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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Locomotivas de Chiveve entra com pé esquerdo na BAL

 


O Ferroviário da Beira, campeão nacional de basquetebol sênior masculino, estreou-se com derrota na presente edição da Basketball Africa League. Na ronda inaugural da Conferencia Nilo, os locomotivas de Chiveve foram derrotados pelo Al Ahly do Egipto pela marca de 92 a 74.

Jogando em casa, a equipa egípcia entrou galvanizado e ganhou uma expressiva vantagem logo no primeiro período, uma vez que os pupilos de Luiz Hernandez não mostraram argumentos para travar as investidas do seu oponente. Com o resultado de 35 a 15 à maior para o Al Ahly terminou o primeiro quarto.

No segundo período, o Ferroviário da Beira tentou esboçar uma reação, mas, debalde, voltou a ser o conjunto anfitrião a estar na mó de cima, tendo saído a vencer por 51 a 34.

No reatamento da partida, ou seja, no terceiro período, o conjunto moçambicano entrou transfigurado, mas voltou a ter o azar de encontrar pela frente um adversário que não deixava os seus créditos por mãos alheias. Aliás, nesta fase do jogo os locomotivas reduziram um ponto na desvantagem: 76 a 58.

O derradeiro período só foi disputado para confirmar o triunfo inequívoco do conjunto egípcio pela marca de 92 a 74.

Refira-se que os campeões vão defrontar no próximo dia 29 do mês em curso o conjunto angolano de Petro de Luanda, em partida pontuável da apelidada NBA do continente africano.


⛲ Evidências 

Tentativa de assassinato de Nini Satar: “Leão Wilson procurou-me e disse para eu vir mentir aqui para o tribunal”, disse Franque Davisse


O declarante Franque Devisse nega a acusação de que teria sido quem introduziu uma faca na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, para executar Nini Satar. O recluso acusa o arguido Leão Wilson de tentar alicia-lo a mentir em troca de liberdade 

No seguimento do julgamento do caso de tentativa de assassinato de Nini Satar, foram, esta quarta-feira, ouvidos mais dois declarantes.

O primeiro foi Franque Davisse, acusado de ter facilitado a entrada de uma faca na B.O., a fim de executar Momed Satar, em Fevereiro do ano passado.

Confrontado com o facto, Franque refutou as acusações e revelou ter sido coagido pelo arguido Leão Wilson a acusar Nini Satar, em troca de liberdade.

“Nesta segunda-feira (24), quando saíam daqui, Leão Wilson procurou-me e disse para eu vir mentir aqui para o tribunal, dizendo que quem me entregou a faca foi Nini. Mas eu não podia fazer isso, porque eu sei que é crime”, disse Franque Davisse, depois de ter afirmado que jamais tenha visto a tal faca de que tanto se fala.

Questionado se teria ouvido falar do plano de assassinato de Nini Satar, Franque disse que só ouviu o caso depois que o assunto foi despoletado, quando a Procuradoria-Geral da República começou uma investigação na B.O., por forma a descobrir os contornos desse caso.

O recluso, de 36 anos de idade, conta que, numa das vezes, o seu pavilhão foi interpelado, através da rede de vedação que separa o seu do outro, por António Chicuamba, um dos arguidos do processo, solicitando que fizesse chegar um contacto telefónico escrito num pedaço de papel a um outro recluso (arguido), de nome Damião Mula.

“Chegado lá, entreguei o contacto e ele devolveu dizendo que o número não estava completo e que não devia aceitar nada quando fosse chamado pela PGR, isto porque Leão (arguido) estava a tratar tudo com os ‘chefes’. Quando voltei, Chicuamba já estava a ser recolhido para um interrogatório. Daí chamei Ismael (outro recluso) e informei-o do sucedido, pelo que me aconselhou a contar tudo a Nini”, disse.

Já o segundo declarante, Armando Vilanculos, oficial de inteligência penitenciária, é implicado no caso como quem teria facilitado a entrada do celular usado para fazer gravações que comprovam o envolvimento dos seis arguidos. Mas este também negou tudo.

