de controlo e prevenção que todos conhecemos, com particular destaque para duas medidas: a lavagem das mãos e a vacinação primária e de reforço. O país continua estável em termos de vacinas e, por conseguinte, tem disponibilidade para satisfazer a demanda”, apelou o governante.

Segundo Tiago, apesar do alerta, o país apresenta dados numéricos flutuantes da Covid-19, lembrando que no domingo passado foram notificados 59 casos, mas no dia seguinte apenas sete.

Quanto à cólera, o Ministro explicou que, à semelhança do que acontece com a Covid-19, o Governo notou que o número de países que notifica casos do surto está a aumentar no mundo. Exemplificou que 30 países em todo o planeta notificaram cólera em 2022, dos quais 15 em África. Estes países africanos notificaram 136 mil casos e cerca de 4 mil óbitos. O vizinho Malawi, por exemplo, registou até agora cerca de 700 mortos devido à cólera, numa altura em que, tal como Moçambique, o país ainda está no pico da época chuvosa.

“No nosso país, quatro distritos notificaram cólera neste presente ano, nomeadamente Lago e Lichinga na província do Niassa, distrito de Tete, na província com mesmo nome e Caia, na província de Sofala. Há até ao momento 1016 casos notificados e oito óbitos. A taxa de letalidade é menor em relação a outros países, decorrente do tratamento atempado dos pacientes e a disponibilidade de medicamentos para a doença”, explicou Tiago.

Para o controlo e prevenção da Cólera, o Ministro recomendou o consumo de água fervida conservar e preparar adequadamente os alimentos, sobretudo lavá-los antes da sua confecção, fazer o tratamento adequado do lixo, assegurar a higiene pessoal e colectiva, principalmente nesta época chuvosa, bem como aproximar-se a uma unidade sanitária em caso de diarreia.


Fonte: Cartamoz 

FENATRO ameaça agravar tarifa de transporte qualquer momento

 


A nova tarifa para o transporte de passageiros na Área Metropolitana do Grande Maputo, aprovada em Julho de 2022, poderá entrar em vigor a qualquer momento. A garantia foi dada ontem pela FEMATRO (Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários), em entrevista à STV.

De acordo com a agremiação, em causa está o silêncio do Governo em torno do pagamento das compensações aos transportadores semi-colectivos das cidades de Maputo e Matola e das vilas de Boane e Marracuene. A FEMATRO revela que o Governo apenas pagou dois, dos seis meses de compensação prometidos aos transportadores como forma de congelar a implementação da nova tabela.

“O Ministro [dos Transportes e Comunicações] prometeu que ia pagar até Dezembro, mas até hoje não há pagamento”, revelou Jorge Manhiça, da FEMATRO, assegurando ter submetido, na primeira semana deste mês, uma carta ao Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, exigindo esclarecimento em relação à situação.

Caso o Governo não responda à carta dentro de 15 dias ou não satisfaça as inquietações dos transportadores, a organização garante que irá a aplicar a nova tabela, que agrava em 7,00 Meticais a tarifa de transporte na Área Metropolitana do Grande Maputo.

Manhiça explica que a ausência do pagamento de compensações tem estado a influenciar a oferta de transporte nas cidades de Maputo e Matola e nas vilas de Marracuene e Boane, visto que os operadores não têm dinheiro para abastecer combustível nos seus veículos.

Lembre-se que, em Dezembro passado, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, garantiu que aquele mês era o último em que o Governo procedia ao pagamento de compensações aos transportadores.

“Dezembro é o último mês em que a compensação aos transportadores vai ser paga. Depois, vamos analisar, em conjunto com o Governo, a situação actual. Ou seja, se os combustíveis continuam altos ou se a situação mudou. Com base nessa análise, decidiremos como continuar a desempenhar o nosso papel dentro do contrato social que temos com a sociedade”, defendeu.

