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NATO reconhece urgência no apoio militar a Kyiv

 


O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou, hoje, que a Aliança enfrenta uma "corrida contra o tempo" do envio de apoio militar suplementar à Ucrânia, para permitir que às forças ucranianas façam face às novas ofensivas da Rússia.

Em conferência de imprensa para projectar a reunião de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a decorrer entre terça e quarta-feira em Bruxelas, Stoltenberg avisou - "quase um ano após a invasão, o Presidente [Vladimir] Putin não está a preparar-se para a paz, mas para lançar novas ofensivas", razão pela qual os Aliados devem "continuar a fornecer à Ucrânia o que precisa para vencer e alcançar uma paz justa e sustentável".

Apontando que o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, participará na reunião do grupo de contacto para a Ucrânia, organizada pelos Estados Unidos e antecede o encontro dos ministros da Defesa, o secretário-geral da NATO disse que, em conjunto, irão ser abordadas "as necessidades urgentes da Ucrânia", antecipando desde já algumas delas.

"É evidente que estamos numa corrida contra o tempo em termos de capacidades logísticas essenciais, como munições, combustível e peças sobressalentes, que têm de chegar à Ucrânia antes que a Rússia possa tomar a iniciativa no campo de batalha. A velocidade salvará vidas. Cada dia conta", assumiu.

Relativamente às munições, anotou que "a guerra na Ucrânia está a consumir uma enorme quantidade de munições e a esgotar os "stocks" dos Aliados", sendo que "a taxa actual das despesas com munições na Ucrânia é muitas vezes superior à taxa de produção actual" da NATO, o que coloca as indústrias de defesa dos Aliados "sob pressão", pelo que há que aumentar a produção, outra matéria que será discutida pelos ministros da Defesa.

Questionado sobre quando Kremlin poderá ordenar uma nova grande ofensiva, Stoltenberg afirmou-se convicto de que os preparativos estão em curso, pois continuam a ser mobilizadas "milhares e milhares de tropas adicionais", com a Rússia a "aceitar muitas baixas, mas pondo pressão sobre os ucranianos".

"O que lhes falta em qualidade tentam compensar em quantidade", opinou.

Reiterando que é necessário evitar uma vitória da Rússia, "pois a mensagem que tal transmitiria para Putin e para outros regimes autoritários é que o uso da força é recompensado, tornando o mundo mais perigoso". O secretário-geral da Aliança Atlântica congratulou-se, por isso, "com os recentes anúncios dos Aliados sobre o fornecimento de novos tanques, armamento pesado e treino para a Ucrânia".

Questionado sobre o eventual envio de caças, há muito reclamado por Kyiv, mas excluído liminarmente pela NATO, quando o conflito teve início, para evitar uma confrontação directa com a Rússia, Jens Stoltenberg limitou-se a recordar que o apoio tem evoluído em função dos desenvolvimentos no terreno, mas que a hipotética disponibilização de meios aéreos é um processo que leva tempo e agora a prioridade passa pelo "apoio urgente".

"A nossa mensagem é clara: a NATO continua ao lado da Ucrânia o tempo que for preciso", garantiu.


Fonte:Folha de Maputo 

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