Vilanculos é citado como quem recebeu o celular de José Ngulela, numa das paragens do bairro Jardim, na Cidade de Maputo, para facilitar a sua entrada na B.O..

Mas aquele diz que, como oficial de inteligência, foi integrado a uma equipa composta por membros da PGR, SERNAP e outros elementos do quadro da justiça para apurar a veracidade dos rumores existentes sobre a tentativa de assassinato.

No trabalho de investigação, Leão Wilson foi tido como responsável pela execução e Lenine Macamo o cabecilha.

“Depois de Leão ter aceitado, acabou por dizer muitos assuntos sérios, que envolvem pessoas de alto nível no Governo, em que existe um interesse em eliminar Nini Satar, porque já não querem ele na sociedade, porque está a trazer muito problemas para o sistema e ia garantir a soltura deles e teriam muito dinheiro. Fala-se de mais de 40 milhões de Meticais”, disse Armando Vilanculos.

Nesta audição, um novo nome foi citado de quem terá feito parte do esquema para introdução de uma faca na B.O.. Chama-se Inácio Mirasse e será ouvido esta quinta-feira.


⛲ integrity

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Malária continua um dos problemas de saúde pública em Moçambique

 


Moçambique é um dos dez países com maior peso da malária no mundo e a doença é responsável em cerca de 29% de todas mortes. De acordo com o Primeiro – Ministro, Adriano Maleiane, o país continua a registar elevado número de casos de malária devido aos desafios existentes no saneamento do meio, calamidades naturais e acesso às medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento atempado desta doença.

À margem da cerimônia do Dia Mundial da Luta Contra a Malária que se assinalou na quarta-feira, 25 de Abril, Adriano Maleiane tornou público que, no ano passado, o país registou um cumulativo de cerca de 12 milhões de casos de malária contra mais de 10 milhões em 2021.

“Para conter a propagação da malária, o Governo tem implementado várias acções de prevenção, com destaque para a introdução de redes mosquiteiras de nova geração, distribuídas nas consultas pré-natais e nas comunidades”, declarou Maleiane para depois destacar o processo pulverização e a administração de medicamentos na prevenção da malária.

“Estas e outras acções estão a contribuir para a redução da taxa de letalidade da malária, apesar de prevalecer ainda um número elevado de casos. Em 2022, a taxa foi de 1,3 por 100 mil habitantes contra 1,5 em 2021”.

Maleiane, referiu, por outro lado, que Moçambique deve reflectir profundamente sobre as acções a implementar e ao reforço de modo a acabar com esta doença, para fazer jus ao lema escolhido para o presente ano.


⛲ Evidências

Aprovados novos salários mínimos para o sector privado


O Governo anunciou esta terça-feira os novos salários mínimos a serem aplicados pelas empresas do sector privado, a vigorar a partir do mês de Abril corrente. Durante a apresentação dos números, a Ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, explicou que no Sector I, nomeadamente, Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura, o salário subiu de 5.200 Meticais para 5.800 Meticais, um aumento de 11.5 por cento e o valor de reajuste foi de 600 Meticais.

No sector II, de Pesca Marítima Industrial e Semi-industrial, a Ministra disse que o salário cresceu de 5.820 Meticais para 6220 Meticais, um aumento de 400 Meticais correspondentes de 6.9 por cento. No subsector de Pesca de Kapenta, o salário mínimo parte de 4.559 Meticais para 4.791 Meticais, um acréscimo de 200 Meticais, correspondentes a 4.4 por cento.

Já no Sector III, o da Indústria Extractiva, a governante explicou que o actual salário mínimo, fixado em 10.353 Meticais, verificou um incremento de 16 por cento, fixando-se em 12.020 Meticais. Para o subsector de Grandes Empresas e Médias Empresas, o reajuste foi de 550 Meticais (8 por cento), tendo o ordenado mínimo saído de 6.800 Meticais para 7.300 Meticais.