No entanto, os preços dos combustíveis não alteraram, prevendo-se o agravamento do custo de vida dos moçambicanos, com o aumento da tarifa do transporte. Aliás, o Governo também não irá implementar o famoso “subsídio” aos passageiros, uma promessa igualmente feita por Mateus Magala.


Fonte:Cartamoz



Moçambique vai inscrever mais de 220 mil mancebos para o SMO

 



221.141 jovens de ambos os sexos, nascidos em 2005, serão recenseados este ano, cujo processo foi lançado na última segunda-feira, pelo ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, em Malema, província de Nampula.

Chume disse que o recenseamento militar obrigatório termina a 28 de Fevereiro e apelou ao envolvimento de todos os quadrantes sociedade, em particular dos jovens moçambicanos.

O ministro da Defesa Nacional exortou os jovens a cumprir o SMO para garantir a soberania, integridade territorial e a independência nacional.

Na mesma ocasião, o ministro Chume apelou aos pais e encarregados de educação para ignorar as ofertas de emprego aos seus filhos na província de Cabo Delgado, onde ainda decorrem ataques terroristas. 


Fonte:Cartamoz

Acto desprezível: reage a Força de Defesa da África do Sul sobre alegado envolvimento do seu soldado na queima de corpos em Moçambique

 


Um vídeo breve que circula nas redes sociais, aparentemente mostrando soldados sul-africanos a atirar corpos para uma pilha de lixo em chamas em Moçambique, mereceu um comentário negativo das Forças Armadas de Defesa da África do Sul (SANDF), avançando que uma investigação está em curso para se apurar mais detalhes sobre o incidente.

No vídeo, um soldado com uma bandeira sul-africana e com uniforme é visto assistindo ao incidente.

A SANDF disse que o incidente está a ser investigado pelo comandante da força militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), em que soldados foram vistos a atirar corpos numa pilha de lixo em chamas, enquanto pelo menos um soldado sul-africano é visto a observar.

O Comandante da SAMIM, Xolani Mankayi, não confirmou se o incidente ocorreu dentro da sua área de responsabilidade, mas criou uma Comissão de Inquérito para investigar minuciosamente as circunstâncias em que tal incidente ocorreu.

  “Os membros do público em geral serão imediatamente informados sobre as conclusões da comissão de inquérito assim que forem concluídas”, disse o comandante da SAMIM.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF) diz que tomou conhecimento de um vídeo sendo partilhado nas redes sociais e plataformas de mensagens retratando o incidente.

Moçambique está em conflito com extremistas que travam uma guerra em Cabo Delgado desde 2017.

No vídeo de 20 segundos, pode-se ver uma pilha de lixo em chamas, com um único corpo no topo. Do lado esquerdo, dois soldados não identificados jogam um segundo corpo na pilha, enquanto um soldado com uma bandeira sul-africana na manga, que se acredita ser um membro das forças especiais, pode ser visto cruzando da esquerda para a direita. 

O link abaixo para ver o vídeo 

https://youtube.com/shorts/YkU8Y6pClFw?feature=share

O soldado com a bandeira sul-africana é visto segurando a sua arma de assalto com a mão esquerda, enquanto aparentemente faz um vídeo do incidente com um celular na mão direita.

Quando o vídeo termina, outro soldado não identificado é visto gravando o incidente num celular, enquanto mais lixo é atirado na pilha em chamas.

O porta-voz da SANDF, Brigadeiro-General Andries Mokoena Mahapa, disse que se acredita que o incidente tenha acontecido em Novembro do ano passado em Moçambique, onde a África do Sul destacou tropas no âmbito da SAMIM.

Mahapa explicou que a SANDF não estava investigando o incidente, já que os soldados sul-africanos envolvidos não estavam sob seu comando. 

"Uma vez que as forças estão destacadas, elas fazem parte de uma força combinada sob o comando e controlo da SAMIM. A África do Sul apenas apoia logisticamente a sua missão."

Ele acrescentou que a SANDF não tolera os actos cometidos no vídeo e disse que aqueles que foram considerados culpados de tais actos seriam levados à justiça.

