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Terroristas atacam novamente aldeias em Chiúre

 


Um grupo de terroristas atacou na manhã desta terça-feira (23.04) às aldeias de Mecolene e Mugipala, no distrito de Chiúre, na província de Cabo Delgado, depois de terem atacado a aldeia Nantavo e Mazeze, na segunda-feira (22.03). Estes ataques acontecem dias depois do fim do ramadão, período em que os terroristas ficaram sem realizar qualquer incursão violenta

Ainda no sábado (20.04), os terroristas atacaram a aldeia de Nanoa, no distrito de Ancuabe, onde não houve relatos de mortes, mas sim, foram incendiadas uma escola e uma igreja. O ataque obrigou que a população da aldeia acima citada fugisse das suas residências e procura-se refúgio.

Já no final de semana, o grupo terrorista Estado Islâmico (EIPAC) emitiu mais uma nota propagandística atribuindo-se a autoria de um ataque na semana finda na aldeia Nanwa, no distrito de Ancuabe, onde durante o confronto com as Forças Locais, os terroristas acabaram queimando uma igreja e escola.

A situação dos ataques terroristas em Cabo Delgado, concretamente no distrito de Macomia, vem criando sérios problemas para a vida da população e das organizações não-governamentais que prestam serviços humanitários na região, levando algumas delas a estudarem a possibilidade de abandonar os locais por temer danos maiores caso o grupo decida atacar alguma vila ou posto administrativo nos próximos dias.

Entretanto, numa altura em que o grupo vem mudando de suas técnicas e tácticas de ataques, eis que a Procuradoria-Geral da República (PGR) publicou mais um documento onde constam os nomes de mais integrantes do grupo que se encontram detidos como: Ajame Momade Ali (Ustaz ou Ostaz) de 48 anos e natural de Palma; Abdala Muarabo, de 23 anos e natural de Mocímboa da Praia; Sumail Salimo, de 40 anos e natural de Mocímboa da Praia.

Ally Yussuf Liwangwa, de 47 anos, de nacionalidade tanzaniana, tido como curandeiro e comerciante de vestuários e é acusado de ter tentado recrutar 50 jovens, sendo 30 do sexo feminino e 20 do sexo masculino, alegadamente para trabalharem em organismos internacionais, onde teriam uma compensação de um milhão de meticais. Liwangwa é acusado de adesão a organização terrorista, instigação ao terrorismo e associação criminosa.

Fazem parte da lista também: Safina Firbate Maulana, de 36 anos, de nacionalidade tanzaniana; Amir Yassine Chabire, de 77 anos e natural de Palma e Mamudo Ismael Sefo Sante, de 23 anos. A maior parte dos detidos são comerciantes, sendo 14 moçambicanos e dois tanzanianos. 

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