Na Indústria Transformadora (sector IV), o salário mínimo sobe de 7.945 Meticais para 8.749 Meticais, uma subida de 802 Meticais, correspondentes a 10 por cento. No sector (V), Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água, o ordenado mínimo para Grandes Empresas saiu de 9.325 Meticais para 10.475 Meticais, um acréscimo de 1.150 Meticais, equivalentes a 12 por cento e para Pequenas e Médias Empresas sobe de 7.566 Meticais para 8.500 Meticais, um acréscimo de 933 Meticais, correspondentes a 12 por cento.

No que toca à Construção (Sector V), a Ministra disse que o salário mínimo parte de 6.700 Meticais para 7.409 Meticais, um reajuste de 709 Meticais, correspondentes a 10.6 por cento.

No sector VI, o das Actividades dos Serviços Não Financeiros, Talapa disse que o ordenado mínimo sai de 7.774 Meticais para 8.574 Meticais, um crescimento de 10 por cento, correspondente a 707 Meticais. No subsector de Hotelaria, Turismo e Similares, o salário mínimo sai de 6.950 Meticais para 7.715 Meticais, um crescimento em 765 Meticais, equivalentes a 11 por cento. O subsector de Segurança Privada parte de 7.525 Meticais para 7.825 Meticais, um crescimento de 300 Meticais, equivalentes a 3.9 por cento. Já no subsector de Retalhista de Combustíveis, o ordenado passou dos actuais 7.774 Meticais para 8.464 Meticais, o equivalente a 8.8 por cento.

No sector VIII, Actividades dos Serviços Financeiros, a governante disse que o salário mínimo regista um incremento de 1.720 Meticais (12 por cento), devendo sair de 14.340 Meticais para 16.061 Meticais, no subsector de Bancos e Seguradoras, um aumento de 1.500 Meticais (11.7 por cento), no subsector de Micro Finanças e Micro Seguradoras, devendo o salário mínimo fixar-se em 14.241 Meticais contra 12.741 Meticais.

Falando à imprensa após a 14ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Talapa disse que os novos salários aprovados “não são os desejáveis, mas os possíveis, tomando em consideração a actual conjuntura económica e social do nosso país”. 


⛲ Cartamoz 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Governo confirma subida do preço de combustíveis nos próximos meses


O Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, Moisés Paulino, confirma que, nos próximos meses, o preço de combustíveis irá ser revisto em alta, facto que irá acompanhar a subida do preço do petróleo no mercado internacional, agravado há dias pelo anúncio dos países produtores e exportadores (OPEP), de retirar pouco mais de um milhão de barris por dia no mercado global, a partir de Maio próximo.

“Nos próximos meses, a situação no mercado interno pode alterar-se no sentido não muito favorável aos consumidores moçambicanos. Naturalmente vem aí um momento não muito bom nessa área de combustíveis”, disse o Director, em declarações, semana passada, à Televisão de Moçambique (TVM).

Entretanto, Paulino disse que o Governo está a estudar medidas para minorar o impacto da iminente subida de preços de combustíveis. Destacou a revisão do Decreto n.º 89/2019 que aprova o Regulamento sobre os Produtos Petrolíferos. “Estamos agora preocupados em conseguir soluções. Vamos levar agora à revisão o Decreto de Combustíveis na perspectiva de que nesse Decreto encontremos questões legais que possam facilitar a gestão deste momento que se avizinha”, avançou o gestor..

Quanto à informação difundida pelas petrolíferas, segundo a qual, o combustível poderá escassear nos próximos dois meses, devido à redução na importação por causa da dívida do Estado ao sector (no montante de 400 milhões de USD), Paulino tranquilizou afirmando que tal não vai acontecer porque o Governo tem estado em conversações com a classe para resolver o problema e permitir o abastecimento de combustíveis no país.

As declarações do Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis surgem uma semana depois do Presidente da Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL), Michael Ussene, afirmar publicamente que, com o preço do barril de Brent no mercado internacional a variar entre 83 a 84 USD cada, em condições normais, o litro de gasóleo no mercado nacional seria de 110 Meticais contra os actuais 87.97 Meticais e a gasolina custaria no máximo 104 Meticais, mais 17 Meticais em relação aos actuais 86,97 Meticais.

