Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Clubes do Moçambola contestam a decisão da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) limitar para três o número de jogadores estrangeiros que podem ser utilizados em simultâneo durante os jogos do Campeonato Nacional a iniciar a 16 de Janeiro, contra quatro da época de 2019, bem como a inscrição de apenas cinco jogadores que não sejam moçambicanos.
Por Alfredo Júnior
Esta limitação foi apresentada em Comunicado Oficial da FMF e foi reiterada esta segunda-feira pelo Secretário Geral do organismo máximo do futebol moçambicano, Hilário Madeira, num encontro com os 14 clubes que vão tomar parte na prova.
Outra nova imposição apresentada pela FMF está relacionada com a exigência do nível UEFA Pro para os treinadores, segundo posição apresentada esta segunda-feira pela FMF no encontro com os clubes, contrariando a indicação patente não Comunicado Oficial Número 1 que indicava o nível CAF B para treinadores-adjuntos.
“Quanto ao nível dos treinadores o Departamento Técnico está a fazer um estudo junto da FIFA e da CAF de a decisão é tratar todos treinadores estrangeiros de igual modo, todos estão a trabalhar fora da sua origem e devem reunir todos requisitos, não vamos separar todos são treinadores estrangeiros e devem reunir os mesmos requisitos”, vincou Hilário Madeira – Secretário Geral FMF
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Para os clubes estas exigências são descabidas, pois não reflectem a realidade do futebol moçambicano, sendo que Junaid Lalgy, Presidente da Associação Black Bulls, em nome das colectividades que participam no Moçambola recordou que a FMF havia se comprometido a harmonizar estas limitações em reunião com clubes após a Assembleia da Liga Moçambicana de Futebol.
“É com muita frustração e surpresa que mais uma vez recebemos esta informação que a FMF apresentou, infelizmente não sabemos para que lada cada um está a remar, mas temos certeza de que para o bem do futebol é que não”, começou por dizer Junaid Lalgy, Presidente da ABB que falava em nome dos 14 clubes para depois recordar que na Assembleia da Geral da LMF “o Presidente da FMF disse de viva voz que tinha sido um engano o que estava no comunicado e que indicava que só podiam jogar três jogadores em simultâneo e que era um erro a ser rectificado, surpreendentemente o Secretario Geral veio reiterar essa posição da limitação da utilização dos jogadores estrangeiros, para além da FMF não ter cumprido com o prometido de realizar uma reunião com os clubes para harmonizar estas posições esse encontro não aconteceu e hoje (segunda-feira) apresentou de rajada estas posições que ferem o interesse do futebol nacional”.
Treinadores e jogadores estrangeiros acrescentariam valor do Moçambola
Para Lalgy as limitações impostas pela FMF não contribuem para a proteção dos futebolistas e treinadores nacionais. “É o velho problema de que se adoptam estas limitações para a proteção do jogador nacional, o que está errado, não se protege dessa formas o que nós temos que fazer é investir mais, o jogador moçambicano tem qualidade e tem que conquistar por mérito o seu espaço, ninguém tem que o prazer de ir buscar um jogador estrangeiro que custa mais em termos de legalização, se o vamos fazer é para acrescentar valor nas equipas. O regulamento permitia a inscrição de cinco jogadores e a utilização de quatro, o quê mudou de repente sem a consulta de clubes?”, questionou o representante dos clubes para depois falar da exigência do nível UEFA PRO para os treinadores afirmando que “essa é uma exigência excessiva para o nosso campeonato e ir buscar um treinador com esse nível exigido só poderemos contratar um reformado ou um que já deu o que tinha a dar no futebol, não sei para onde vamos com isto, certo que temos treinadores com qualidade em Moçambique, mas se vamos buscar no estrangeiro é para acrescentar valor e não pode ser eliminado criando barreiras administractivas”.
Outra preocupação dos clubes está relacionada com a definição clara do período da época desportiva, sobretudo para os clubes do Moçambola que correm o risco de ficar largos meses a pagar salários a jogadores sem estarem a competir.
Os clubes reiteraram a posição de que o Moçambola deve contar com 14 clubes, sugerindo que as entidades que gerem o futebol devem traçar planos concretos para a viabilização financeira da prova, ao invés de se apostar na redução do número de participantes no principal campeonato nacional de futebol.
“Deve estar regulamentado que teremos a descida de três clubes e não cinco, apesar de o Moçambola ser inviável deixo um recado que é preciso que se vá buscar mais dinheiro, temos muitas multinacionais que operam neste país e que devem contribuir para o desporto por isso tem que se ir à procura de mais financiamento e não apostarmos em cortarmos o número de equipas, pois diante do orçamento actual da LMF a prova nem com oito participantes é viável”, disse Juneid Lalgy.
FMF aguarda contestação formal dos clubes
Entretanto, face a esta contestação, a Federação Moçambicana de Futebol sugeriu aos clubes para apresenta-la formalmente.
“Informamos aos clubes que podem comunicar formalmente a sua posição junta a Liga e nós vamos analisar em reunião de Direcção para ver os prós e contras, por agora é prematuro dizer que há espaço para a alteração de acordo com a posição dos clubes, temos que sentar com a LMF ver os argumentos que serão apresentados e depois anunciaremos a nossa decisão”, vincou Hilário Madeira.
Referir que estas discussões acontecem a menos de uma semana do arranque do Moçambola, facto que pode implicar na organização dos clubes sobretudo os que contrataram jogadores estrangeiros tendo em conta o previsto no anterior regulamento que admitia a utilização em simultâneo de quatro atletas não moçambicanos.
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