De acordo com o Direito Internacional Humanitário, os corpos devem ser eliminados de forma respeitosa e as suas sepulturas respeitadas e devidamente conservadas. Esta regra é aplicável tanto em conflitos armados internacionais como não internacionais.

O próprio Manual da Lei de Conflitos Armados da África do Sul (LOAC) afirma que “os mortos devem ser protegidos e cuidados” e “maus-tratos a cadáveres” é uma violação da lei de conflitos armados e um crime de guerra.

Os países da SADC que contribuem com tropas e equipamento para o SAMIM são Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Lesotho, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Todos trabalham em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e um forte contingente de mais de dois mil soldados ruandeses e pessoal de apoio.


Fonte:Cartamoz

Mais um soldado tswana suicida-se em Cabo Delgado

 


As Forças Armadas do Botswana (BDF, sigla em inglês) continuam a ser assoladas por uma onda de suicídios no contingente destacado para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, no âmbito da intervenção da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM).

Nesta segunda-feira, as forças armadas tswanas anunciaram mais um caso de suicídio entre os militares destacados para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, ocorrido na manhã do mesmo dia.

“O BDF deseja informar o público sobre o lamentável incidente em que um membro do Contingente BDF, destacado na Província de Cabo Delgado, República de Moçambique, se suicidou esta manhã [de segunda-feira, 09 de Janeiro] por volta das 11:20 horas”, escreve o jornal tswana “Mmegi”, citando um comunicado de imprensa do Quartel-General do Exército daquele país da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral).

Este é o segundo caso de suicídio que as forças armadas tswanas registam na província de Cabo Delgado em 30 dias. Lembre-se que, em Dezembro passado, um militar daquelas forças armadas, com patente de Major, tirou a sua própria vida, depois de ter baleado mortalmente sua colega e ter ferido, também com recurso à arma de fogo, outra militar. Até ao momento são desconhecidas as razões por detrás destes casos.

Refira-se que, desde a chegada da SAMIM, em Agosto de 2021, pelo menos quatro soldados tswanas morreram fora do Teatro Operacional Norte. O primeiro soldado, lembre-se, morreu na cidade de Pemba, vítima de acidente de viação, dias depois de ter desembarcado na capital provincial de Cabo Delgado. 


Fonte: Cartamoz 


TSU: Comissão de Avaliação propõe redução das regalias dos altos dirigentes do país

 


Ainda promete fazer correr muita tinta a implementação da Tabela Salarial Única (TSU), a maior “dor-de-cabeça” do Governo nos últimos seis meses de 2022. Desta vez, o ponto da discórdia poderá ser a proposta de redução de regalias dos altos dirigentes da nação, uma sugestão levada à mesa de debate pela Comissão Técnica de Avaliação do processo de implementação da TSU.

Segundo o Vice-Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, a medida foi apresentada ontem pela Comissão Técnica de Avaliação do processo de implementação da TSU ao Conselho de Ministros, que esteve reunido na sua primeira sessão ordinária do ano de 2023.

Ao Governo, disse Impissa, a Comissão apresentou um conjunto de seis recomendações, com destaque para a “redução da remuneração, que inclui vencimentos, suplementos e regalias dos dirigentes superiores do Estado, bem assim dos órgãos de soberania”.

A medida, disse o governante, visa reduzir as discrepâncias salariais verificadas no processo de implementação da TSU em relação aos funcionários com níveis salariais inferiores. No entanto, a proposta não foi totalmente acolhida pelo Governo, que recomendou a Comissão a apresentar os quantitativos que devem ser reduzidos dos salários dos altos dignitários da nação.

Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros, “a proposta não é conclusiva”, pelo que a Comissão Técnica foi dada um prazo de 15 dias para apresentar “medidas concretas”, de modo que o Governo possa “responder dentro deste mês de Janeiro a possibilidade de pagamento de salários no modelo mais correcto”.

