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quarta-feira, 1 de março de 2023

Parlamento discute hoje à porta fechada relatório que “desmente” envolvimento de deputado no tráfico de drogas

 


Nem a PRM, nem o SERNIC, nem o GCCCOT, nem o SISE, ninguém confirma o envolvimento de um representante da Casa do Povo no tráfico de drogas (três quilogramas de metanfetamina) apreendidas no Porto de Macuse, Distrito de Namacurra, Província da Zambézia, no dia 05 de Novembro de 2022. A Comissão Parlamentar de Inquérito diz que não há evidência nenhuma que sustente as informações sobre o envolvimento de um deputado no tráfico de drogas na Zambézia.

A Assembleia da República discute esta quarta-feira, 10 de Março, à porta fechada, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para averiguar o alegado envolvimento de um deputado da Assembleia da República no tráfico de drogas na Zambézia. No documento de 56 páginas, os sete deputados que integraram a CPI dizem que não encontraram evidências de envolvimento de um deputado da Assembleia da República no tráfico de drogas.

Além de visitas a vários locais, incluindo onde foi apreendida a droga, a CPI ouviu várias instituições relevantes, com destaque para a Polícia da República de Moçambique (PRM) - entidade que fez a apreensão da droga; o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) – responsável pelas investigações posteriores que culminaram com a detenção do segundo indiciado; o Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT) – responsável pela instrução do processo-crime; Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) – responsável pela recolha e análise de informações estratégicas para a segurança do Estado; Instituto Nacional da Marinha (INAMAR) – regulador do sector da Marinha.Foram ainda ouvidos a Secretária de Estado da Província da Zambézia, um representante do Governador da Zambézia, Administrador de Namacurra, representantes da Procuradoria, Autoridade Tributária, da Base Naval de Macuse e outras entidades de base.

Tribunal adia julgamento de jornalistas da TV Sucesso e devolve à PGR para sanar irregularidades

 


Processo é movido por Cira Fernandes por ter sido citada numa peça noticiosa


Berta Muiambo e Luciano Valentim, ambos jornalistas da TV Sucesso, apresentaram-se, esta segunda-feira, ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal Ka-Mpfumo, por terem sido constituídos arguidos num processo de calúnia e difamação, movido por Cira Fernandes, antiga porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI). O referido processo, com o número 220/22-B, surge na sequência da publicação de uma matéria, no dia 20 de Junho de 2021, dando a saber que foram detidos três funcionários do Serviço de Migração em Nampula e, a queixosa é referenciada no final da peça noticiosa em memória ao caso da sua detenção e posterior julgamento amplamente difundido na imprensa na altura. Entretanto, a primeira audição, acabou sendo adiada e o respectivo processo enviado de volta ao ministério público para serem sanados alguns vícios processuais, dentre as quais a não notificação da própria televisão.

“(…) Refira-se que esta não é a primeira vez que funcionários do Serviço Nacional de Migração são detidos em conexão com esquemas de corrupção. Num passado recente, foi notícia na praça pública, que a porta-voz do SENAMI, a nível da Cidade de Maputo, foi detida pelo seu envolvimento no mesmo tipo legal de crime”.

Foi esta citação no fim de uma peça noticiosa sobre o envolvimento funcionários do Serviço Nacional de Migração em actos de corrupção em Nampula, que foi suficiente para atiçar a ira da antiga porta-voz do SENAMI, Cira Fernandes contra dois jornalistas da TV Sucesso, acusando-os de calúnia e difamação.

O processo pegou a todos de surpresa, pois constitui verdade que Cira Fernandes esteve detida, acusada de conexão com esquemas fraudulentos e de extorsão, tendo sido na altura bastante midiatizado, sobretudo pelo facto de ser uma pessoa mediaticamente exposta. Ademais, os órgãos de comunicação nos quais foi veiculada a notícia não só são credíveis, como também basearam-se em fontes oficiais.

