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sábado, 14 de janeiro de 2023

Nigeriano detido na Cidade de Maputo com 18 kg de cocaína

 


Foi detido na manhã de sexta-feira um indivíduo de origem nigeriana, transportando 18 kg de cocaína. O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) explica que o cidadão, de 54 anos, vinha do Brasil. Até aqui, é desconhecido o destino da droga.


Segundo o porta-voz do SERNIC, a detenção é fruto de uma investigação levada a cabo pela Polícia moçambicana e brasileira, que já investigava o uso dos aeroportos para entrada e saída de drogas.


“Já se tinha a informação da chegada de um cidadão africano, portando substância que já se suspeitava que se tratasse de drogas. Fez-se um trabalho de inteligência que culminou com a detenção deste indivíduo, na posse de uma mala contendo 36 pacotes, a princípio de café, mas, feito o trabalho, constatou-se que, no interior dos pacotes, estava disfarçado um outro produto, dentro de sacos bem selados e, feita a perícia preliminar, constatou-se que estamos perante uma droga, do tipo cocaína, numa quantidade de 18 kg”, avançou Hilário Lole, porta-voz do SERNIC.


O Serviço Nacional de Investigação Criminal garante que o cidadão, de 54 anos de idade, não tem residência em Moçambique e diz que desconhece o destino da droga.


“Neste momento, serão seguidos os restantes trâmites legais para a responsabilização deste cidadão, bem como a identificação da quadrilha, pois estamos a falar de um crime organizado, por isso acreditamos que existem outros indivíduos envolvidos, assim como conhecer as prováveis rotas desta droga, e assim estancar a ocorrência deste crime que está a apoquentar a Cidade de Maputo”, disse.


Abordado, o indivíduo não quis dar detalhes sobre o crime de que é indiciado: “Eu vivo no Brasil há cerca de 10 anos. É a minha primeira vez aqui; eu já disse tudo que tinha a falar”.


Em Novembro de 2022, o SERNIC deteve uma cidadã sul-africana que transportava cinco kg de cocaína disfarçada em tapetes, vindo também do Brasil.


Fonte o país 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Tribunal inglês abre caminho a financiamento britânico para projecto de gás em Moçambique

 


Organização britânica Friends of Earth tinha pedido a impugnação do financiamento por preocupações com o ambiente

O Tribunal de Recurso do Reino Unido rejeitou nesta sexta-feira, 13, um pedido da organização ambientalista britânica Friends of the Earth para impugnar o financiamento do Reino Unido a um projecto de extração de gás natural em Moçambique.

O financiamento, no valor de 1.150 milhões de dólares, é da agência britânica UK Export Finance (UKEF) e visa desenvolver o projecto gás natural liquefeito ‘offshore’ na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.

Plataforma flutuante de liquefação de gás na Bacia do Rovuma, em Moçambique

O tribunal diz que o projecto está “dentro da margem substancial de apreciação permitida” aos políticos.

O juiz Geoffrey Vos disse que o Acordo de Paris foi “apenas um de uma série de factores” que a UKEF levou em consideração ao tomar a decisão de financiar o projecto.

A Friends of the Earth, citada pela Reuters, descreveu a decisão como “extremamente decepcionante” e disse considerar apelar para o Tribunal Supremo do Reino Unido.

“Este julgamento extremamente decepcionante não altera nossa firme crença de que o Governo do Reino Unido não deveria apoiar o projecto de gás de Moçambique, ou qualquer projecto de combustível fóssil em casa ou no exterior”, disse Rachel Kennerley, activista internacional do clima do grupo, em comunicado.

UK Export Finance não reagiu ainda.

Um porta-voz da TotalEnergies congratulou-se com a decisão, dizendo que o projecto “terá uma série de benefícios sociais e económicos para Moçambique e é uma parte fundamental do objectivo de Moçambique de diversificar a sua economia”.

A multinacional francesa diz apoiar “os objectivos do Acordo de Paris de 2015, que apela à redução das emissões de gases com efeito de estufa no contexto do desenvolvimento sustentável e da luta contra a pobreza".

O megaprojecto de extração de gás em Moçambique estã avaliado em cerca de 20 mil milhões de dólares é o maior investimento privado em África.


