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quarta-feira, 21 de abril de 2021

INAM alerta sobre a formação da tempestade “JOBO”


 O Instituto Nacional de Meteorologia informou hoje, que formou-se uma Depressão Tropical a norte de Madagáscar no dia 19 de Abril de 2021 que evoluiu para Tempestade Tropical Moderada denominada “JOBO´´ e as projecções actuais indicam que este sistema meteorológico ainda tem fortes probabilidades para atingir o estágio de Ciclone Tropical no dia 22 de Abril de 2021.


“Adicionalmente, este sistema poderá influênciar o estado de tempo a norte da provincia de Cabo Delgado (distritos de Palma, Nangade e Mocimboa da Praia), com ocorrência de chuvas fortes, acompanhadas de trovoadas severas e ventos com rajadas fortes”.

Ainda de acordo com o INAM, “igualmente prevê-se que o sistema atinja a costa da República da Tanzânia nos dias 24 ou 25 do mês corrente, podendo afectar a navegação marítima, a norte do paralelo 12 graus de Latitude Sul”.

O INAM refere que continua a monitorar esse fenómeno e, mais uma vez, apela a população para que continue a acompanhar a informação meteorológica e os avisos difundidos pelas autoridades nacionais competentes.

PR participa na 7ª Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo, Gás e Energia de Moçambique


 O Presidente da República, Filipe Nyusi, participa, esta quarta-feira, em Maputo, na Sétima Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo, Gás e Energia de Moçambique.


 O evento visa avaliar e explorar os avanços registados nos sectores do Petróleo, Gás, Minas e Energia do país.

A conferência vai igualmente focar a atenção nas potenciais oportunidades e lições aprendidas pelos principais investidores e incentivar a criação de novas parcerias comerciais.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Estudo destapa mais de 2.700 fakenews diárias sobre COVID-19 nas redes sociais


 As constatações constam de um estudo, da autoria de Celestino Joanguete, académico e especialista em Jornalismo e Media, que analisou a quantidade das desinformações que circularam pelo Facebook e WhatsApp, principais redes sociais usadas no país, ao longo do ano passado


 Denominado “Pânico e Medo: Desafios dos Media Moçambicanos na Cobertura da COVID-19”, o estudo faz parte de um conjunto de 18 artigos que compõem a colectânea “Desafios Para Moçambique – 2020”, lançado pelo Centro dos Estudos Económicos e Sociais (IESE).


O estudo refere que, enquanto enfrentavam a batalha para salvar vidas do novo Coronavírus, as organizações de saúde descobriram outro lado sombrio da pandemia, nomeadamente, as organizações e indivíduos que exploram a crise para manipulação política e comercial do sector da saúde.


O sector da saúde é um dos campos mais sensíveis e que mais sofre com a manipulação e falsificação de notícias, as chamadas fake news, refere a pesquisa.


Segundo o estudo, trata-se de notícias que seduzem aqueles que procuram ajuda médica ou que se encontram num estado de saúde desesperante e que procuram propostas de remédios que garantem a cura instantânea.


“Durante todo esse esforço de avaliação da «verdade», o menor esforço e a falta de capacidade crítica, podem facilitar a aceitação da notícia falsa. Infelizmente, a sociedade actual está a enfrentar o problema de excesso de informação que a impossibilita de discernir as informações, o que as torna mais facilmente aceitáveis, por exemplo, por um processo de repetição ou de transformação em anedota”, refere o estudo, apontando os jornais, as televisões, as rádios e as redes sociais da Internet, como palcos do excesso de informação, o que dificulta a separação de factos, ficção e boatos.


A fonte salienta que os meses de Janeiro a Março de 2020 foram caracterizados por “escassez de fontes oficiais de informação”, situação que viria a mudar a partir de 22 de Março em diante, altura em que entrou em cena nstituto Nacional de Saúde (INS), facto que viria a mudar a situação.


FACEBOOK E O WHATSAPP


Nestas redes sociais, o estudo refere que a desinformação sobre o novo Coronavírus contemplou a propagação de esquemas considerados perigosos e de informações enganosas sobre os cuidados de saúde, através de imagens, vídeos e textos, o que contribuiu para uma exposição dos indivíduos, a um “nível elevado de stress”, medo, ansiedade e pânico.


Sugere o estudo, que o pânico e o medo podem ter contribuído para enchentes nos hospitais e clínicas, ocasionando uma maior demora nos atendimentos e, inclusive, impedindo o atendimento àqueles que, realmente, precisavam de tratamento.