Depois de várias fases de instrução com envolvimento do Serviçõ Nacional de Investigação Criminal e Procuradoria Geral da República, o processo seguiu para julgamento, mas a primeira audição que estava marcada para esta segunda-feira, na II Secção do Tribunal Judicial do Distrito Municipal de Kamphumo, Cidade de Maputo, acabou sendo adiada e o processo baixou para o Ministério Público de forma a corrigir alguns vícios processuais. Por isso não foi fixada nova data.

A medida cautelar foi tomada pela juíza ainda na fase da chamada dos indivíduos notificados, quando os advogados de defesa interferiram solicitando que fosse corrigida a irregularidade resultante da não notificação formal do representante legal da TV Sucesso como arguido do processo em alusão.

Na ocasião, o mandatário judicial da ofendida até tentou reverter a situação, considerando que a questão levantada pelo advogado dos arguidos era improcedente, acrescentando que a mesma constitui uma manobra dilatória para que o julgamento não pudesse ocorrer.

Após alguns momentos de compulsa dos autos, a juíza referiu que realmente a formalidade em discussão não foi cumprida, ou seja, a constituição da TV Sucesso em arguido na pessoa do seu representante, rematando que “a ordem está no Código de Processo Penal mas não foi cumprida”, referiu a juíza do caso.

Pelo ponto acima exposto, a audiência ficou interrompida devendo se remeter os autos ao Ministério Público para nos termos do disposto do artigo 66 do Código de Processo Penal possa fazer a formalização do evento em alusão.

À saída, o advogado de defesa dos jornalistas, disse que o processo ainda não terminou e que houve uma interrupção do mesmo com vista a regularização de alguns aspectos de ordem formal-técnico que impediam que o julgamento se realizasse, especificamente o facto de não ter sido constituída arguida a TV Sucesso embora conste uma ordem para o efeito.

“Este é que foi o factor determinante suscitado e que justifica que o processo baixe para serem regularizadas essas situações. O processo ainda está a correr e dentro do julgamento haverá espaço para apresentação da prova por parte da acusação e nós teremos o papel de apresentar a contraprova”, referiu, garantindo que “como defesa vamos tentar aproveitar ao máximo aqueles que são os elementos de força que possam no fundo afastar qualquer responsabilidade para a televisão”.

Quanto à possibilidade de se saírem vitoriosos do caso, o mandatário da defesa avançou que “o nosso papel é apresentar os argumentos e fundamentos, e se eles forem analisados com base na lei tenho a convicção que o tribunal saberá apreciar e dar valor aos argumentos que nós vamos apresentar”, referiu, alertando que num processo judicial não há vitorias antecipadas.                  

Nas interrogações havidas no SERNIC, durante a instrução do processo foram ouvidos os dois jornalistas e mais um, no caso, Romeu Carlos, que redigiu a matéria. Este último, arrolado como potencial testemunha

Terroristas desafiam Cristóvão Chume e atacam aldeia Muambula

 


O Governo, através do ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, reafirmou, recentemente, a prontidão das forças que se encontram no Teatro Operacional Norte para repelir possíveis ataques do inimigo. Volvidos cinco depois do discurso de Chume, os terroristas protagonizaram mais um ataque no distrito de Muidumbe, por sinal, a sete quilômetros de onde o governante proferiu o seu discurso, ou seja, na aldeia Muambula.

A nova incursão dos terroristas, segundo dados na posse do Evidências, aconteceu no sábado, 25 de Fevereiro e culminou com a morte de uma pessoa, sendo que há igualmente registo de feridos

A aldeia Muambula, distrito de Muidumbe, foi, no dia 20 do mês em curso, palco da Abertura Ano Operativo das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, tendo na ocasião o ministro da Defesa Nacional declarado que as forças que estão na linha da frente no combate contra o terrorismo estão em prontidão para responder possíveis ataques do inimigo.

Entretanto, os terroristas decidiram dar o ar da sua graça e atacaram aldeia onde Cristóvão Chume anunciou o alvoroço das Forças de Defesa e Segurança para repelir possíveis ataques.

O medo e receio de um novo ataque tomou conta da população da aldeia Muambula que refugiou-se na sede do posto administrativo de Miteda.


