Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Forças da missão da SADC preparam-se para abandonar o terreno.
O Governo ruandês está aberto para expandir as suas operações de combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado, num momento em que as forças da missão da SADC se preparam para abandonar o terreno, anunciou o Ministério da Defesa.
"Da mesma forma que aceitámos ir a Ancuabe, que é um outro distrito, quando nos foi feita a solicitação, acredito que se este pedido [de expandir as operações] for feito à nossa administração, podemos considerar", declarou Ronald Riwanga, porta-voz do Ministério da Defesa do Ruanda, citado esta sexta-feira pela Televisão de Moçambique.
Em causa está a saída, a partir deste mês, da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) em Moçambique, uma força que, como o Ruanda, tem apoiado as operações e combate contra os grupos rebeldes em Cabo Delgado.
Além do Ancuabe agora, as forças ruandesas operam sobretudo em Mocímboa da Praia e Palma, mas a atenção das forças moçambicanas agora está nas margens do rio Messalo, entre Muidumbe e Macomia, mais a norte da província.
"O mais importante é trabalharmos em conjunto com as forças moçambicanas para a pacificação da província de Cabo Delgado", frisou Ronald Riwanga.
Com o Ruanda, que chegou em julho de 2021, e a SADC, que chegou à província em agosto do mesmo ano, a ofensiva militar de Maputo possibilitou um clima de maior segurança na região que não era sentido há anos, recuperando localidades que estavam controladas pelos rebeldes, como a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde 2020.
O exército moçambicano considera que a segurança foi restabelecida em cerca de 90% da província de Cabo Delgado, defendendo haver condições para o regresso das empresas privadas, incluindo a petrolífera francesa Total, que lidera o consórcio da Área 1, um investimento na ordem dos 20 mil milhões de euros para exploração de gás em Afungi.
As obras foram suspensas por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com ataques reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico e seus afiliados.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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