Em contrapartida, Ussene explicou que o actual preço seria praticável se o barril de Brent no mercado internacional custasse 70 USD cada. O último reajuste ocorreu em Julho de 2022, em que a gasolina subiu de 83,30 Meticais por litro para 86,97 Meticais e o gasóleo passou de 78,97 Meticais para 87,97 Meticais por litro. Já o petróleo de iluminação passou de 71,48 Meticais, o litro, para 75,58 Meticais e o Gás Veicular, de 40,47 o kg equivalente, para 43,73 Meticais


⛲ Cartamoz 

Paulina Chiziane vai receber o Prêmio Camões “muito brevemente” – garante ministro da Cultura de Portugal

 


A conceituada escritora moçambicana Paulina Chiziane foi a grande vencedora do Prêmio Camões relativo ao ano 2021. Contudo, Chiziane ainda não recebeu o galardão do prémio literário mais importante atribuído nos países de língua portuguesa. Na segunda-feira, 24 de Abril, o ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva, anunciou, antes da entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, que a data da entrega do mesmo galardão à Chiziane será anunciada “muito em breve”.

Mesmo sem adiantar datas, Pedro Adão e Silva adiantou que Paulina Chiziane será a próxima a receber o galardão do Prêmio Camões o que, de certa forma, “é muito significativo, que é termos uma escritora negra, moçambicana a receber o Prémio Camões. A data da entrega será anunciada muito brevemente”.

A escolha de Paulina Chiziane como vencedora do prémio literário mais importante atribuído nos países de língua portuguesa foi anunciado em Outubro de 2021, sendo que o júri decidiu por unanimidade atribuir o prémio à escritora moçambicana, destacando a sua vasta produção e recepção crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional da sua obra.

Importa referir que, em 1990, Paulina Chiziane foi a primeira mulher a publicar um romance intitulado “Balada de Amor ao Vento” em Moçambique. No seu reportório fazem ainda parte dez obras, nomeadamente, “Ventos do Apocalipse”, “O Alegre Canto da Perdiz” (2008), “As Andorinhas” (2009), “Na mão de Deus”, “Por Quem Vibram os Tambores do Além” (2013), “Ngoma Yethu: O Curandeiro e o Novo Testamento” (2015), “O Canto dos Escravos” (2017), “O Curandeiro e o Novo Testamento” (2018) e “A voz do Cárcere”.


⛲ Evidências

Há Tensão entre militares e elementos da Força Local em Miangalewa, distrito de Muidumbe



As relações no campo operacional entre os membros das Forças de Defesa e Segurança posicionadas em Miangalewa, no distrito de Muidumbe e elementos da Força Local, da mesma aldeia, onde recentemente a população retornou, são descritas como bastante tensas, alegadamente devido à existência de um clima de medo e desconfiança entre as duas partes.

A situação acontece numa altura em que se esperava que as duas partes, além de patrulhas conjuntas, pudessem manter um ambiente cordial e de cooperação no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado.

Fontes disseram à "Carta" que o problema começou um dia depois do ataque a Miangalewa (15 de Abril), quando alguns militares aproximaram-se dos membros da Força Local, para solicitar a entrega de algumas armas, que supostamente pertencem às FADM.

Esta exigência, de acordo com as fontes, não caiu bem junto dos membros da milícia local, que se recusaram a entregar as armas, justificando que foram recuperadas das mãos dos terroristas no dia que invadiram a aldeia. A força local argumenta que, depois da troca de tiros, os terroristas recuaram e abandonaram as armas, pelo que não faz sentido a exigência das forças governamentais para a entrega das mesmas, quando nem foram as FDS que as recuperaram.

Para tentar apaziguar o desentendimento entre as partes, o administrador de Muidumbe, Saide Aly Chabane, esteve no último sábado em Miangalewa, mas parece que a tensão está longe do fim.

Como sinal de que o ambiente ainda continua turvo, as duas forças operam separadamente no terreno, sendo que estão divididas em termos de patrulha, através de uma ponte que separa os dois bairros da aldeia Miangalewa. Enquanto as forças governamentais patrulham e ocupam a zona norte em direcção a Mocímboa da Praia, as forças locais estão posicionadas a partir da ponte para a região sul, em direcção a Macomia-sede.


