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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Banco Mundial alerta para riscos das mudanças climáticas na economia nacional

 


Uma análise do Banco Mundial, divulgada recentemente na sua página electrónica, intitulada Relatório sobre Clima e Desenvolvimento de Moçambique, refere que o impacto das mudanças climáticas pode vir a empurrar 1,6 milhões de pessoas para a pobreza até 2050.

No documento, a instituição financeira internacional refere ainda que as mudanças climáticas podem reduzir as receitas geradas pelas culturas irrigadas pela chuva em até 30 por cento.

Ademais, a análise do Banco Mundial refere que o impacto económico dos desastres climáticos na rede rodoviária pode ascender a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Para aumentar a resiliência climática no país, o Banco sugere que se integrem mudanças climáticas na estratégia de desenvolvimento nacional, se faça a gestão dos riscos da transição energética, bem como investir em políticas que aumentem resiliência climática no país.

“O Relatório sobre Clima e Desenvolvimento de Moçambique (CCDR) sublinha a urgência de integrar a acção climática no planeamento de Moçambique, dada a vulnerabilidade do país aos efeitos das mudanças climáticas”, refere o Banco Mundial na sua página electrónica.

Nos últimos anos, Moçambique tem sido afectado recorrentemente por vários fenómenos climáticos que têm inundado culturas agrárias diversas e infra-estruturas de desenvolvimento.

⛲ O país 

sábado, 13 de janeiro de 2024

Economia nacional abranda em 2024

O Banco Mundial é menos optimista que o Governo moçambicano no que diz respeito ao crescimento económico do país.

De acordo com as previsões da instituição financeira internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, instrumento que mede a riqueza nacional, poderá crescer 5% no ano de 2024 e 5% em 2025.

Trata-se de uma previsão optimista, quando comparada com o crescimento de 5,5% esperado pelo Governo, segundo o Plano Económico e Social e Orçamento de Estado para o ano corrente.

Entretanto, estimativas do Banco Mundial apontam ainda para um crescimento da economia nacional de 6% no ano de 2023, sustentado pelo aumento da produção de gás natural liquefeito, carvão mineral e alumínio.

O crescimento de Moçambique segue uma direcção contrária ao registado pela África Subsaariana como um todo. De acordo com o Banco Mundial, o crescimento da região desacelerou para cerca de 2,9 por cento em 2023, ou seja, depois da projecção de 3,2%, feita pela instituição em Junho.

“Prevê-se que o crescimento na África Subsariana acelere para 3,8% em 2024 e se firme ainda mais para 4,1 por cento em 2025, à medida que as pressões inflacionistas e as condições financeiras diminuem”, aponta o último relatório do Banco Mundial.

Nas três maiores economias da região subsaariana, nomeadamente, Nigéria, África do Sul e Angola, o crescimento abrandou para uma média de 1,8 por cento no ano passado, o que retraiu o crescimento da região.

“Na Nigéria, a maior economia da região, o crescimento abrandou para cerca de 2,9% em 2023. O declínio no crescimento dos serviços foi parcialmente impulsionado por uma política disruptiva de desmonetização da moeda, que envolveu a substituição de antigas notas de nair de alto valor por notas redesenhadas a partir de Dezembro de 2022, mas foi invertida em Novembro de 2023”, explica a instituição financeira.

Segundo o último relatório do Banco Mundial sobre Perspectivas Económicas Globais, a África do Sul registou um novo abrandamento do crescimento para cerca de 0,7% em 2023, atribuído ao aperto da política monetária, ao impacto da crise energética e aos problemas de transportes.

Por seu turno, o crescimento em Angola enfraqueceu para cerca de 0,5%, com os campos petrolíferos em maturação, a contribuir para uma menor produção petrolífera, conduzindo a quebras de receitas e desencadeando cortes nas despesas públicas.

De acordo com o Banco Mundial, nos outros países da região, o crescimento abrandou para 3,9%, devido, em parte, à queda acentuada do crescimento dos países exportadores de metais e dos respectivos preços.

Outro factor que contribuiu para a queda da economia regional são os conflitos prolongados que dificultaram o crescimento em vários países.

“De um modo mais geral, as recuperações pós-pandemia foram abrandadas pelo enfraquecimento da procura externa e pelo aperto da política interna para fazer face à inflação persistente”, entende o Banco.

Segundo o relatório, o custo de vida continua elevado na África Subsaariana, o que agravou as dificuldades económicas dos pobres e aumentou a insegurança alimentar em toda a região.