A redução das regalias, refira-se, deverá afectar, entre outros, os Presidentes da República, da Assembleia da República, do Conselho Constitucional e dos Tribunais Supremo e Administrativo; a Procuradora-Geral da República; o Primeiro-Ministro; deputados; Ministros; Vice-Ministros; Secretários de Estado; Governadores; Presidentes dos Municípios; do Director do SISE (Serviço de Informações e Segurança do Estado); e Presidentes e Directores-Gerais dos Fundos e Institutos Públicos.

Lembre-se que, no quadro da TSU, o vencimento do Presidente da República constitui referência para a determinação do vencimento do titular ou membro de órgão de soberania e de gestores de órgão público. Neste momento, Filipe Nyusi recebe, mensalmente, o dobro do salário 21A, acrescido de um subsídio de representação equivalente a 40% do respectivo vencimento. Isto é, encaixa mensalmente 331.516,00 Meticais de vencimento base e 132.606,40 Meticais de subsídio de representação, totalizando 464.122,40 Meticais.

Para além deste astronómico salário, o Chefe de Estado, tal como os restantes altos dignitários do país, beneficia-se de uma casa protocolar; viaturas protocolares; protecção para si, cônjuge e seus dependentes; assistência médica e medicamentosa para si, cônjuge e dependentes; entre outras regalias, garantidas com recurso aos impostos pagos pelos contribuintes moçambicanos.

Aliás, é devido a esta lista infindável de regalias de que se beneficiam os membros do Governo e titulares de órgãos de soberania, que causou um coro de indignação dos funcionários e agentes do Estado, que se sentiram injustiçados com a nova política salarial do Estado moçambicano.

Deve-se rever os critérios de enquadramento de funcionários com cargos de chefia

Para além da redução das regalias dos altos dignitários do país, a Comissão Técnica de Avaliação do processo de implementação da TSU recomendou a revisão dos critérios e procedimentos de enquadramento dos funcionários que exercem funções de direcção e confiança.

Em causa está o facto de se ter constatado haver funcionários com cargos chefias que auferiam salários superiores aos seus chefes, facto que colocava em causa a legitimidade dos superiores hierárquicos em relação aos seus subordinados.

O Governo foi recomendado também a avaliar o processo de enquadramento, concluído no mês de Dezembro, e dos quantitativos pagos a cada funcionário, com objectivo de aferir o nível de conformidade legal. Igualmente, foi recomendado a elaborar e distribuir folhas individuais de salários, contendo informações finais do enquadramento dos funcionários, seus vencimentos, suplementos e descontos, como parte da conclusão do processo de enquadramento.

A Comissão Técnica propõe o Governo a prosseguir com o processo de análise e actualização dos qualificadores profissionais, sectoriais e nacionais, de modo a ajustá-los ao quadro jurídico-legal em vigor. “A medida vai permitir responder a questões que foram sendo apresentadas pelos diferentes grupos profissionais e funcionários, quer a título individual, assim como colectivo, sobre o processo de enquadramento”, explicou Inocêncio Impissa.

O grupo alerta ainda ao Governo para a necessidade de assegurar o pagamento de suplementos aos membros das Assembleias Provinciais no regime em que são processados, ou seja, através das senhas de presença.

O porta-voz do Conselho de Ministros explicou que, durante a implementação da TSU, verificou-se que os membros das Assembleias Provinciais eram pagos mensalmente, enquanto os seus salários são pagos “sazonalmente”. Isto é, sempre que decorrem as sessões do órgão.

Refira-se que o Governo decidiu descartar todas as propostas vindas dos grupos profissionais, no sentido de enquadrar os Técnicos Superiores N1 no nível salarial 16. Também decidiu não ouvir as reclamações dos grupos profissionais em torno do aumento dos subsídios, por exemplo, de exclusividade, tendo optado por manter os quantitativos dos funcionários em exercício e os 5% sobre o vencimento base para os novos ingressos


Fonte:Cartamoz

"Chefes" na função pública sofrem redução de salário

 


Trata-se da redução dos suplementos dos salários dos dirigentes públicos, para que por via disso reduza a grande diferença entre os salários dos “Chefes” e dos subordinados, no quadro da Tabela Salarial Única (TSU).