⛲ Evidências 

Moçambique deve adoptar medidas arrojadas para combater terrorismo

 


O presidente da Associação de Juízes, Carlos Mondlane, defende que o país deve adoptar medidas arrojadas para combater eficazmente o terrorismo e o branqueamento de capitais. Já Abdul Nurdin e João Nhampossa dizem que as autoridades não se podem deixar pressionar pela necessidade de tirar Moçambique da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional, violando direitos fundamentais do cidadão.

Depois dos pronunciamentos do Presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga, esta segunda-feira, que propôs, entre outros, o uso de meios invasivos para obtenção de provas contra o branqueamento de capitais, o presidente da Associação de Juízes reagiu esta terça-feira.

Carlos Mondlane defende que não se pode combater o terrorismo com base no direito comum, em que os direitos fundamentais são bastante salvaguardados, muito acima dos interesses de toda a nação.

“Quando o Estado usa mecanismos de direito comum, do direito civil, para procurar dar resposta ao terrorismo, muitas vezes não logra resultados positivos, porque o direito comum é o garante dos direitos, liberdades e garantias e, perante isto, o Estado não tem como concorrer de igual para igual que o terrorismo. Nós temos que saber encontrar uma resposta, no mínimo, criativa, para fazer o enfrentamento do fenómeno terrorismo”, explicou Carlos Mondlane.

O presidente da Associação de Juízes explica o seu posicionamento baseado em exemplos de países como a França e os Estados Unidos, onde, depois de eventos catastróficos ligados a acções terroristas, foram tomadas algumas medidas mais robustas que, de certa forma, restringiram as liberdades dos cidadãos daqueles países, mas para salvaguardar os interesses supremos e a segurança da nação.

Já o jurista Abdul Nurdin diz que em nenhuma circunstância se deve violar os direitos fundamentais dos cidadãos, em nome de um interesse nacional.

“A proposta avançada pelo Presidente do Tribunal Supremo, particularmente sobre a não necessidade de obtenção de uma autorização judicial para ser efectuado qualquer tipo de buscas ou até prisão preventiva, isto de forma clara vem violar grosseiramente os direitos fundamentais do cidadão”, disse.

Para Nurdin, mais do que reformas legais, é preciso aplicação efectiva da legislação existente para que o país não assista a um retrocesso legal.

“Até o final de 2022, Moçambique não tinha nenhum processo de branqueamento de capitais efectivamente julgado ou com a sentença transitado em julgado. Isto traz a realidade de que, na verdade, não estão a ser usados os mecanismos que se encontram ao nosso dispor.”

João Nhampossa, por seu turno, falando esta segunda-feira, durante o programa Noite Informativa, disse que falta vontade das autoridades no combate aos crimes transnacionais.

“É um problema, no meu entender, de preguiça das instituições de justiça e investigação e outro sobre corrupção. No que concerne à investigação do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, o SERNIC, o Gabinete Central de Combate à Corrupção, o próprio judiciário, os recentes relatórios apontam que são altamente corruptos. Então, como é que estas instituições que têm capacidade investigativa sobre estas matérias, sendo corruptas, podem investigar?”, questionou Nhampossa


⛲ O País 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Quarenta migrantes mortos em naufrágio na Itália



Pelo menos 40 migrantes morreram, este domingo, depois de o barco em que viajavam ter naufragado em Cutro, a 20 quilómetros de Crotone, na costa sul de Itália. Os corpos foram encontrados na praia, na localidade de Steccato, e entre as vítimas está um recém-nascido.

Segundo a imprensa internacional, cerca de cinquenta pessoas foram resgatadas, enquanto a busca por outros sobreviventes continua.

O barco no qual viajavam os migrantes, vindos do Irão, Afeganistão e Paquistão, terá batido contra as rochas devido à agitação marítima.

De acordo com fontes, os migrantes “não chegaram a tempo de pedir ajuda” e alguns dos sobreviventes terão chegado à costa sem auxílio.

Citando fontes portuárias não identificadas, a televisão italiana RAI disse que o navio transportava mais de 100 migrantes.