RISCOS E INCERTEZAS

De acordo com o Banco Mundial, as perspectivas acima apresentadas estão sujeitas a vários riscos negativos, que incluem um aumento da instabilidade política e da violência, como a intensificação do conflito no Médio Oriente, perturbações no comércio e na produção global ou local, aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos adversos e um abrandamento económico global mais acentuado.

“Uma escalada do conflito no Médio Oriente poderia exacerbar a insegurança alimentar na África Subsariana, uma vez que um aumento sustentado do preço do petróleo induzido pelo conflito não só aumentaria os preços dos alimentos, aumentando os custos de produção e transporte, mas também poderia perturbar as cadeias de abastecimento”, alertam especialistas da instituição financeira internacional.

O Banco explica que, embora os preços globais dos alimentos e da energia tenham recuado dos seus picos em 2022, as perturbações no comércio e na produção globais ou locais poderão agravar o custo de vida, especialmente a inflação dos preços dos alimentos, em toda a região.

“Tais perturbações, especialmente na mineração e na agricultura, poderão ser desencadeadas por fenómenos meteorológicos extremos ligados, em parte, às alterações climáticas. Novos aumentos nos conflitos violentos poderão empurrar o crescimento para abaixo do valor de base e resultar em crises humanitárias prolongadas em muitos países economicamente mais vulneráveis da África Subsaariana”, diz o relatório.

O relatório alerta ainda que o aumento acentuado dos custos do serviço da dívida pública em muitas economias da região desde a pandemia aumentou a necessidade de redução da dívida, especialmente em países altamente endividados, tais como Moçambique.

RECUOS NA ECONOMIA GLOBAL

A economia global deverá acumular “um triste recorde até ao final de 2024” – a meia década mais lenta do crescimento do PIB em 30 anos, de acordo com o último relatório do Banco Mundial sobre Perspectivas Económicas Globais.

Tal acontece num contexto em que o mundo se aproxima do ponto médio daquela que se pretendia ser uma década transformadora para o desenvolvimento.

“Por um lado, a economia global está numa situação melhor do que há um ano: o risco de uma recessão global diminuiu, em grande parte, devido à força da economia dos EUA. Mas as crescentes tensões geopolíticas poderão criar novos perigos a curto prazo para a economia mundial”, alertam os especialistas do Banco Mundial.

Entretanto, as perspectivas a médio prazo tornaram-se sombrias para muitas economias em desenvolvimento, segundo o relatório, num contexto de abrandamento do crescimento na maioria das principais economias, de um comércio global lento e das condições financeiras mais restritivas das últimas décadas.

“Prevê-se que o crescimento do comércio global em 2024 seja apenas metade da média da década anterior à pandemia. Entretanto, os custos dos empréstimos para as economias em desenvolvimento – especialmente aquelas com fracas notações de crédito – deverão permanecer elevados, com as taxas de juro globais estagnadas nos máximos das últimas quatro décadas, em termos ajustados à inflação”, conclui o relatório do Banco Mundial. 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Banco Mundial distingue Nyusi com o título de campeão para o empoderamento da Juventude

 


Presidente da República, Filipe Nyusi, foi, nesta quarta – feira, 26 de Julho, distinguido pelo Banco Mundial, durante Conferência sobre Capital Humano que decorre na Tanzânia, como o título de campeão no investimento para o empoderamento da Juventude em especial das Jovens Raparigas.

O título de campeão no investimento para o empoderamento da Juventude em especial das Jovens Raparigas surge em reconhecimento dos programas EMPREGA, Meu kit Meu Emprego e Eu Sou Capaz – como inovadores e de impacto, que por sinal são iniciativas desenhadas pela Secretaria do Estado para a Juventude e Emprego.

Para além de distinguir o Chefe de Estado, o Banco Mundial colocou Moçambique no Projecto Regional de empoderamento da Rapariga e Mulher cuja implementação deverá iniciar no próximo ano.

Refira – se que este é o segundo título de campeão para Filipe Nyusi, que participou na Conferência sobre Capital Humano como um dos convidados de honra, uma vez que em 2022 foi considerado campeão de gestão de riscos de desastres naturais em África pela União Africana.

⛲ Evidências 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Relatório do Banco Mundial diz que dívidas ocultas e corrupção desviaram crescimento de Moçambique

 


Banco Mundial aponta as dívidas ocultas e a corrupção ligadas às elites políticas como a principal causa da derrapagem da economia de Moçambique. A instituição diz ainda que há uma supervisão inadequada das empresas públicas no país.

