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Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos

Analistas exigem responsabilização de autores de irregularidades eleitorais reconhecidas por Nyusi

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admitiu, num encontro com o corpo diplomático acreditado em Moçambique, ter havido algumas falhas nas recentes eleições municipais, justificando-as com o facto de se tratar de um país em construção, com uma democracia ainda jovem.

Para alguns analistas políticos é um discurso infeliz, sobretudo porque não fala de qualquer responsabilização.

Um deles, Ivan Mausse, estranha que o reconhecimento das falhas tenha sido num encontro com diplomatas estrangeiros e não ao eleitorado, sublinhando também que a democracia moçambicana não é assim tão jovem, uma vez que ‘’já caminhamos para os 30 anos de democracia’’.

Por seu turno, Dércio Alfazema, especialista em processos eleitorais, diz que não basta afirmar que houve falhas, “é preciso que as pessoas envolvidas nessas irregularidades sejam devidamente responsabilizadas; as eleições são muito caras, o país tem muitas necessidades e não faz sentido que atitudes irresponsáveis venham a custar assim tão caro para o país’’.

Noutra leitura, o investigador João Feijó diz ser curioso que o estadista moçambicano tenha feito esse discurso perante representantes da comunidade internacional que, no seu entender, parece estar interessada na continuidade da Frelimo no poder.

Para o porta-voz da Renamo, líder da oposição, José Manteigas, o presidente da República, não é honesto, porque o seu partido e organizações da sociedade civil denunciaram as irregularidades e ele nada fez para repor a verdade eleitoral.

A Frelimo nega que tenha feito qualquer fraude nestas eleições e que a sua vitória resulta do trabalho feito junto das bases e do eleitorado.

“A nossa vitoria é resultado do nosso trabalho junto eleitorado”, disse a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni


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