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Vendedores do Mercado do Maquinino agastados com Município da Beira

 


Parte dos vendedores do Mercado do Maquinino, na cidade da Beira, acusa o Município da Beira de estar preocupado apenas com a recolha de receitas e pouco ou nada fazer para melhorar as suas condições de trabalho. A edilidade reconhece a queixa, pede calma aos vendedores e garante que vai, brevemente, assumir na íntegra as suas responsabilidades.

O braço-de-ferro entre os vendedores do Mercado do Maquinino e o Município da Beira remonta a 2019, cinco anos atrás.

Na altura, o ciclone Idai destruiu o alpendre e, de lá a esta parte, a edilidade não fez a reposição.

“O mercado não tem tecto desde que passou o ciclone IDAI. Estamos a sofrer até hoje. Mesmo a estaca está a sair. Não temos como pendurar plásticos”, desabafou Luísa Gabriel, vendedeira.

Os vendedores garantem que as queixas começaram, exactamente, em Março de 2019, após a passagem do ciclone IDAI.

“Reclamámos, mas eles justificaram que estavam a organizar o processo”, queixou-se Luísa Gabriel.

O que deixa os vendedores agastados é o facto de serem, todos os dias, obrigados a pagar senhas.

“Pedimos ao senhor Albano Carige para olhar para os vendedores. Com chuva ou não, pagamos senha. Somos crianças dele. Quando sais e dizes a uma criança que vais trazer bolacha e não trazes, como fica?”, questionou Gabriel, que foi secundada por Marta Alice.

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“Estamos a perder clientes. Nos dias de chuva, ninguém entra aqui. Mas, mesmo com chuva, sol ou vento, eles cobram senhas. Todos os dias, temos de pagar 400 ou 600 Meticais.”

O Município da Beira diz que os vendedores têm razão e aponta dificuldades financeiras como um condicionalismo no processo de reabilitação do alpendre. Contudo, garante que há técnicos que já estão a trabalhar no caso.

“Estamos a fazer a planificação e o levantamento necessário, de modo a que consigamos dar seguimento à construção de alpendre do Mercado do Maquinino. Temos muitos mercados por fazer intevenção”, explicou Pedro Sola, vereador para a área de Mercados e Feiras.

De acordo com o vereador, os alpendres serão repostos ainda neste ano, e o primeiro mercado a beneficiar-se do mesmo será o do Maquinino.

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