Nas notícias postas a circular nas redes sociais, a fonte destaca os ficheiros em formato de áudio e vídeo.


“Um exemplo são as notícias relativas às mortes omitidas pelas autoridades; figuras políticas contaminadas; oportunismo político para solicitar doações internacionais e a politização da COVID-19 para efeitos de campanhas eleitorais, entre outros”, refere o estudo.


EXAGERO NA MEDIA


A pesquisa “constatou” que, inicialmente, antes da informação da fonte oficial de informação do Governo, os jornais reportavam, de forma exagerada, o avanço do novo vírus, publicando, continuamente, a informação num único género jornalístico, a notícia.


Os jornais, de acordo com a pesquisa, adoptaram, desde cedo, “um estilo melodramático e alarmista”, falando da existência de uma preocupação de nível mundial e da hipótese de epidemia iminente.


“As imagens e os títulos, extremamente exagerados, eram o principal apanágio das notícias sobre o avanço do novo vírus. Nisto, o uso das palavras como perigoso, malicioso e mortes era recorrente”, refere.


No sentido oposto estavam as rádios que, segundo o estudo, conseguiam trazer mais equilíbrio. Segundo a pesquisa, nas rádios, os conteúdos informativos encontram-se divididos por vários géneros que possibilitam uma audição rápida e fácil do que mais interessa ao ouvinte.


“As rádios focavam-se no aspecto educativo, como a produção de teatro radiofónico, músicas e publicidade de longa duração sobre o novo Coronavírus” destaca.


IMPACTO NA TELEVISÃO


Segundo o estudo, há uma sensação de aumento da audiência da televisão durante o período da COVID-19.


“A televisão volta a ser vista por muitos moçambicanos das zonas urbanas, inclusive aqueles que tinham pouco contacto com ela. Esta procura acontece, não só pela informação sobre a COVID-19, mas também como forma de entretenimento durante o período de isolamento decretado pelo Presidente da República” conclui.


À semelhança dos jornais, antes das conferências regulares organizadas pelo Instituto Nacional da Saúde (INS), as narrativas das televisões remetiam para as reportagens da imprensa internacional, nas quais se relatavam os casos de mortes e o perigo iminente a que estávamos sujeitos. No período posterior à implementação das conferências do INS, os termos alarmistas mais frequentemente usados pelas televisões na cobertura noticiosa sobre a COVID-19 eram «guerra», «combate», «luta», «perigoso», «malicioso» e «morte».

Filmes de Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane financiados pelo Governo


 Os primeiros autores, que se vão beneficiar do apoio financeiro do Instituto Nacional de Indústrias Culturais e Criativas (INIC), em representação do Governo, são Licínio Azevedo, Gabriel Mondlane, Elísio Bajone e José Augusto Nhantumbo (Zegó). O anúncio foi feito pelo júri, esta terça-feira, na Cidade de Maputo.


 


Em Novembro do ano passado, o Ministério da Cultura e Turismo lançou a primeira edição do concurso para apoio e financiamento à actividade audiovisual e cinematográfica. Cinco meses depois, os membros do júri reuniram-se, no Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas, na Cidade de Maputo, para anunciar os grandes vencedores do concurso, que são Licínio Azevedo, com o projecto Nhinguitimo; e Gabriel Mondlane, com o projecto Palma penosa, ambos na categoria de ficção.


Na categoria documentário, os projectos vencedores são intitulados Marcas do terrorismo, de Elísio Bajone; e Ungulani Ba Ka Khosa, de José Augusto Nhantumbo (Zegó).


Nesta primeira edição do concurso para apoio e financiamento à actividade audiovisual e cinematográfica, os filmes de ficção receberão, cada, 800 mil meticais para a produção. Os documentários, por sua vez, receberão 1.200.000 meticais cada.


Ao fim de 10 anos a tentar obter financiamento para o seu filme, Gabriel Mondlane vai, finalmente, rodar Palma penosa, “o que me deixa emocionado, porque vou poder realizar o meu sonho. O projecto tem a ver com a pesquisa que fiz sobre a relação entre os mais novos e os mais velhos”, afirmou Gabriel Mondlane.