A medida está inserida na aceitação de uma das recomendações da Equipa Multisectorial criada para harmonizar a implementação da TSU.

Na mesma esteira, o Governo, reunido na primeira sessão do Conselho de Ministros para o ano de 2023, decidiu rever os critérios de enquadramento dos servidores públicos que exercem funções de direcção e chefia.

O anúncio foi feito esta tarde, pelo vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa.


Fonte:Folha de Maputo 

Arranca inquérito sobre envolvimento de deputado no tráfico de drogas

 


Iniciou-se a investigação ao alegado envolvimento de um deputado no tráfico de drogas na Zambézia. Analista alerta que inquérito pode não trazer resultados, caso o deputado em causa seja da Frelimo.

Arrancou, esta segunda-feira, em Moçambique, o inquérito parlamentar ao suposto envolvimento de um deputado no tráfico de drogas, através do Porto de Macuse, na província central da Zambézia.

Tudo começou em Novembro de 2022, quando o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal da Zambézia (SERNIC) anunciou a detenção de um oficial da Marinha de Guerra e de um professor, indiciados no tráfico de drogas de tipo metanfetamina. Na altura, Maximino Amílcar explicou que a droga havia sido apreendida no Porto de Macuse e que haveria um deputado também envolvido no grupo [de traficantes].

“Há um deputado que está envolvido neste esquema [de tráfico de drogas] e nós estamos abertos para trabalhar neste caso. Não temos problemas de investigar e trazer a verdade”, afirmou.


DENÚNCIA DE MONDLANE


A 1 de Dezembro do ano passado, o deputado da Renamo, Venâncio Mondlane, reacendeu o debate em plenário, na Assembleia da República, acerca do tema, não tendo citado o nome da pessoa em questão. Na altura, Mondlane deixou um apelo à presidente do órgão.

“Devia a Assembleia [da República], na pessoa da senhora presidente, emitir uma comunicação para o SERNIC da Zambézia, mostrando a sua disponibilidade absoluta e incondicional para que colabore para que este deputado seja devidamente responsabilizado”, disse.

Estranhamente, no dia 27 de Dezembro, o porta-voz nacional do SERNIC, Leonardo Simbine, contrariou esta versão. Em declarações à imprensa, disse que não existia “nenhum processo-crime a ser investigado na sua direcção em relação a um deputado da Assembleia da República”.

A Comissão Permanente da Assembleia da República criou, entretanto, uma comissão de inquérito para investigar o caso. O grupo investigativo parlamentar, que iniciou, esta segunda-feira, os seus trabalhos, é composto por sete deputados – quatro da Frelimo, dois da Renamo e um do MDM – e é liderado por António Niquice, do partido no poder.


INVESTIGAÇÃO “SEM RESULTADOS”


Felizardo Mucussete, presidente da Associação Horukunusha Moçambique, considera que o inquérito não vai trazer os resultados esperados. Isto porque, na sua opinião, o deputado envolvido pode estar ligado ao regime e ao partido no poder.

“Acredito que se esse tal deputado envolvido fosse da Renamo, por exemplo, nem o próprio Venâncio Mondlane teria a coragem de dizer isso, logo deixa claro que só pode ser um do partido no poder”, explicou Felizardo Mucussete.

O responsável estranha as contradições dentro do SERNIC e entende que as mesmas visam apagar os rastos para a investigação. Ou seja, volta a frisar, “sendo um deputado do regime, provavelmente haverá alguma coisa que poderá ser escondida”, disse.

A DW tentou obter declarações do deputado Venâncio Mondlane sobre este polémico caso, mas este disse que só se pronunciará depois de tornados públicos os resultados do inquérito, no próximo dia 2 de Fevereiro.