Fonte:Voa Português 

Banco Mundial reduz previsão de crescimento da economia moçambicana em 2023



Maior e mais conhecido banco de desenvolvimento do mundo prevê que a economia nacional alcance, este ano, uma taxa de crescimento de 5%. A taxa está alinhada com as previsões do Governo, através do PESOE, no entanto representa uma redução de um por cento nas projecções de crescimento.

A economia moçambicana vai crescer 5% este ano. Pelo menos é o que dizem as projecções mais recentes do Banco Mundial. No seu mais recente relatório sobre Perspectivas Económicas Globais, o maior e mais conhecido banco de desenvolvimento à escala global faz, no entanto, um corte nas previsões de crescimento da nossa economia. É que em Junho último, o Banco Mundial calculava que, em 2023, Moçambique pudesse atingir uma taxa de crescimento de 6%, daí que assinala, no documento que temos vindo a citar, uma redução de um por cento da projeção.

Um dos principais alicerces da projecção da instituição financeira são as exportações do gás natural, iniciadas ainda em 2022. Segundo o Banco Mundial, “espera-se que o aumento da procura de gás natural liquefeito de África impulsione o crescimento em Moçambique, embora com atraso porque a elevada insegurança na parte Norte do país interrompeu o desenvolvimento de um grande projecto offshore de gás natural”, dizem os analistas da instituição, referindo-se ao projecto do consórcio liderado pela petroquímica francesa Total, que, em 2021, interrompeu as operações com recurso à cláusula de força maior, dado o agravamento, na altura, dos ataques terroristas no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

Apesar da pacificação que tem sido alcançada em resultado da intervenção de forças militares estrangeiras no país (Ruanda e Força em Estado de Alerta da SADC, SAMMIM), o relatório publicado esta semana indica que “a incidência de violência e conflito na África Subsahariana continua elevada”, não só em Moçambique, como em países tais como Nigéria e Etiópia.

“Essa violência – um dos principais impulsionadores da insegurança alimentar e da pobreza – pode prejudicar ainda mais as actividades agrícolas e o fluxo de ajuda humanitária, bem como desencadear atrasos em projectos de investimento de grande escala nos sectores extractivos em alguns países”, reiteram os pesquisadores do Banco Mundial.

BANCO MUNDIAL ALINHADO COM PROJECÇÕES DO GOVERNO

De resto, a actual projecção de crescimento, feita pela instituição financeira, acaba por estar alinhada com as previsões do Governo, constantes do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) 2023. No documento, o Executivo projecta que “o crescimento da actividade económica para o ano de 2023 seja sustentado pelo desempenho positivo da indústria extractiva (23,1%), saúde e acção social (8,7%), agricultura (5,2%), construção (5,0%), administração pública, defesa e segurança social (3,8%), educação (3,5%), transportes e comunicações (3,2%), indústria transformadora e pescas, ambas com (2,5%) ”.

A média de crescimento de cerca de 5% é prevista em outros países da região da África Subsaariana, em que se prevê que o crescimento se fortaleça para em 2023 e 2024, ligeiramente abaixo da previsão de Junho.

“Espera-se que uma recuperação tardia da pandemia da COVID-19 ganhe força em muitos países, à medida que o alívio das pressões do custo de vida aumenta a demanda doméstica. Espera-se que alguns produtores de energia se beneficiem do aumento das exportações de petróleo e gás natural, os casos de Moçambique, Níger e Senegal.

AVANÇO NOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Em termos gerais, a economia global tem previsão de crescimento de 1,7% em 2023 e 2,7% em 2024. Nos países de língua oficial portuguesa, o Brasil deverá crescer 0,8%, devido às altas taxas de juros, que restringem os investimentos e às exportações que vêm crescendo em ritmo mais lento. Para 2024, a estimativa é de 2%.

Em Angola, a média de crescimento para o período de 2023 a 2024 deve desacelerar para 2,8%, antes do crescimento de 3,1% no ano passado. A produção de petróleo estabilizou-se, ajudando a melhorar a posição fiscal do país.

Porém, espera-se que os preços mais baixos do petróleo, associados às medidas de consolidação fiscal para reduzir a dívida pública, pesem sobre os gastos do Governo e limitem o crescimento económico.


