Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Moçambique tornou-se um importante centro de trânsito de cocaína, seguindo o mesmo padrão da heroína e metanfetamina. A droga chega por via marítima directamente do Brasil, sobretudo "embarques de várias toneladas que chegam em contentores descarregados nos portos de Pemba e Nacala", segundo um estudo publicado a 15 de Dezembro pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC).
“Os portos da Beira e Maputo também registam chegadas de carga de cocaína. Os carregamentos chegam também através de trocas offshore de um 'navio-mãe' para embarcações de pesca mais pequenas, que depois transportam as cargas de cocaína para as praias” nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, nota GI- TOC.
A cocaína é transportada para armazéns para armazenamento, onde é muitas vezes reembalada em carregamentos mais pequenos para distribuição por camiões que circulam por Nampula. "Joanesburgo é um destino regional primário, pois abriga o City Deep Container Depot e o Aeroporto Internacional OR Tambo. Ambas as instalações são notórias por altos níveis de corrupção e como locais de onde cargas regulares de cocaína moçambicana são transportadas para mercados no exterior", relata GI -TOC. Outras remessas seguem para o oeste, para Malawi e seus aeroportos internacionais – Kamuzu em Lilongwe e Chileka em Blantyre.
"Uma tempestade de pólvora: os mercados de cocaína da África Oriental e Austral" por Jason Eligh, GI-TOC.
A maior carga apreendida até agora foi de cinco toneladas de cocaína para Moçambique em dois contêineres de caixas de sabão em pó no porto do Rio de Janeiro em 6 de outubro de 2021. “Os responsáveis pela carga fizeram um trabalho muito sofisticado. Eles colocaram a cocaína dentro das saboneteiras com peso idêntico ao declarado nos documentos de embarque pelo exportador”, disse o chefe da Divisão Aduaneira de Repressão ao Contrabando Brasileiro, Augusto da Rocha.
Gilberto Aparecido dos Santos, (conhecido como Fuminho) foi preso no luxuoso hotel Montebello Indy Village em Maputo em 13 de abril de 2020. Ele é um suposto líder da quadrilha de traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com sede em São Paulo e controlava tanto o comércio local de cocaína e grande parte da exportação para a África do Sul. Ele vivia em Maputo e na Cidade do Cabo há alguns anos, noticiou a Carta de Moçambique (14 de abril de 2020). Os meios para a sua operação tiveram apoio de alto nível em Moçambique, assim como o comércio de heroína e metanfetamina. Foi expulso para o Brasil sem indícios de interrogatório local para descobrir quem o protegia em Moçambique.
A cocaína está a crescer, mas a heroína e as metanfetaminas (como a metanfetamina) e continuam a ser as principais drogas que transitam por Moçambique e são a segunda maior exportação (depois do carvão). A cocaína está seguindo as mesmas rotas. Alguma heroína chega em contêineres para Pemba, Nacala e Beira, mas a maioria vem de Dhow em lotes de uma tonelada que são separados em pedaços e levados para terra pelos pescadores. Em seguida, segue por estrada para Joanesburgo.
E alguma heroína, metanfetamina e cocaína são consumidas localmente.
As denúncias de que um membro da Presidência da Assembleia da República da Frelimo é um barão da droga envolvido no tráfico de droga através do porto de Macuse, na Zambézia, vão ser investigadas por uma comissão parlamentar especial. O anúncio foi feito a 28 de dezembro pelo presidente da comissão de inquérito, António Niquice, que disse que iria apresentar relatório até 2 de fevereiro
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