Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Os cerca de mil combatentes da Renamo, que passaram à vida civil no ano passado, no âmbito do processo de DDR, todos da província de Sofala, continuam sem subsídio há mais de seis meses e ainda não há datas para o problema ser resolvido, mesmo depois do encontro que Ossufo Momade, presidente do partido, manteve com o corpo diplomático.
O problema foi levantado por antigos combatentes em princípio do mês passado, numa reunião com o secretário-geral do partido, no distrito de Dondo. Um mês depois, a situação prevalece e é mais preocupante, pois, apesar de todos os contactos efectuados até agora pela liderança deste partido, não encontraram solução, segundo disse o próprio presidente da “perdiz”.
“Há sensivelmente duas semanas, reuni-me com o representante das Nações Unidas e seus adjuntos para discutirmos este assunto muito preocupante. Deles soube apenas que a falta de pagamento dos subsídios se deve à dificuldade financeira. Eles garantiram-me que têm contactado o Banco Mundial e outras instituições financeiras para mobilizar fundos. Não há ainda nenhuma garantia, pelo que a situação dos desmobilizados é indefinida neste momento em relação ao pagamento das suas pensões. Temos estado em contacto permanente com eles a sensibilizá-los para ficarem calmos. Mas, não vamos negar que a situação é preocupante”, lamentou Ossufo Momade.
Refira-se que, quando os referidos combatentes foram desmobilizados, foi fixado um subsídio mensal de acordo com o nível militar de cada um, que duraria um ano, pago pelas Nações Unidas, período durante o qual o Governo deveria tratar o processo de pensões, de modo a que, findo os subsídios de um ano, passariam a receber automaticamente as pensões vitalícias do Estado, o que, entretanto, não está a acontecer até hoje.
Ossufo Momade, que falava no distrito de Machanga, província de Sofala, no final de uma visita de trabalho de 10 dias a vários pontos daquela região do país, voltou a falar da exclusão dos membros e simpatizantes da Renamo na vida social.
“Infelizmente, tal como nos distritos da zona norte de Sofala, os nossos membros estão a ser excluídos em projectos sociais e outros a serem perseguidos, detidos e maltratados por elementos das FDS, porque alegadamente são apoiantes da Junta Militar da Renamo, o que não é verdade. Este país é de todos e, se alguém cometeu erros, que seja punido de forma justa, passando por uma investigação genuína, e não deter as pessoas na base da desconfiança e excluí-las das actividades de rendimento económico só porque pensam de forma diferente”.
Na mesma ocasião, o presidente da Renamo exortou o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que está a julgar os envolvidos no caso das dívidas ocultas, a encontrar os verdadeiros culpados neste processo e responsabilizá-los exemplar e criminalmente.
“A responsabilidade é condená-los e obrigar os culpados a devolverem o dinheiro que roubaram ao povo moçambicano. Esta é a grande mensagem da Renano em torno das dívidas ocultas. Estamos a sofrer hoje por culpa deste grupo de indivíduos. Não podemos perdoar o ladrão, seja ele quem for”, defende Ossufo Momade.
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