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Kiev acusa a Rússia de lançar 36 mísseis. 16 foram destruídos pela defesa antiaérea



ARússia voltou esta quinta-feira a bombardear a Ucrânia, com o lançamento de 36 mísseis, dos quais 16 foram destruídos pela defesa antiaérea, disseram as autoridades ucranianas.

Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial da Ucrânia disse que os alvos tinham sido atingidos no norte, oeste e sul do país.

O responsável referiu-se a um "ataque massivo" contra "infraestruturas críticas" na Ucrânia levado a cabo pelas forças russas. "Infelizmente, há ataques no norte e no oeste, bem como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovohrad", indicou Yermak, citado pela CNN International.

Uma mulher de 79 anos morreu e pelo menos sete outras pessoas ficaram feridas quando os mísseis atingiram a cidade de Pavlohrad, informou o governador local, Serhiy Lysak.

Grupo Wagner culpa burocracia pela lentidão da campanha em Bakhmut

O empresário russo Evgeni Prigojine, dono da companhia de mercenários Wagner, disse hoje que a "monstruosa burocracia" de Moscovo está a impedir a conquista rápida da região de Bakhmut, no leste da Ucrânia.

Na opinião de Prigojine, esta região só vai ser conquistada "em março ou abril", porque as redes de abastecimento não estão capacitadas para o avanço da campanha.

O dono da empresa de mercenários Wagner, a soldo de Moscovo, referiu-se diretamente à situação no terreno, em textos e vídeos publicados na rede de mensagens digital Telegram.

Primeira visita de um ministro israelita desde a invasão russa

Esta quinta-feira está também a ser marcada pela visita do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, que chegou esta manhã a Kiev. Trata-se da primeira visita de um ministro de Estado judeu à Ucrânia desde a invasão russa há quase um ano, informou o Ministério israelita.

"Estivemos com o povo ucraniano e a Ucrânia no ano passado", disse Cohen à chegada, estando previsto um encontro com o seu homólogo, Dmytro Kouleba, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.


"Hoje vamos hastear a bandeira de Israel na Embaixada de Israel em Kiev, que retomará suas atividades de forma contínua com o objetivo de estreitar as relações entre os países", é referido no comunicado do Ministério israelita.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, Israel tem procurado manter-se neutro neste conflito.

Israel, que afirmou laços privilegiados com Moscovo, não forneceu armas a Kiev, apesar dos repetidos pedidos do presidente Zelensky.

No início de fevereiro, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país estava a considerar ajuda militar para a Ucrânia, ao mesmo tempo em que se oferecia para mediar o conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Fonte:DN

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