A Assembleia da República prometeu sancionar o deputado Venâncio Mondlane, caso não fique provado o envolvimento de um deputado do Parlamento no tráfico de drogas na Zambézia


Fonte: O país 

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Cólera no Malawi faz soar alarmes em Moçambique

 


Província de Tete, centro de Moçambique, reforçou controlo de viajantes vindos do Malawi para evitar disseminação da doença que assola o país vizinho. Cólera já fez oito mortes na província do Niassa, a norte.

Até esta terça-feira (10.01), não foi registado qualquer caso de cólera na província de Tete, garante à DW o chefe do Departamento provincial de Saúde Pública. No entanto, Danilson Gonçalves assegura que o seu setor está em alerta máximo face ao surto de cólera que fustiga o país vizinho, o Malawi.

"Temos feito uma espécie de controlo nas fronteiras. Começando pelas viaturas que entram no nosso país, assim como as próprias pessoas, temos feito a sua descontaminação. Ou seja, colocamos balde e sabão para a lavagem das mãos", explica.

O responsável revelou, entretanto, que a província de Tete regista, nos últimos dias, o aumento de casos de diarreias, que estariam relacionados com a época chuvosa. "Ainda não temos qualquer confirmação de cólera. Foi feita a coleta de amostras, para além de tratamento e seguimento destes pacientes, mas, felizmente, até então, nenhuma confirmação em relação ao vibrião colérico", adianta.

Em 2022, foram registados 61 mil casos de diarreias, mais 14% do que no ano anterior. Os casos são sobretudo, na capital provincial e nos distritos de Cahora Bassa e Moatize, diretamente na fronteira com o Malawi.

Mosambik Cholera Prävention am Flughafen in PembaMosambik Cholera Prävention am Flughafen in Pemba

Foto de arquivo (2019): Balde com água e sabão no aeroporto de Pemba para prevenir a cóleraFoto: DW

Niassa luta para travar surto

Mais a norte, na província do Niassa, o novo surto de cólera já matou pelo menos oito pessoas e infetou outras 600. Ramos Bartolomeu Mboene, diretor provincial da Saúde no Niassa, diz que as autoridades lutam para travar a doença.

"Confirmou-se cólera no distrito de Lago e no distrito de Lichinga. Até ao fecho da semana passada, tivemos 220 [casos] em Lichinga e 379 no Lago. Somando, dá 599 casos de cólera confirmados, infelizmente com um cumulativo de oito mortes", afirma.

A província do Niassa não registava casos de cólera desde 2015. Com o surto no vizinho Malawi, um dos piores na história do país, a doença alastrou para a província moçambicana.

As autoridades sanitárias no Niassa já abriram quatro centros de tratamento de cólera nos dois distritos atingidos pelo surto, Lago e Lichinga. O setor provincial está igualmente em alerta máximo devido aos casos de diarreias noutras zonas.

"Nestes dois distritos ainda não temos a confirmação do surto apesar de termos pacientes com diarreia em seguimento. Colhemos amostras na semana passada, cinco amostras no distrito de Sanga e sete no distrito de Mecanhelas. Todas elas foram enviadas ao Instituto Nacional de Saúde (INS) e aguardamos a qualquer momento a receção dos resultados para se declarar o surto nestes distritos, se tal for o caso", diz Ramos Bartolomeu Mboene.

Chuva complica resposta

De acordo com o diretor provincial da Saúde no Niassa, foi criado um comité multissetorial composto pelas autoridades sanitárias, de água e saneamento do meio, incluindo os conselhos autárquicos, para prover uma resposta combinada com vista a estancar o surto de cólera na região.  

O período das chuvas, explica Ramos Bartolomeu Mboene, tem complicado a resposta contra a cólera: "Há grandes desafios aqui no que diz respeito à água acumulada, residências que, em algum momento, ficam alagadas, até destruídas. Todo esse processo tem implicado de forma negativa o controlo cabal da situação".


Fonte:Dw