A informação é revelada num relatório sobres as actividades do Banco Mundial em Moçambique, apresentado esta quarta-feira, em Maputo, com o título “Lições de Uma História de Sucesso que Se Desviou”. O documento avança que, de 2008 a 2015, o crescimento económico de Moçambique se situou numa média de 7% ao ano, tendo sido travado com a suspensão da ajuda dos doadores após a descoberta do escândalo das dívidas ocultas.

“Após esta revelação, a moeda desvalorizou drasticamente, a inflação disparou, o espaço orçamental contraiu-se, o crescimento médio anual caiu para metade, investimento directo estrangeiro esvaiu-se, à medida que os investidores perderam a confiança no país”, lê-se no documento.

A avaliação do Banco Mundial explica as razões que levaram ao actual estado da economia: “Quatro factores contribuíram para esta situação tempestuosa: (1) a influência de poderosas elites no Aparelho do Estado; (2) o acesso em grande escala a financiamento não concessional associado à descoberta de grandes reservas de gás natural; (3) supervisão inadequada das empresas de Estado; e (4) fraco investimento público e gestão da dívida pública”.

O vice-ministro da Economia e Finanças respondeu, no evento, questões ligadas à má governação económica levantadas pela avaliação.

“O quadro de assistência para o país (pelo Banco Mundial), no período 2023-2027, foi aprovado e o engajamento que tivemos permitiu internalizar algumas lições que constam desta avaliação. O mais importante é investigar porquê usando a bateria de dados que a instituição dispõe com outras instituições multilaterais e fazer pesquisa para perceber como é que podemos transformar estas dinâmicas, porque são muitos biliões de dólares que se colocam à disposição dos países em desenvolvimento e o propósito último é conseguirmos optimizar a utilização destes recursos”, avançou Amílcar Tivane.

Por seu turno, António Niquice, Presidente da Comissão do Plano e Finanças da Assembleia da República, disse que o grande problema do Orçamento do Estado é ser demasiadamente deficitário, pois pouco mais de 40% do mesmo deve ser financiamento interno e externo, além das ajudas dos parceiros de cooperação.

Niquice defendeu ainda que a ajuda dos parceiros deve ser direccionada ao Orçamento do Estado, pois é mais fácil a Assembleia da República supervisionar a utilização dos recursos e garantir a devida transparência na aplicação dos mesmos.

A avaliação das actividades do Banco Mundial em Moçambique, entre 2008 e 2021, foi elaborada por um Grupo de Avaliação Independente, que incluiu especialistas do Centro de Crescimento Internacional.

⛲ O país 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Banco Mundial financia políticas de desenvolvimento em Angola com 458 milhões de euros

 


Instituição financeira aponta, entre as reformas, a remoção gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis.

O Banco Mundial vai conceder um financiamento para políticas de desenvolvimento e diversificação económico em Angola, no valor de 500 milhões de dólares (458 milhões de euros), para ajudar a minimizar os impactos sociais das reformas.

Num comunicado, a instituição financeira aponta, entre as reformas, a remoção gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis.

O empréstimo, conhecido pela sigla inglesa DPL, "apoia esta agenda e proporciona financiamento a Angola para ajudar a mitigar os impactos sociais, numa altura em que o aumento dos preços da gasolina em cerca de 87% está a causar dificuldades temporárias e um pico na inflação".

"Este financiamento ajudará a consolidar a agenda de reformas do governo e proporcionará o tão necessário apoio orçamental para reduzir os custos sociais a curto prazo da transição económica", segundo Juan Carlos Alvarez, representante do Banco Mundial para Angola, citado no mesmo documento.

O Banco Mundial sublinha que a dependência significativa de Angola do setor petrolífero expõe o país a choques externos e prejudica a economia não petrolífera, além dos custos significativos dos subsídios (cerca 3,1 mil milhões de dólares em subsídios em 2022) que mantêm os preços artificialmente baixos, impedindo mais investimentos capital humano e físico.

O financiamento do DPL apoia Angola em três áreas: medidas de redução das distorções económicas e reforço da resiliência do setor fiscal e financeiro de Angola, inclusão social e melhoria dos mercados e infraestruturas

Segundo o Banco Mundial, o programa de proteção social conhecido como Kwenda (transferências monetárias para famílias vulneráveis) ajudou a amortecer os choques económicos para mais de 600 mil agregados familiares nas zonas rurais de Angola, em maio de 2023, e espera-se que as políticas apoiadas pelo DPL expandam o programa para 1,6 milhões de agregados familiares em 2025.