Mais de 7.700 migrantes desembarcaram na costa de Itália desde o início do ano, em comparação com as 4.263 que chegaram no mesmo período do ano anterior.

Face ao aumento de chegadas, o parlamento italiano aprovou um decreto do Governo, no dia 14 de Fevereiro, que obriga uma organização a solicitar o desembarque de migrantes imediatamente após um resgate e atribui portos distantes para desembarcar os resgatados.

Cabo Delgado: Camponeses vão beneficiar de novo sistema de irrigação

 


Os beneficiários são cerca de 8 mil camponeses deslocados pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, que, entre Abril e Maio próximos, irão beneficiar de 2 mil 500 sistemas de irrigação.

A informação foi avançada, em Maputo, pela directora de Programas na ActionAid Moçambique, Márcia Cossa, durante o lançamento do “MoneyMaker Starter”, um sistema de irrigação portátil inovador.

Com a duração de quatro anos, e financiado pela USAID, o projecto está orçado em 3 milhões de dólares, que serão investidos na distribuição das bombas, treinamento do uso e manutenção das mesmas, bem como em outras tecnologias de produção.

“Actualmente, o projecto está a ser implementado nos distritos da província de Mueda, Montepuez, Metuge e Chiúre”, disse, citada pela AIM.

Guerra na Ucrânia: Mais de 10 mil pessoas protestam em Berlim

 


Cerca de 10 mil pessoas manifestaram-se, este sábado, no centro de Berlim para pedir negociações com Moscovo, em vez da entrega armas a Kiev. Os protestos aconteceram para marcar um ano após a invasão russa na Ucrânia.

A manifestação, que teve como slogan “Levante-se pela paz”, os manifestantes tomaram a palavra para pedir diplomacia em vez de entrega de armas.

Os manifestantes acusam o governo do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, de promover uma escalada belicista com a ajuda militar a Kiev. Os protestos foram antecedidos de uma petição online que obteve apoio de mais de 620 mil assinaturas, de acordo com o site change.org.

Os organizadores da manifestação quererem ver “negociações e comprometimentos” de ambos os lados do conflito na Ucrânia, para evitar que ele se transforme em uma possível guerra nuclear.

Segundo um porta-voz da polícia de Berlim, outras manifestações do mesmo movimento foram anunciadas, assim como contramanifestações. Com receio de confrontos, a polícia mobilizou cerca de 1.400 efectivos.

Igualmente em Madrid, centenas de pessoas manifestaram-se este sábado a favor da paz na Ucrânia e contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a NATO, exigindo o fim da guerra através de um caminho pacífico, que não contribua para a “escalada belicista” que, segundo os manifestantes, está a ser promovida tanto pela Rússia como pela Aliança Atlântica.

Os manifestantes marcharam pelo centro da capital até chegar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Oposição acusa FRELIMO de "inviabilizar" eleições distritais

 


A RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, acusou a FRELIMO de "inviabilizar" a realização das primeiras eleições distritais no país e de colocar em causa o "espírito da reconciliação nacional e da paz".

"O partido FRELIMO não pretende, não quer que se realizem as eleições distritais", enfatizou esta sexta-feira (24.02) Venâncio Mondlane, deputado e relator da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na Assembleia da República.

Mondlane falava em conferência de imprensa, depois de na quarta-feira (22.02) a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) ter chumbado dois projetos de lei considerados pelo maior partido da oposição como "a base" para a realização das primeiras eleições distritais, marcadas para 2024 pela Constituição da República.

O relator da bancada da RENAMO acusou ainda o partido no poder de prejudicar o "espírito de reconciliação nacional e da paz" preconizados nos entendimentos entre as duas principais forças políticas do país.

"Além de inviabilizar o processo de eleições distritais, a FRELIMO também deixa um sinal claro de que não há interesse em manter o espírito que levou a estes acordos", declarou Venâncio Mondlane.

Venâncio MondlaneVenâncio Mondlane

A RENAMO vai manter a luta pela realização de eleições distritais, através de meios legais, garantiu Venâncio MondlaneFoto: Roberto Paquete/DW

O deputado avançou que a RENAMO vai manter a luta pela realização de eleições distritais, através de meios legais.