Na cerimónia de anúncio dos vencedores, igualmente, esteve Elísio Bajone. O autor de Marcas do terrorismo optou por um projecto que busca retratar o lado humano da situação em Cabo Delgado. Nesse sentido, a ideia do realizador não é retratar a guerra, mas os seus efeitos. “Procuro trazer este lado humano da guerra, este espírito de acolhimento de alguns moçambicanos que recebem famílias deslocadas”.


A confrontação ao júri


Mal que o júri anunciou os vencedores do concurso, do auditório ouviu-se Amosse Mucavele. Insatisfeito, o poeta confrontou o júri pelo que, segundo fez entender, constitui um desrespeito ao regulamento do primeiro concurso para apoio e financiamento à actividade audiovisual e cinematográfica no país. Essencialmente, Mucavele quis saber por que o júri avaliou os trabalhos de autores consagrados, quando o regulamento prevê que, no concurso, são elegíveis novos autores. O debate levou minutos e, mesmo depois das explicações de Karl de Sousa, Ana Magaia, Djalma Lourenço e Fátima de Albuquerque (membros do júri), Amosse Mucavele não ficou satisfeito.


A sustentação do júri


Confrontado pela observação de Amosse Mucavele, o júri concordou que parte do financiamento do concurso deve ser dirigido às novas obras e à formação dos novos autores. “Esse é um trabalho que deve ser feito antes de começar o próximo concurso, de modo que projectos de qualidade possam ganhar peso e a história possa ter um bom fio condutor. Isso está na proposta apresentada ao INIC”. Depois, o júri acrescentou: “Nas próximas edições, temos que ser mais cuidadosos à resposta dos jovens talentos. Nós também estamos preocupados que os jovens talentos apareçam”. Entretanto, a pergunta de Amosse Mucavele referia-se à presente, e não à próxima edição.


O que diz o regulamento


O Artigo 3 do regulamento do concurso do INIC diz: “1. Este Regulamento aplica-se aos seguintes programas: a) Apoio aos novos talentos e primeiras obras”. Este foi o número invocado por Amosse Mucavele para contestar a decisão do júri (Djalma Lourenço, Ana Magaia, Karl de Sousa, Fátima Albuquerque e Sérgio Libilo) ao anunciar vencedor projectos de Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane.

Nações unidas querem raparigas na escola até o ensino secundário


 A sub-secretária-geral das Nações Unidas, Winnie Byanyima, condena os ataques terroristas em Cabo Delgado. A diplomata, que vem a Moçambique com a mensagem de solidariedade de António de Guterres, aconselhou ao Presidente da República, Filipe Nyusi, a reter mais raparigas na escola para evitar HIV/SIDA, gravidezes precoces e casamentos prematuros.


De visita de quatro dias a Moçambique, a sub-secretária-geral das Nações Unidas e directora-executiva da ONUSIDA, Winnie Byanyima, foi recebida, esta tarde, pelo Presidente da República, com quem se debruçou sobre a situação de Cabo Delgado, bem como a saúde sexual e reprodutiva no país.


“Condenamos os ataques terroristas contra civis no país e estamos aqui para expressar o nosso apoio. Discuti com o Presidente da República sobre as estratégias de luta contra HIV-SIDA e COVID-19 e tenho de agradecer pelos esforços que o país tem vindo a desenvolver, particularmente na retenção da rapariga na escola até concluir o nível secundário, porque isto vai ajudar a reduzir o risco de infecção por HIV, gravidez precoce e casamentos prematuros”, disse Byanyima à sua saída do Gabinete do Presidente da República.


Segundo Byanyima, o objectivo das Nações Unidas é de reduzir para zero as infecções pelo HIV, bem como estancar os focos de propagação da pandemia da COVID-19. Para a diplomata, as pessoas HIV positivas devem estar na dianteira para induzirem a testagem e tratamento.


“Se as pessoas HIV positivas fizerem testes e tratamento, a doença deixa de ser sentença de morte. Fazer o teste e tratamento permite viver por muito tempo”, enfatizou a directora executiva da ONUSIDA acrescentando a manifestação da sua satisfação em relação ao trabalho realizado pelas autoridades moçambicanas, pelo que reitero o nosso apoio e solidariedade. No encontro de cortesia com o Presidente da República, Winnie Byanyima fez-se acompanhar pela coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique, Myrtha Kaulard.

Homem mata ex-marido da namorada em Inhambane

 


Um homem encontra-se detido desde a semana finda, no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, acusado de tirar a vida do ex-marido da namorada com recurso a uma enxada.


