Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Nas últimas semanas, o Presidente brasileiro foi aos microfones ameaçar que “não haverá” eleições em 2022 e convocou apoantes para irem às ruas neste dia 7 de Setembro
SÃO PAULO
Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil nesta terça-feira, 7 de Setembro, dia em que o país comemora 199 anos da Independência de Portugal.
Quase dois séculos depois, sob o Governo do Presidente Jair Bolsonaro, o país, agora, convive com ameaças de um golpe e intervenção militar.
Nas últimas semanas, Bolsonaro distribuiu um arsenal de declarações golpistas em eventos políticos.
A crise começou com ameaças contra a realização das eleições de 2022, caso o voto impresso não fosse implementado para o pleito.
O Congresso acabou rejeitando a proposta, o que fez o Presidente ameaçar que não haverá eleições no ano que vem e aventou a possibilidade de não deixar o cargo.
Para convocar os seus apoiantes ao acto de hoje, Bolsonaro também ameaçou “emparedar” os ministros do Supremo Tribunal Federal e jogar “fora das quatro linhas da Constituição” para uma eventual ruptura dos poderes.
Nas ruas, há incertezas sobre a capacidade de Bolsonaro ter apoio suficiente para anunciar um golpe, mas o Brasil vive um clima de tensão para desordens e invasões, como aconteceram nos Estados Unidos, no episódio do Capitólio.
Comandantes do Exército, a quem sempre Bolsonaro invoca, foram aos microfones dizer que não há espaço para uma intervenção militar no Brasil, mas o país ainda não passou por um teste tão real quanto hoje.
A expectativa mora em que mensagem Bolsonaro vai entregar a seus apoiantes.
“Essa vai ser a última bala de Bolsonaro na disputa. Como o Presidente vem perdendo apoio nos últimos meses, num cenário de alta da inflação, desemprego e escândalos de corrupção,ele quer se posicionar fortemente para a ala mais radical dos seus seguidores”, explica Deisy Cioccari, cientista política.
Contra Bolsonaro
Também estão previstas manifestações contra o Presidente que, segundo estimativas, também podem contribuir para o aumento da tensão.
A Polícia Militar em Brasilia decidiu convocar "todo o efectivo disponível" para fazer a segurança nas ruas da capital.
"Todo o efectivo disponível estará empenhado na Esplanada. Férias são afastamento legal e não serão interrompidas", diz a PM.
As principais manifestações devem ocorrer em São Paulo e em Brasília.
Em ambas as cidades haverá um esquema de revista policial para evitar que os manifestantes carreguem armas.
A comunidade internacional está atenta.
A VOA conversou com organizações não governamentais internacionais e diplomatas que expressaram preocupação com o cenário brasileiro, prevendo “quebra-quebra" e dificuldades para as autoridades de segurança arrefecerem os ânimos.
A Embaixada dos Estados Unidos emitiu um alerta aos cidadãos americanos que moram no país.
O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos também emitiu um comunicado nesta semana no qual destaca preocupação com as ameaças dirigidas ao Supremo Tribunal Federal e disse estar“acompanhando de perto” a situação do país.
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