Questionado sobre se as divergências em torno do referido escrutínio afetam o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da RENAMO, o deputado remeteu a resposta para "os acordos específicos" sobre esta matéria.

Venâncio Mondlane acusou ainda o Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, de "vitupério ao cadáver" do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, uma vez que a realização das eleições distritais faz parte dos acordos que os dois dirigentes alcançaram.

A bancada da FRELIMO rejeitou a inclusão dos projetos de lei das assembleias distritais e do quadro institucional dos distritos no rol das matérias da sessão plenária que arrancou na quarta-feira.

O posicionamento da bancada do partido no poder está em linha com o repto lançado por Filipe Nyusi de que o país deve refletir sobre a viabilidade das eleições distritais em 2024.


⛲Dw

Um ano de guerra na Ucrânia: China apela a Cessar-fogo



No dia em que se assinala um ano desde o início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia, a China apelou a um cessar-fogo e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito.

O plano agora divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês também pede o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a evacuação de civis e ações para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

O primeiro ponto destaca a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia. A China afirma neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

O Governo chinês apela ainda ao fim da "mentalidade da Guerra Fria" - um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. "A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares", sublinha, numa critica implícita ao alargamento da NATO.

Na quinta-feira (23.02), a China absteve-se quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução não vinculativa a pedir que a Rússia encerre as hostilidades na Ucrânia e retire as suas forças. A resolução, redigida pela Ucrânia em consulta com os seus aliados, foi aprovada por 141 votos a favor. Sete países votaram contra e 32 abstiveram-se. 

Votaram contra este texto, que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura", Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua. Entre os 32 países que se abstiveram figuram também Angola, Moçambique e Cuba.

"Não se criem ilusões quanto à China"

A China procura há semanas desempenhar um papel de mediador no conflito ucraniano. Mas o chanceler alemão considera que não se devem criar "ilusões" quanto à China, que "ainda não tomou posição contra a Rússia", lembrou Olaf Scholz, durante uma entrevista à estação de televisão ZDF.

Scholz reiterou ainda a sua oposição ao fornecimento de armas chinesas à Federação Russa, no quadro deste conflito. "Já o disse claramente, durante a minha última reunião com representantes chineses, que isso não pode ser aceite", disse.

Chanceler alemão Olaf Scholz no programa Chanceler alemão Olaf Scholz no programa 

Esta semana, os EUA acusaram a China que tencionar fornecer armas à Federação Russa, para apoiar a sua invasão da Ucrânia, o que Pequim desmentiu.

Numa mensagem que assinala o primeiro aniversário da invasão russa ao país vizinho, o chanceler alemão também assegurou que Vladimir Putin "não vai alcançar os seus objetivos imperialistas" na Ucrânia.

"Putin tem todas as cartas na mão. Ele pode acabar com esta guerra", acrescentou Scholz, sublinhando que "o Presidente russo falhou", já que "apostou na divisão e aconteceu o contrário".

Um ano de guerra 

Foi há precisamente um ano que o mundo dos ucranianos desabou. Na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022, ouviram-se fortes explosões na capital da Ucrânia. As sirenes voltaram a tocar no Leste do velho continente.

Era o início da invasão russa na Ucrânia. Mísseis de longo alcance caíram em território ucraniano. As tropas russas avançaram em direção à capital ucraniana, cumprindo a ordem expressa do Presidente Vladimir Putin de realizar a "operação militar especial" na Ucrânia. O objetivo, segundo Putin, era liquidar os nazis na Ucrânia.

"Há um ano, para proteger as pessoas nas nossas terras históricas, para garantir a segurança do nosso país, para eliminar a ameaça que veio do regime neonazi que se desenvolveu na Ucrânia após o golpe de Estado de 2014, foi decidido conduzir uma operação militar especial. E, passo a passo, resolveremos cuidadosa e consistentemente as tarefas que temos diante de nós", disse o chefe de Estado russo esta semana.