⛲ CM

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Banco Mundial e FMI querem melhorias na gestão do Orçamento de Estado

 


O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) querem melhorias na gestão dos recursos canalizados ao Orçamento do Estado moçambicano. Para tal, sugerem a aprovação de uma nova lei de gestão da administração pública.

Para o efeito, uma missão das duas instituições financeiras internacionais esteve, hoje, na Assembleia da República, para discutir reformas que visem a melhoria da gestão dos recursos canalizados ao Orçamento de Estado.

Num breve encontro com a Comissão Parlamentar do Plano e Orçamento, sem a presença de jornalistas, as partes debateram os caminhos a serem seguidos pelo Estado para a melhoria das políticas de administração pública.

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“O objectivo final é que Moçambique tenha um quadro fiscal cada vez mais forte, no âmbito dos melhoramentos que já vêm sendo levados a cabo, como a aprovação de uma nova lei de gestão da administração pública, a melhoria do quadro de gestão do investimento público e toda uma série de gestão de risco público”, disse Fernanda Massarongo, analista de pesquisas do Banco Mundial.

Segundo Fernanda Massarongo, o papel das instituições financeiras internacionais é dar assistência. No tocante ao Fundo Soberano, a economista diz que é preciso que este torne sustentável a dívida pública de Moçambique.

“O objectivo final da assistência que se tem feito ao Governo é, essencialmente, garantir que a política fiscal é sustentável, que o quadro de política fiscal garanta que Moçambique, por exemplo, retorne para níveis de dívida cada vez mais sustentáveis, com menos risco e possa mandar para o mercado uma ideia de uma política fiscal mais responsável, mais credível e disciplinada”, disse a analista de pesquisas do Banco Mundial, em representação da missão conjunta.

Em relação ao debate sobre a proposta do Fundo Soberano no Parlamento, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento, António Niquice, está optimista.

“Estamos a finalizar, para colhermos e vermos em que medida os aspetos que foram levantados em sede da interação que fizemos com a sociedade civil, com os demais actores das forças vivas da sociedade possam acrescentar valor no documento final que se pretende que seja a lei sobre o Fundo Soberano de Moçambique”, afirmou Niquice, presidente da Comissão do Plano e Orçamento.

No geral, a expectativa da Comissão do Plano e Orçamento é que, ao longo da sessão em curso na Assembleia da República, a lei do Fundo Soberano ultrapasse as discórdias, seja aprovada e entre em vigor.

⛲ O País 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Banco Mundial reduz previsão de crescimento da economia moçambicana em 2023



Maior e mais conhecido banco de desenvolvimento do mundo prevê que a economia nacional alcance, este ano, uma taxa de crescimento de 5%. A taxa está alinhada com as previsões do Governo, através do PESOE, no entanto representa uma redução de um por cento nas projecções de crescimento.

A economia moçambicana vai crescer 5% este ano. Pelo menos é o que dizem as projecções mais recentes do Banco Mundial. No seu mais recente relatório sobre Perspectivas Económicas Globais, o maior e mais conhecido banco de desenvolvimento à escala global faz, no entanto, um corte nas previsões de crescimento da nossa economia. É que em Junho último, o Banco Mundial calculava que, em 2023, Moçambique pudesse atingir uma taxa de crescimento de 6%, daí que assinala, no documento que temos vindo a citar, uma redução de um por cento da projeção.

Um dos principais alicerces da projecção da instituição financeira são as exportações do gás natural, iniciadas ainda em 2022. Segundo o Banco Mundial, “espera-se que o aumento da procura de gás natural liquefeito de África impulsione o crescimento em Moçambique, embora com atraso porque a elevada insegurança na parte Norte do país interrompeu o desenvolvimento de um grande projecto offshore de gás natural”, dizem os analistas da instituição, referindo-se ao projecto do consórcio liderado pela petroquímica francesa Total, que, em 2021, interrompeu as operações com recurso à cláusula de força maior, dado o agravamento, na altura, dos ataques terroristas no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

Apesar da pacificação que tem sido alcançada em resultado da intervenção de forças militares estrangeiras no país (Ruanda e Força em Estado de Alerta da SADC, SAMMIM), o relatório publicado esta semana indica que “a incidência de violência e conflito na África Subsahariana continua elevada”, não só em Moçambique, como em países tais como Nigéria e Etiópia.

“Essa violência – um dos principais impulsionadores da insegurança alimentar e da pobreza – pode prejudicar ainda mais as actividades agrícolas e o fluxo de ajuda humanitária, bem como desencadear atrasos em projectos de investimento de grande escala nos sectores extractivos em alguns países”, reiteram os pesquisadores do Banco Mundial.

