Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Membros de grupos armados que protagonizam ataques em Cabo Delgado terão convocado, no sábado (13.04), no distrito de Quissanga, um encontro com as populações para pedir apoio das comunidades.
"Chegaram aqui e pediram para todos nós não fugirmos da aldeia, porque não fariam mal a ninguém", disse uma pessoa que participou no encontro, que durou cerca de cinco horas na aldeia de Tapara, a cerca de dez quilómetros da sede do distrito de Quissanga.
Os terroristas afirmaram que não têm interesse em matar mais pessoas e que só iriam atacar aqueles que desobedecem às ordens, afirmou a fonte.
"Disseram-nos que não mais querem matar os civis, mas os que desobedecerem, aí sim, poderão ser mortos", disse outro residente local.
Apoio contra o Governo
Os insurgentes pediram à comunidade de Tapara para se aliar aos rebeldes e prestar apoio na luta contra as forças governamentais.
"Disseram que a luta deles é contra os militares e outros membros do Estado e nós devemos aliar-nos a eles para combatê-los", afirmou uma outra fonte daquela aldeia.
Apesar do apelo dos insurgentes para a calma, na aldeia de Tapara, algumas pessoas fugiram e pernoitaram fora das suas casas.
"O meu tio e a sua família dormiram fora, apesar dos apelos (...). Há quem dormiu no mato, o medo é maior, porque já vimos algo assim, onde eles prometem boa convivência e depois fazem outra coisa", relatou uma fonte local.
Frequentemente, têm sido referidos encontros convocados pelos rebeldes com as populações das áreas em que os insurgentes atuam, numa ação descrita como tentativa de conquistar as comunidades.
Insurgência armada
Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos atingidos pela violência armada, a província registou, há alguns meses, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2 mil militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás natural.
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