Fonte: O país 

Governo diz estar a processar o 13º salário aos pensionistas e desligados

 


O Governo garantiu esta semana estar já a processar o 13º salário para os pensionistas, conforme garantiu o Presidente da República, Filipe Nyusi, em finais de Dezembro passado, durante a apresentação do seu Informe Anual sobre o Estado da Nação.

Além destes, a garantia estende-se aos desligados (em processo de aposentação).

Com a excepção dos 351 mil funcionários e agentes do Estado no activo, abrangidos pela Tabela Salarial Única (TSU), Nyusi disse que o seu Governo estava “a envidar todos os esforços para tornar possível o 13º salário a pensionistas, dada a vulnerabilidade deste grupo social”.

Passados 20 dias, o Vice-Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, garantiu que o Governo está a processar o 13º salário aos pensionistas. “É uma promessa que já tinha sido feita pelo Chefe de Estado, então deve estar a ser processado. Aliás, o 13º salário geralmente é pago a partir da segunda à terceira semana de Janeiro. A expectativa é que neste ano seja também igual”, explicou Impissa após uma pergunta da “Carta”.

Falando a jornalistas após a primeira sessão ordinária do Conselho de Ministros, realizada em Maputo na passada terça-feira (10), o Governante também garantiu o pagamento do 13º salário aos 18 mil funcionários desligados, isto é, em processo de aposentação.

Refira-se que em relação aos restantes 351 mil funcionários no activo, Nyusi disse que não teriam o décimo terceiro devido ao aperto financeiro provocado pela implementação da TSU, bem como a necessidade de responder a vários imperativos, como a luta contra o terrorismo no norte do país


Fonte: Cartamoz 

Mulher é assassinada em salão de beleza: criminosos saíram do local de mansinho

 


Ela é mãe de Edson Vombe, que cumpriu até 2017 metade de uma pena por ter sido condenado por associação para delinquir. O caso estava ligado a um rapto na Matola. Em 2013, o tribunal não encontrou provas de que Vombe era mandante - autor moral - e condenou-o a nove anos de prisão. Quando teve liberdade condicional, Edson Vombe foi viver para o estrangeiro

Sua mãe estava casada com o Senhor Namarroi, um antigo combatente que virou empresário, no contexto das privatizações. Têm filhos. Ela frequentava o salão de beleza na Emília Dausse, onde foi asassinada com dois tiros nas costas. Segundo testemunhas, eram dois homens, sem capuzes ou disfarce. Desceram de uma viatura sem chapa de matrícula, entraram no estabelecimento e abateram a vítima a sangue frio. Pareciam profissionais. Saíram do local a pé apressado mas não era fuga de criminoso comum. Era como que a saída triunfal de um de operativos de esquadrão da morte com missão cumprida

Claramente, o modus operandi aponta para agentes da PRM à paisana. Depois da detenção de Esmael Nangy no sábado passado na África do Sul, o assassinato da senhora Namarroi pode ser outro indicador de que a Polícia está a tentar mexer-se para mostrar serviço, depois de muitas críticas de inoperacionalidade na investigação dos raptos. Recordem-se, há menos de duas semanas um empresário raptado foi encontrado morto, gerando uma enorme repulsa na sociedade pelo laxismo policial , nomeadamente do SERNIC, que já teve no seu seio operacionais de sequestros.

Seja como for, há peças soltas no puzzle. O mandado de captura de Nangy é de julho de 2022 e sua prisão é feita na própria residência….não era propriamente um fugitivo.

O assassinato da senhora Namarroi, hoje, tem lá a sua mensagem. Vombe é alegadamente procurado. Mas e sua mãe? Em 2018, ela sentiu a dor cruel do cativeiro. Consta que Namarroi não pagou resgate e que a mulher foi solta depois de ser aprisionada.

Fonte: Cartamoz 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Desconhecidos matam uma mulher a tiro no salão de Beleza

 


Uma mulher que fazia as unhas num salão de beleza, localizado entre as avenidas Emília Daússe e Filipe Samuel Magaia, foi morta por um homem que disparou três tiros à queima-roupa.

Testemunhas contaram à Miramar que depois de cometer o crime, o homem dirigiu-se à viatura ligeira sem matrícula que o aguardava do lado de fora do salão de beleza.

Até aqui, desconhecem-se as razões do crime e muito menos se existe alguma relação entre a vítima e o assassino.