BANCO MUNDIAL ALINHADO COM PROJECÇÕES DO GOVERNO

De resto, a actual projecção de crescimento, feita pela instituição financeira, acaba por estar alinhada com as previsões do Governo, constantes do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) 2023. No documento, o Executivo projecta que “o crescimento da actividade económica para o ano de 2023 seja sustentado pelo desempenho positivo da indústria extractiva (23,1%), saúde e acção social (8,7%), agricultura (5,2%), construção (5,0%), administração pública, defesa e segurança social (3,8%), educação (3,5%), transportes e comunicações (3,2%), indústria transformadora e pescas, ambas com (2,5%) ”.

A média de crescimento de cerca de 5% é prevista em outros países da região da África Subsaariana, em que se prevê que o crescimento se fortaleça para em 2023 e 2024, ligeiramente abaixo da previsão de Junho.

“Espera-se que uma recuperação tardia da pandemia da COVID-19 ganhe força em muitos países, à medida que o alívio das pressões do custo de vida aumenta a demanda doméstica. Espera-se que alguns produtores de energia se beneficiem do aumento das exportações de petróleo e gás natural, os casos de Moçambique, Níger e Senegal.

AVANÇO NOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Em termos gerais, a economia global tem previsão de crescimento de 1,7% em 2023 e 2,7% em 2024. Nos países de língua oficial portuguesa, o Brasil deverá crescer 0,8%, devido às altas taxas de juros, que restringem os investimentos e às exportações que vêm crescendo em ritmo mais lento. Para 2024, a estimativa é de 2%.

Em Angola, a média de crescimento para o período de 2023 a 2024 deve desacelerar para 2,8%, antes do crescimento de 3,1% no ano passado. A produção de petróleo estabilizou-se, ajudando a melhorar a posição fiscal do país.

Porém, espera-se que os preços mais baixos do petróleo, associados às medidas de consolidação fiscal para reduzir a dívida pública, pesem sobre os gastos do Governo e limitem o crescimento económico.


Fonte: O país 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Banco Mundial diz que 10% da migração no mundo é causada pela falta de água

 


À medida que as alterações climáticas aceleram uma crise mundial de água, espera-se que a variabilidade das chuvas seja uma das forças que contribuem para a migração, de acordo com um novo relatório do Banco Mundial divulgado esta segunda-feira.

O relatório prevê que as cidades do mundo, que recebem migrantes e são agora o lar de 55% da população global, irão enfrentar um número crescente de eventos “dia-zero”, quando as torneiras secarem.

O relatório Ebb and Flow fornece a primeira avaliação global de sempre do impacto da água na migração. Baseia-se na análise do maior conjunto de dados sobre migração interna alguma vez reunido, abrangendo quase meio bilião de pessoas de 189 censos populacionais em 64 países, e vários conjuntos de dados nacionais e globais que foram combinados pela primeira vez.

No Médio Oriente e Norte de África (MENA), onde 60% da população vive em zonas de stress hídrico, o relatório observa que a água é já uma das principais vulnerabilidades enfrentadas pelas pessoas que vivem na região, particularmente as deslocadas por conflitos e as suas comunidades de acolhimento.

O relatório constata que os défices de água estão ligados a 10% do aumento da migração total dentro dos países entre 1970 e 2000. No final deste século, prevê-se que o agravamento das secas afecte cerca de 700 milhões de pessoas. Estes choques climáticos terão um impacto desproporcionado no mundo em desenvolvimento, com mais de 85% das pessoas afectadas a viverem em países de baixo ou médio rendimento. No entanto, muitas vezes, os pobres não se podem dar ao luxo de partir. O relatório conclui que os residentes de países pobres têm quatro vezes menos probabilidades de se deslocarem do que os residentes de países mais ricos.

Globalmente, os choques de água afectam não só o número de pessoas que se deslocam, mas também as competências que trazem consigo. Os migrantes que deixam regiões com menor precipitação e seca frequente possuem geralmente níveis de educação e competências inferiores aos de outros trabalhadores migrantes, o que implica salários significativamente mais baixos e menos acesso aos serviços básicos no seu destino. Isto levanta importantes implicações políticas para as cidades receptoras.

A insegurança hídrica é sentida com mais acuidade pelos milhões de deslocados à força e suas comunidades de acolhimento. A região MENA tem os níveis mais elevados do mundo de deslocação forçada, com uma estimativa de 7,6 milhões de refugiados, dos quais 2,7 milhões estão alojados na região, e 12,4 milhões de pessoas deslocadas internamente fugindo de conflitos prolongados.