Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou hoje a oposição de "romper" os acordos sobre a realização de eleições, enquanto prosseguem detenções de políticos da oposição e ativistas da sociedade civil.
Presidente venezuelano acusa oposição de "romper" acordos sobre eleições
Na rede social X, Maduro disse hoje que o partido da oposição Plataforma Democrática Unida (PUD) foi "rompeu os acordos de Barbados" sobre a realização de eleições: "Eles não se atreveram a apoiar as investigações sobre as cinco conspirações, nem condenaram as tentativas de assassinato", escreveu o Presidente, numa referência a alegados planos contra o regime, que têm levado a dezenas de detenções.
Num vídeo, Maduro acusa a PUD de não cumprir os acordos negociados entre governo e oposição para garantir os direitos políticos e a realização das eleições presidenciais previstas para este ano.
Nas últimas semanas, as duas partes têm-se acusado mutuamente de violar os acordos, que estipulam que os candidatos serão livremente eleitos de acordo com a constituição do país.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a desqualificação política da líder da oposição María Corina Machado.
Desta forma, Machado ficou impedida de concorrer às eleições presidenciais, apesar de ter sido eleita como candidata da maioria anti regime numa primária em que obteve 92,35% dos votos.
O partido de Machado acusou hoje a Justiça venezuelana de incumprimento processual ao impedir que os advogados de três chefes de campanha, detidos recentemente, os acompanhassem quando presentes ao juiz.
"Não temos a certeza do destino dos nossos colaboradores Juan José Freites, Luís Enrique Camacaro e Guillermo de Jesús López, chefes de campanha de Maria Corina Machado nos estados de Vargas, Yaracuy e Trujillo, respetivamente. Apenas sabemos que foram detidos arbitrariamente e, posteriormente, desapareceram", disse o partido Vente Venezuela, num comunicado divulgado em Caracas.
Na nota, o VV sublinhou que "em nenhum momento foi respeitado o devido processo legal, nem foi permitido comunicar com as famílias ou os advogados de confiança".
"Pelo contrário, um contingente de pelo menos 30 membros do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional [Sebin, serviços de informações], fortemente armados, expulsou à força advogados e familiares que se encontravam nos tribunais penais de Caracas (...) à espera para constituir uma defesa privada", adiantou.
O VV repudiou "esta nova investida" para "intimidar e minar as forças democráticas do país" e quem "têm trabalhado para apresentar uma alternativa democrática, como solução eleitoral para a grave crise política, social, económica e moral".
"Recorrendo ao famigerado e lamentável terrorismo judicial, o procurador [Tarek William Saab], em conluio com os Tribunais da República e os órgãos repressivos do Estado, persegue e prende os nossos colaboradores e fabrica falsos elementos (...), que não têm qualquer credibilidade (...) A intimidação e a tortura são métodos utilizados pelo regime para justificar as suas ações", de acordo com a mesma nota.
O procurador acrescentou que 36 pessoas foram detidas nos últimos dias, por alegada conspiração, tendo ainda sido emitidos outros 22 mandados de detenção.
Na quarta-feira, 33 militares foram despromovidos e expulsos por alegada conspiração contra o Governo e contra a vida do Presidente venezuelano.
Face à decisão do Supremo, os Estados Unidos estão a ponderar restabelecer sanções contra a Venezuela, disse um hoje um porta-voz do Departamento de Estado.
Os Estados Unidos, que anunciaram em meados de outubro uma redução das sanções impostas contra Caracas nos setores do gás e do petróleo, "estão em processo de revisão da sua política de sanções (...) com base neste desenvolvimento e nos recentes ataques políticos a candidatos da oposição democrática e da sociedade civil", disse o porta-voz Matthew Miller.
Segundo Washington, a decisão do Supremo Tribunal de desqualificar a candidata "vitoriosa nas primárias democráticas da oposição não é consistente com o compromisso assumido pelos representantes do Presidente Nicolás Maduro de organizar uma eleição presidencial justa em 2024".
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