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Juiz retira-se do julgamento do caso de corrupção de Jacob Zuma



O juiz Piet Koen, que presidia ao caso de corrupção pública no negócio de armamento contra o ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, decidiu, nesta segunda-feira, retirar-se do julgamento do caso com cerca de vinte anos.

De acordo com o Notícias ao Minuto, o juiz sul-africano indicou que pode haver "parcialidade" na forma como o caso foi tratado, acrescentando ser do "interesse da justiça" que se retire do julgamento do caso de corrupção pública contra o antigo chefe de Estado sul-africano.

"Cheguei à conclusão, não foi uma decisão fácil, que devo retirar-me do julgamento", declarou o juiz Piet Koen.

"É o que dita a boa administração da justiça, os requisitos da Constituição e a minha consciência", adiantou.

Segundo o juiz, "a integridade do processo judicial deve ser salvaguardada contra qualquer tentativa de suspeição, por forma a que o público e os litigantes possam ter a maior confiança na integridade e na justiça" dos tribunais, pelo que "o julgamento deve, por isso, ser conduzido por outro juiz".

A decisão do juiz sul-africano foi anunciada esta manhã no Tribunal Superior de KwaZulu-Natal, em Pietermaritzburg, sudeste do país.

Em outubro de 2021, Koen rejeitou o pedido especial de Zuma para remover o procurador Billy Downer do julgamento do caso.

O antigo chefe de Estado sul-africano Jacob Zuma tem adiado sucessivamente o caso que envolve também o fabricante de armamento francês Thales, relativo à aquisição pública multimilionária de armamento pela África do Sul democrática no final dos anos 1990.

Jacob Zuma, de 80 aos, e o fabricante de armamento francês enfrentam várias acusações, incluindo fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão.

Após o anúncio, seguiu-se uma breve comparência perante o novo juiz Nkosinathi Chili.

O tribunal agendou nova data para o julgamento para o próximo dia 17 de abril.

Todavia, a defesa do ex-presidente sul-africano indicou que pretende contestar novamente a participação do procurador Billy Downer no julgamento do caso de corrupção pública contra o antigo chefe de Estado.  


Fonte: Folha de Maputo 

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