Há pouco menos de dois meses um homem começou a namorar com uma mulher recém-divorciada. O ex-marido não gostou de saber e foi atrás do casal para cobrar satisfações.


Nessa conversa entre os três, a situação saiu do controlo e o ex-marido começou com agressões.


“Ele veio à casa da minha namorada, começou a berrar e assustou-nos. Ela (a minha namorada) fugiu pedindo socorro. Ele pegou numa enxada e desferiu-me golpes em todo o corpo. Quando levantei, bateu-me repetidamente na cabeça”, explicou o indiciado.


As agressões pararam e, diante de vizinhos, o homem decidiu revidar, por sinal, com a mesma enxada usada para lhe agredir.


“ Eu vi que estava a sofrer, por isso, peguei na enxada para revidar a agressão com outra maior: bati-lhe na cabeça, tal como ele o fez comigo. Foram três vezes. Deixei-o vivo, mas depois soube com a minha namorada que ele tinha morrido, por isso, ela estava aos prantos”.


A vítima perdeu a vida e o indiciado já está a contas com a Polícia.


“Este individuo é indiciado do tipo legal de crime de ofensas corporais voluntárias que resultaram em morte, previsto e punível nos termos do artigo 174 do Código Penal. Consta que no final de semana, com recurso a uma arma branca, mais concrectamente enxada, desferiu vários golpes na cabeça e em partes sensíveis do finado que perdeu a vida e ficou estatelado na via pública”, explicou Alceres Cuamba, do Serviço Nacional de Investigação Criminal, em Inhambane.

MISAU prevê receber mais de 2.6 milhões de lotes de vacinas contra COVID-19


 Mesmo sem avançar os fornecedores, Benigna Matsinhe, Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, falou, esta segunda-feira, de aquisição de novos lotes de vacinas para fazer face à pandemia no país.


“Em princípio, se tudo correr bem e se não houver atrasos neste processo, temos para o mês de Maio, a promessa de chegarem ao país cerca de 2.6. milhões de doses. Gradualmente, iremos, ao longo do ano, várias tranches, em que iremos receber mais doses, primeiro para cobrir cerca de 20% da população e, depois, temos mais vacinas que iremos adquirir para chegarmos aos 16 milhões, como o previsto.”

Durante a habitual conferência de imprensa de actualização de dados sobre a doença, Matsinhe avançou que o MISAU já recebeu solicitações de empresas privadas para importação de vacinas, estando, o processo, na sua fase inicial.

“Ainda não importamos, mas estamos a trabalhar com o sector privado. Já recebemos solicitações de várias empresas privadas que manifestaram interesse em adquirir as vacinas”, explicou, sem mais detalhes.

Benigna Matsinhe avançou, igualmente, que, neste momento, as autoridades de Saúde se desdobram para elaboração de memorandos de entendimento com o sector privado para dar seguimento à importação de vacinas.

Já sobre a situação epidemiológica do país, Sérgio Chicume, Director do Instituto Nacional de Saúde para Área de Inquérito e Monitoria de Saúde assegurou que, no país, continua a circulação apenas da variante sul-africana.

“Nós ainda não detectamos outras variantes, senão a da África do Sul. Mas, há casos do vírus primários, o nativo que ainda circula no país. Em suma, não temos, nem a variante da Índia, nem do Brasil, nem da Inglaterra.”

Com o arranque da segunda fase da campanha de vacinação contra o novo Coronavírus, o MISAU espera alcançar mais de 216 mil pessoas, com destaque para diabéticos, estudantes finalistas de cursos da Saúde e agentes da polícia.

Combate aos raptos: “Mesmo estando a controlar rigorosamente, nos escapa”


 O comandante-geral da Polícia dá o braço a torcer e reconhece que apesar do trabalho da Corporação, os criminosos fazem-se escapar e protagonizam crimes como raptos e sequestros. De Janeiro a Abril foram quatro casos, dos quais, só num é que a vítima está de volta ao convívio familiar.


A retoma da violência nas cidades de Maputo e Quelimane, marcada pelos crimes de raptos e sequestros, está a criar um clima de insegurança que há algum tempo não se sentia. Esta segunda-feira, o comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, esteve na Ilha de Moçambique e em Nacala, sendo que neste último ponto pronunciou-se sobre estes casos, tendo reconhecido que “é este factor humano ‘escapar’, mesmo estando a controlar rigorosamente, nos escapa e em algum momento ocorrem crimes”.