Depois do crime, o corpo da mulher permaneceu ensanguentado na cadeira onde ela estava sentada enquanto tratava das unhas.

Fonte:Folha de Maputo 

Terrorismo: Exército anuncia morte de líder de terroristas

 


As Forças de Defesa de Moçambique anunciaram a morte de um dos supostos líderes dos grupos terroristas e de outras 13 pessoas durante confrontos no domingo em Cabo Delgado, no âmbito de uma nova operação Vulcão IV.

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) anunciaram a morte de um dos supostos líderes dos grupos terroristas e de outras 13 pessoas durante confrontos no domingo em Cabo Delgado, província aterrorizada por ataques armados há cinco anos.

O homem, identificado por Abu Fadila, foi abatido em Nguida, no distrito de Muidumbe, em confrontos que decorreram até terça-feira, no âmbito de uma nova operação, designada Vulcão IV, lançada na última semana, refere-se num comunicado citado hoje pelo diário Notícias. 

"As Forças Armadas de Defesa de Moçambique reafirmam a sua determinação perene na luta contra ações terroristas na região norte de Moçambique", refere-se na nota.

Segundo o documento, dois militares morreram e quatro ficaram feridos, dos quais dois estão fora do perigo, em operações desencadeadas nos distritos de Muidumbe e Macomia, regiões onde se registam incursões nos últimos dias e as autoridades locais acreditam ser da autoria dos grupos rebeldes. 

"Mudar a forma de bater" para combater a insurgência

Apoio estrangeiro

A operação Vulcão IV conta com a ajuda das forças estrangeiras que apoiam Moçambique no combate contra o terrorismo e visa "intensificar medidas de perseguição e destruição das bases terroristas do inimigo que aterroriza o norte do rio Messalo, distrito de Muidumbe, e o ocidente de Chai, no distrito de Macomia", segundo o Ministério da Defesa de Moçambique.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED


Fonte:DW

Ministério dos Tranportes suspende Empresa de Transporte “SEQUELANE GROUP”

 


O Ministério dos Transportes e Comunicações, suspendeu, com efeito a partir de hoje, o exercício das actividades de transporte de passageiros da empresa “SEQELANE GROUP”.

A medida, segundo explica a instituição, em comunicado de imprensa, surge após ter sido constatado que a empresa não dispõe de frota de autocarros em condições técnicas para a prestação do serviço de transporte interprovincial seguro e condigno.

Ainda no mesmo documento, o Ministério refere que no dia 23 de Dezembro de 2022 a transportadora foi flagrada, no Terminal da Junta, numa situação de “irresponsabilidade, falta de compromisso e respeito aos passageiros, tendo chegado ao extremo de vender bilhetes de passagem para uma viagem Maputo-Nampula que não chegou a ser efectuada por esta empresa, devido à falta de autocarro em condições mecânicas para a prestação deste serviço”.

A suspensão vai durar até a correcção das deficiências técnicas da sua frota e posterior aprovação por uma inspecção técnica da Direcção Nacional dos Transportes e Segurança do Ministério.

O Ministério dos Transportes e Comunicações reitera o apelo à observância das regras de trânsito e ao cumprimento dos termos e condições da licença da actividade de transporte público de passageiros, como observância da lotação dos veículos, cumprimento do tempo de descanso e habilitação dos condutores, entre outras.

“Aos infractores, continuaremos a aplicar medidas mais arrojadas com vista à proteção da vida dos passageiros e demais utentes da via pública”, lê-se no documento.


Fonte: O país 

Toneladas de cocaína passam por Moçambique todos os anos - Estudo



Moçambique tornou-se um importante centro de trânsito de cocaína, seguindo o mesmo padrão da heroína e metanfetamina. A droga chega por via marítima directamente do Brasil, sobretudo "embarques de várias toneladas que chegam em contentores descarregados nos portos de Pemba e Nacala", segundo um estudo publicado a 15 de Dezembro pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC).

“Os portos da Beira e Maputo também registam chegadas de carga de cocaína. Os carregamentos chegam também através de trocas offshore de um 'navio-mãe' para embarcações de pesca mais pequenas, que depois transportam as cargas de cocaína para as praias” nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, nota GI- TOC.

