Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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A organização humanitária World Vision disponibilizou mais de 300 mil dólares (278 mil euros) para apoiar os deslocados abrigados em Nampula após fugirem aos últimos ataques armados no sul de Cabo Delgado, anunciou hoje a instituição.
Moçambique. World Vision deu 278 mil euros apoiar deslocados em Nampula
"Nós temos tentado apoiar as populações que estão lá (...) [Fizemos] um investimento inicial de mais de 300 mil dólares", disse à comunicação social Maria Carolina, diretora da World Vision em Moçambique, à margem de uma missa pela paz rezada hoje em Maputo.
O montante foi aplicado nos últimos dois meses para na construção e reabilitação de poços e furos de água, proteção a mulher e criança e desenvolvimento de atividades de higiene e prevenção de doenças, entre as quais a cólera, avançou a responsável.
"Cerca de 20 mil crianças estão sem aulas, saíram das suas casas e estão numa situação de vulnerabilidade. A World Vision e outros parceiros tem estado em Eráti [Nampula], mas também buscado soluções mais sustentáveis" para apoiar as vítimas do conflito, disse Maria Carolina, acrescentando que parte da população regressou a Cabo Delgado e também se deslocou para outras regiões da província de Nampula.
A organização humanitária classificou ainda de "preocupante" a situação do norte de Moçambique face aos novos ataques registados desde dezembro, que levaram à deslocação de milhares pessoas dos distritos no sul de Cabo Delgado para a vizinha província de Nampula.
"A situação é preocupante, especialmente de crianças e mulheres em Cabo Delgado que acabam também sendo a população mais atingida", disse a diretora da World Vision em Moçambique.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Depois de uma ligeira acalmia em 2023, estes ataques multiplicaram-se nas últimas semanas, criando cerca de 100 mil deslocados só em fevereiro, além de um rasto de destruição, morte e famílias desencontradas.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região.
Desde 2017, o conflito já fez mais de milhão de deslocados, de acordo com as agências das Nações Unidas, e cerca de quatro mil mortes, indicou o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos.
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