Quando lhe oferecem um avião para abandonar a Ucrânia, o Presidente Volodymyr Zelensky disse: "Preciso de munições para lutar, não de uma boleia. Não vamos depor as nossas armas. Defenderemos o nosso país. As nossas armas são a nossa força e esta é a nossa terra, o nosso país e as nossas crianças. Vamos protegê-los a todos."

Foi um momento que mudou o rumo dos acontecimentos. Instalava-se assim a mais longa e sangrenta guerra num país europeu desde a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945.

Mundo à beira do abismo

Um ano depois, o balanço é trágico: dezenas de milhares de soldados mortos ou feridos, milhares de civis ucranianos mortos, incontáveis cidades destruídas. Em todo o mundo escasseia a energia, sobe a inflação e em muitos países em desenvolvimento cresce a fome.

Segundo o secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, um ano depois da agressão russa, o mundo está à beira do abismo:

"A guerra está também a fomentar a instabilidade regional e a alimentar tensões e divisões globais, enquanto desvia a atenção e os recursos de outras crises e questões globais prementes. Entretanto, temos ouvido as ameaças implícitas de utilização de armas nucleares. A chamada armas nucleares de utilização tática é totalmente inaceitável. Chegou o momento de nos afastarmos da beira do abismo."


Um ano após invasão russa da Ucrânia segundo um fugitivo


Para quando a paz?

Até agora, nenhum lado da guerra está disposto a negociar a paz. Mas a pressão externa aumenta. O Presidente russo, Vladimir Putin, não conseguiu ocupar toda a Ucrânia, como pretendia, mas controla cerca de um quinto do país.

Esta semana, no seu mais recente discurso sobre o estado da nação, Putin não deu qualquer indicação de que está pronto a ceder. Pelo contrário: "É impossível derrotar o nosso país no campo de batalha", afirmou. E agravou a tensão ao anunciar que Moscovo vai suspender a sua participação no tratado de armas.

Presidente Zelensky enalteceu hoje cidades atacadas como Presidente Zelensky enalteceu hoje cidades atacadas como 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insiste que todo o território ocupado pela Rússia, incluindo a Crimeia, será reconquistado. A Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos", disse hoje Zelensky num discurso difundido através das redes sociais e que assinala um ano sobre o início da invasão da Rússia contra a Ucrânia. 

"O mundo viu aquilo que a Ucrânia é capaz. São os novos heróis: os defensores de Kiev, os defensores de Azovstal (Marioupol). Kharkiv, Tcherniguiv, Marioupol, Kherson, Mykolaiv, Gostomel, Volnovakha, Boutcha, Irpin, Okhtyrka. Cidades dos heróis. Capitais da invencibilidade", destacou.

De Londres a Berlim, passando também por Bruxelas ou Nova Iorque, um ano de guerra será assinalado com cerimónias oficiais, manifestações, observação de minutos de silêncio, conferências e iluminação de edifícios com as cores da bandeira ucraniana: azul e amarelo.


⛲Dw

FDS de Moçambique apresentam três terroristas que se entregaram às autoridades

 


As Forças Armadas de Defesa de Moçambique-FADM apresentaram, esta quinta-feira (23), à comunicação social, na vila de Mocímboa da Praia, três (3) indivíduos que militavam nas fileiras terroristas e que, de forma voluntária, se entregaram às autoridades.

O Comandante do Exército, Tiago Alberto Nampele, descreveu, no acto de apresentação, que os terroristas se entregaram como resultado de várias operações desenvolvidas pelas Forças de Defesa e Segurança. Entretanto, os três terroristas confirmaram terem participado em ataques a várias aldeias dos distritos de Macomia, Muidumbe, Nangade, Palma e Mocímboa da Praia.

Os terroristas em referência são: Abdremane Issa de 31 anos, Nze Assumane de 45 e Buanamade Ali de 30, e são todos naturais de Mocímboa da Praia, tendo exercido várias funções, entre as quais, de combate, carregamento de produtos saqueados e auxílio médico no tratamento dos feridos.


⛲Cartamoz