⛲Cartamoz

RENAMO acusa FRELIMO de fraude no recenseamento eleitoral


RENAMO acusa a FRELIMO de estar a protagonizar irregularidades no processo de recenseamento para as eleições de 11 de outubro. O partido no poder desvaloriza as acusações e diz que já se habituou aos boatos da oposição.

O mandatário da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em Nampula, Ossufo Ulane, faz duras acusações contra a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO): diz que o partido no poder está a instruir os seus comités a emitir declarações de residência a cidadãos que são de fora das áreas municipais no âmbito do recenseamento eleitoral.

"As brigadas recebem listas [de eleitores] provenientes dos partidos políticos que são entregues por policiais aos secretários dos bairros, listas estas que são usadas para fazer o recenseamento e que, terminadas as mesmas, com os respetivos documentos, há simulações de avarias de máquinas. O nosso grupo de fiscalização capturou várias declarações dos bairros", disse.

Recenseamento começou no dia 20 de abril

Os postos de recenseamento eleitoral abrem diariamente às 08h00 e encerram às 16h00, desde o arranque do processo, a 20 de abril, em todo o país. Ossufo Ulane diz que estranhamente os brigadistas ao serviço da FRELIMO excedem esses horários.

"Os brigadistas trabalham no horário normal estabelecidos, depois simulam a saída para casa, mas voltam às 18 ou 19 horas aos postos de recenseamento para fazerem outros trabalhos e queremos perceber do que se trata", explicou.

O mandatário da RENAMO denuncia igualmente tentativas de obstrução ao processo de recenseamento, bem como o espancamento de fiscais do seu partido por parte dos agentes da polícia em plena fiscalização.

Esta segunda-feira (24.04), um fiscal eleitoral da RENAMO disse ter sido "brutalmente espancado" por agentes da polícia ao tentar impedir a inscrição irregular de pessoas de fora do raio autárquico num posto de recenseamento em Chimoio, Manica, no centro de Moçambique.

Ossufo Ulane diz que a FRELIMO está desesperada e que quer usar tudo o que está ao seu alcance para resgatar os municípios da RENAMO.

"Isto é um boato que visa denegrir as instituições do Estado que estão a gerir o processo eleitoral. É preciso dizer que a posição da FRELIMO é de que precisamos de todos os moçambicanos para apoiar as instituições do Estado que estão a liderar este processo", apelou.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, através do seu porta-voz Zacarias Nacute, diz que a sua corporação está a trabalhar no sentido de um processo de recenseamento livre e transparente, e distancia-se de quaisquer acusações.

Sem entrar em detalhes, Nacute referiu que a polícia já abriu dois processos relacionados a ilícitos eleitorais contra membros da RENAMO.

As autoridades eleitorais não quiseram pronunciar-se sobre o caso, mas prometem convocar a imprensa para esclarecimentos em breve.

Nampula conta com oito municípios e espera, neste processo, recensear mais de um milhão de eleitores para as eleições autárquicas de 11 de outubro.


⛲ Dw

sábado, 22 de abril de 2023

Polícia angolana detém 5 pessoas e trava marcha estudantil


O dirigente do Movimento dos Estudantes Angolanos Francisco Teixeira disse este sábado (22.04) que a polícia voltou a impedir uma marcha em protesto contra a greve no Ensino Superior. Cinco manifestantes foram detidos.

Em declarações à Lusa, Francisco Teixeira disse que os primeiros estudantes começaram a chegar ao local onde se iriam concentrar, Largo das Heroínas em Luanda, pelas 9 horas e encontraram "um grande aparato policial".

Segundo o presidente do MEA, a polícia ordenou aos manifestantes que se retirassem do local e perante a insistência de alguns que pretendiam permanecer acabou por prender cinco jovens, incluindo o secretário provincial da organização, Jonas Damião.

"A marcha ia acontecer às 13h00 e já tínhamos cerca de 40 estudantes que dispersaram depois da polícia dizer que não podiam concretizar a manifestação", adiantou.