Em quatro meses, Janeiro a Abril, são quatro casos registados: três na cidade de Maputo e um em Quelimane e todos ainda não foram esclarecidos, ou seja, pelo menos a Corporação ainda não disse publicamente se há ou não detidos. A única coisa que Bernardino Rafael avançou é que uma das vítimas já está no convívio familiar.

“Escapou-se o controlo da criminalidade, onde registamos quatro casos de raptos, lamentavelmente. Quatro casos de raptos em todo o país”, repisou, tendo acrescentado que “há trabalho que estão a fazer todas as forças e os intervenientes dos órgãos da Justiça para poderem esclarecer os restantes três casos que ocorreram, infelizmente”.

Apesar das condenações pesadas nos casos similares que chegaram ao tribunal, os criminosos voltam a desafiar a autoridade do Estado e fazem vítimas em plena luz do dia. Mais preocupante ainda é o facto de em todos os processos julgados não terem sido encontrados os mandantes, abrindo espaço para que continuem a operar, tal como se está a notar com os quatro casos ora mencionados.

População de Pemba receia um ataque à capital de Cabo Delgado


 A maior parte da população de Pemba receia um ataque terrorista à capital de Cabo Delgado, devido à evolução da situação e por não estar a ver o fim deste conflito que fez cerca de dois mil mortos e mais de setecentos mil deslocados em menos de 4 anos.


“Estou com medo, porque quase todos os dias ouvimos falar de ataques, mortes e horrores e, até hoje, as pessoas estão concentradas aqui em Pemba, não conseguem voltar para as suas casas devido à guerra. Eu, por exemplo, recebi sete famílias de Quissanga, há muito tempo e, até hoje, por causa da situação, nem sabem quando vão voltar à sua terra,” explicou Abdul Age, um jovem natural e residente em Pemba.

Há medo e o pânico em toda a província, mas a situação é considerada grave na Baía de Pemba, o próximo alvo do grupo armado instalado em Cabo Delgado desde 2017, segundo refere um suposto aviso que começou a circular nas redes sociais, depois do ataque a Palma, uma informação que a Polícia da República de Moçambique classificou de falso alarme.

Algumas pessoas vivem com medo devido às supostas ameaças de assalto a Pemba, mas outras se sentem inseguras devido à resistência e expansão do território de acção dos supostos terroristas.

“Estou com medo, porque a situação está a progredir e, cada dia que passa, parece estar a aproximar cada vez mais à cidade e, se as coisas continuarem assim, não há dúvidas que vão entrar em Pemba”, justificou Januário Celestino, um jovem residente em Pemba há décadas.
A segurança parece estar garantida. A vida corre normalmente, pelo menos na cidade, entretanto a maior parte da população vive com medo. Os menos corajosos preparam-se para abandonar a província de modo a evitar um encontro directo com os supostos terroristas.
“Estou a pensar em sair de Pemba para Nampula por medo dos alshababes. Quando eles chegam num lugar, não escolhem se é mulher, homem, criança, velho, mulher grávida, nem o quê”, argumentou Assina Assamo.

Entretanto, enquanto alguns abandonam a cidade e a província, outros vivem sem medo, e não vêem nenhum perigo de ataque à Baía.

“Eu não tenho medo nenhum, não tenho, e vivo tranquilo, porque me parece que Pemba está segura, e só podem tomar de assalto à cidade se eles tiverem um grande exército,” reagiu Juma Abubacar, um idoso, natural do distrito de Mecufi, e vive em Pemba há quase meio século.

Outras pessoas não têm medo e recusam-se a abandonar a cidade, por considerarem normal em situações de guerra e preferem aguardar pelo fim do terrorismo em sua própria terra.

“Eu não tenho medo e não vou abandonar a minha terra”, afirmou Henriques Timba, acrescentando que “quem deve sair são esses terroristas que vieram de sei lá onde. Eu vou fugir para onde e por quê?”

Funcionário público aposentado, Timba é um dos poucos residentes da Baía de Pemba que não pensa em abandonar a sua casa e família, pois tem esperança de um futuro melhor.

“Sobrevivi a guerra do colono que teve seu fim em Lusaka, a dos 16 anos que terminou em Roma, e esta do terrorismo, tenho certeza, vamos encontrar um lugar para resolver, porque tudo tem seu fim.”