A cocaína é transportada para armazéns para armazenamento, onde é muitas vezes reembalada em carregamentos mais pequenos para distribuição por camiões que circulam por Nampula. "Joanesburgo é um destino regional primário, pois abriga o City Deep Container Depot e o Aeroporto Internacional OR Tambo. Ambas as instalações são notórias por altos níveis de corrupção e como locais de onde cargas regulares de cocaína moçambicana são transportadas para mercados no exterior", relata GI -TOC. Outras remessas seguem para o oeste, para Malawi e seus aeroportos internacionais – Kamuzu em Lilongwe e Chileka em Blantyre.

"Uma tempestade de pólvora: os mercados de cocaína da África Oriental e Austral" por Jason Eligh, GI-TOC.

A maior carga apreendida até agora foi de cinco toneladas de cocaína para Moçambique em dois contêineres de caixas de sabão em pó no porto do Rio de Janeiro em 6 de outubro de 2021. “Os responsáveis pela carga fizeram um trabalho muito sofisticado. Eles colocaram a cocaína dentro das saboneteiras com peso idêntico ao declarado nos documentos de embarque pelo exportador”, disse o chefe da Divisão Aduaneira de Repressão ao Contrabando Brasileiro, Augusto da Rocha.

Gilberto Aparecido dos Santos, (conhecido como Fuminho) foi preso no luxuoso hotel Montebello Indy Village em Maputo em 13 de abril de 2020. Ele é um suposto líder da quadrilha de traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com sede em São Paulo e controlava tanto o comércio local de cocaína e grande parte da exportação para a África do Sul. Ele vivia em Maputo e na Cidade do Cabo há alguns anos, noticiou a Carta de Moçambique (14 de abril de 2020). Os meios para a sua operação tiveram apoio de alto nível em Moçambique, assim como o comércio de heroína e metanfetamina. Foi expulso para o Brasil sem indícios de interrogatório local para descobrir quem o protegia em Moçambique.

A cocaína está a crescer, mas a heroína e as metanfetaminas (como a metanfetamina) e continuam a ser as principais drogas que transitam por Moçambique e são a segunda maior exportação (depois do carvão). A cocaína está seguindo as mesmas rotas. Alguma heroína chega em contêineres para Pemba, Nacala e Beira, mas a maioria vem de Dhow em lotes de uma tonelada que são separados em pedaços e levados para terra pelos pescadores. Em seguida, segue por estrada para Joanesburgo.

E alguma heroína, metanfetamina e cocaína são consumidas localmente.

As denúncias de que um membro da Presidência da Assembleia da República da Frelimo é um barão da droga envolvido no tráfico de droga através do porto de Macuse, na Zambézia, vão ser investigadas por uma comissão parlamentar especial. O anúncio foi feito a 28 de dezembro pelo presidente da comissão de inquérito, António Niquice, que disse que iria apresentar relatório até 2 de fevereiro


Fonte:

Polícia de investigação moçambicana admite envolvimento de funcionários da justiça em sequestros



O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) de Moçambique admitiu o envolvimento de funcionários da administração da justiça em sequestros que ocorrem no país, afetando principalmente empresários ou seus familiares.

“Preocupa-nos o envolvimento de pessoas do ciclo familiar, empresarial e de amizade, bem como de alguns funcionários dos órgãos da administração da justiça que colaboram na prática do crime de sequestro”, disse Nelson Rego, diretor geral do Sernic, citado pela Agência de Informação de Moçambique.

O diretor geral do Sernic reconheceu ainda a complexidade para o esclarecimento dos raptos, fazendo menção ao modo de operação dos raptores e aos “meios e métodos usados no processo de negociação do resgate”.

Além dos raptos, Nelson Rego apontou ainda o combate ao branqueamento de capitais, ao crime organizado, financiamento do terrorismo, como alguns dos desafios do Sernic, visando “tirar Moçambique da linha cinzenta”.

Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Moçambique registou 13 raptos em 2022 e 33 detenções ligadas aos crimes, de acordo com os mais recentes dados avançados pelo Sernic.

A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, referiu em maio que “alguns” agentes da polícia, investigadores, advogados e magistrados são suspeitos de envolvimento nos raptos, acrescentando que os crimes têm vindo a aumentar e que nalguns casos há ramificações com a África do Sul.

A magistrada disse que há vítimas “constantemente chantageadas”, mesmo depois de libertadas, para pagarem quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.


Fonte: Cartamoz