O MEA tinha convocado para este este sábado (22.04) uma marcha, a segunda de um calendário de cinco manifestações em favor do regresso às aulas nas universidades públicas, onde os professores cumprem uma greve por tempo indeterminado desde 27 de fevereiro passado.

Francisco Teixeira alegou que o MEA cumpriu todos os procedimentos legais, informando antecipadamente o Governo Provincial de Luanda (GPL) da intenção e contesta o impedimento, afirmando que vai levar o assunto às instancias governamentais, queixando-se de ameaças e restrições à liberdade.

"É a segunda tentativa de marcha boicotada pelo GPL em conivência com a polícia, sabemos que é o governador (Manuel Homem) que é também o primeiro secretário do MPLA que que tem dado orientação para que as marchas não saiam", criticou.

"O MPLA impede sempre as nossas manifestações não podemos sequer reclamar, não querem que nós reivindiquemos que queremos condições para regressar as aulas. As nossas liberdades estão a ser totalmente violadas", prosseguiu.

Francisco Teixeira salientou que o MEA vai continuar com o plano dos protestos.

"Alem da arrogância e da força não há razão para que nos impeçam de sair. Vamos tentar de novo, vamos tentar encontros com instituições internacionais e com a Direção Nacional dos Direitos Humanos para apresentar as nossas inquietações", sublinhou.

O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) angolano retomou em 27 de fevereiro passado a greve, por tempo indeterminado, em protesto contra os "salários miseráveis" e a inversão de prioridades do executivo.

"Quando se pode comprar 45 viaturas num valor total de 9 milhões de euros, isto é um paradoxo. Num país que pretende ser competitivo e sabendo que o conhecimento é uma alavanca para o crescimento, não há vontade política para aumentar salários", afirmou à Lusa o secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, na ocasião.

O sindicalista queixou-se, na última semana, de a sua residência ter sido vandalizada por estranhos, após este e a sua filha terem recebido ameaças anónimas, por telefone, para que "terminasse já com a greve", que dura há qase dois meses.

Também Francisco Teixeira disse à Lusa estar a receber ameaças anónimas: "há mensagens que dizem que estamos a ser financiados para realizar confusões".

De acordo com um ofício do MEA, remetido ao GPL em 17 de abril de 2023 e a que a Lusa teve hoje acesso, a marcha de sábado teria início no Largo das Heroínas até terminar no Largo 1.º de Maio.


⛲ Dw

sexta-feira, 21 de abril de 2023

ONG alerta para problemas no recenseamento

  


A ONG moçambicana Centro de Integridade Pública (CIP) alerta para atrasos e problemas com máquinas no arranque do recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro em Moçambique.

"O primeiro dia do recenseamento ficou marcado pelas avarias de máquinas em muitos postos de recenseamento. Em alguns distritos, alguns postos de recenseamento não abriram devido ao atraso da chegada dos equipamentos ou de avarias", refere o Centro de Integridade Pública (CIP) no seu boletim sobre o processo eleitoral em Moçambique.

O recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro começou na quinta-feira em todo país, com a meta de registar quase 10 milhões de eleitores em 65 distritos com autarquias, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Segundo a ONG, na província de Niassa, no distrito de Lago, até ao meio-dia da quinta-feira apenas cinco dos 34 postos de recenseamento estavam em funcionamento, enquanto na cidade de Nampula, província com mesmo nome, foram registadas avarias das máquinas em alguns pontos.

"Na cidade da Beira, província de Sofala, as brigadas da EPC [Escola Primária Completa] de Matacune e da Escola Secundária Samora Machel registaram problemas”, referiu o CIP.

"Inicialmente apresentaram-se dificuldades no arranque das máquinas, mas passado algum tempo funcionaram só que a impressora não imprimia os cartões de eleitores. Até às 13:00, a população recebeu orientações para regressar para casa porque não havia técnico para repará-la”, acrescentou.

De acordo com a ONG, os problemas com as máquinas e atrasos também foram registados em alguns postos de recenseamento em Maputo e Gaza.

A Lusa tentou, sem sucessos, contactar a Comissão Nacional de Eleições (CNE).


⛲ Dw