Desde que iniciaram os ataques terroristas em Cabo Delgado, em 2017, o grupo armado assaltou 5 das 17 sedes distritais, nomeadamente Mocímboa da Praia, Quissanga, Muidumbe, Macomia e Palma e as duas primeiras não foram, totalmente, recuperadas pelo Estado moçambicano

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Margarida Talapa em Nampula para repudiar ataques terroristas em Cabo Delgado


 A chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência a província de Nampula, Margarida Talapa, disse na manhã desta segunda-feira (19), que a situação dos residentes de Cabo Delgado não é boa, ainda que haja esforços das Forcas de Defesa e Segurança (FDS) para combater as accoes terroristas.


“Sabemos que a situação dos nossos irmãos em Cano Delgado não é boa, embora o nosso governo, através das Forcas de Defesa e Segurança (FDS), tem feito muito esforço para corresponder com aquilo que é a ansiedade dos moçambicanos que é pôr fim o terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado”, disse a fonte em colectiva de imprensa.


Por outro lado, Talapa disse estar de visita a província de Nampula para poder “prosseguir com as acções que a própria província tem feito, mas apenas fazer o reforço daquilo que a província tem feito no amplo movimento popular de condenação e repúdio da acção terrorista em Cabo Delgado”, cuja iniciativa foi lançada no ano passado, 2020.


“Por isso vamos continuar com este movimento iniciado no ano passado, no sentido de sensibilizarmos a população sobre a necessidade de se fazer um trabalho de condenação, mobilização e sensibilização a todos, sobretudo os jovens, a não aderirem estes movimentos terroristas, mas também a necessidade de uma grande vigilância porque eles vivem nas nossas casas, são nossos vizinhos, nossos filhos, genros e sobrinhos. Há uma necessidade de todos nós compreendermos o mal que eles estão a fazer e dai termos uma única voz e dizermos não ao terrorismo em Moçambique”, prosseguiu a fonte, elucidando que “não podemos pensar que o terrorismo é um assunto de Cabo Delgado, mas sim é um assunto de todo o país, e Nampula faz fronteira com Cabo Delgado, então é dai que há a necessidade de todos nós fazermos esta condenação a estes ataques”.


Parecendo uma descoberta nova, Talapa avançou que “os ataques terroristas retardam o desenvolvimento sócio-económico do país” e que “a coesão é a arma chave para pormos fim ao terrorismo”, tanto que “não se confunda a religião como o móbil dos ataques”


O aumento da criminalidade


A província de Nampula, olhando para os números de deslocados anunciados pelo governo, pelo menos, recebe mais de 10% destas vítimas. Com a chegada desses deslocados, o índice de criminalidade nos bairros das principais cidades e entrepostos comerciais aumentou.


O Ikweli perguntou a Margarida Talapa se o recrudescimento da criminalidade teria haver com a chegada de deslocados da guerra de Cabo Delgado, ao respondeu que “não posso afirmar categoricamente que existe isso. O que eu penso que devemos fazer, como população da província de Nampula, é criarmos condições para a vigilância para sabermos quem é quem”.


“Não podemos pensar que todos os que vem de Cabo Delgado são criminosos. Os criminosos até podermos ser nós daqui mesmo que não vieram de Cabo Delgado. Há vigilância é necessária para detectarmos qualquer cidadão que possa criar situações que poem em causa a soberania do estado, seja ele daqui seja ele de que lugar venha”, concluiu a, também, ministrado do Trabalho e Segurança Social.


A outra agenda da esposa do administrador de Rapale


Ainda em Nampula, a esposa do administrador de Rapale, entende que deve abordar a questão da covid-19, sensibilizando a população para a observância das medidas de prevenção da doença.


“Tivemos casos alarmantes no início, na província de Nampula, mas depois de um grande trabalho, com o envolvimento de todos abrandou a situação. Nos últimos dias voltou a ser uma preocupação a província de Nampula. Gostaríamos de apelar a toda a população de Nampula, os líderes religiosos e comunitários, professores e enfermeiros para fazerem uma campanha continua de sensibilização para se observar as recomendações sanitárias”.


Segundo disse, “do aeroporto para cá vi muita gente na rua sem máscara e aglomerada sem o distanciamento e sem a higienização”, para depois frisar que “estávamos muito bem, mas agora voltou a carga a província de Nampula. Todos os dias é a segunda ou a primeira província com mais casos positivos”