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África do Sul perdeu 42 mil milhões com seis crises sucessivas desde 2020

 


O ministro do Comércio, Indústria e Concorrência da África do Sul disse hoje que o país perdeu cerca de 46 mil milhões de dólares (cerca de 42 mil milhões de euros) em seis choques sucessivos desde 2020.

“Desde o princípio de 2020 e terceiro trimestre do ano passado, a economia foi perturbada por duas crises globais e quatro crises locais que se manifestaram sucessivamente”, disse o ministro Ebrahim Patel, o governante durante a apresentação de um relatório do departamento de Política Industrial e Estratégia, referindo um valor que pode chegar a 42 mil milhões de euros.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os choques elencados foram a pandemia de covid-19, as manifestações de julho de 2021 – as maiores desde o apartheid -, a guerra na Ucrânia, as fortes inundações em 2022, os sucessivos apagões elétricos e os constrangimentos logísticos.

Os choques, disse o governante, surgiram quando a economia estava ainda a recuperar de uma era de corrupção endémica, conhecida como ‘captura do Estado’, durante o mandato de Jacob Zuma, que implicou grandes empresas públicas como a Eskom Holdings ou a Transnet.

Estas crises atrasaram e depois mudaram o foco da política industrial, de acordo com o relatório, que aponta que sem estas crises e partindo do princípio de que a economia mantinha a média da década anterior à pandemia, o PIB seria 3 a 5% maior do que atualmente.

A economia da África do Sul, a maior da África Austral, região onde estão Angola e Moçambique, regista uma média de crescimento anual de 0,5% desde 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19.

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