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sexta-feira, 10 de março de 2023

Grupo de cidadãos deposita petição para impugnar a Tabela Salarial Única



No âmbito dos seus direitos, constitucionais e legais, ao abrigo da alínea g) do número 2 do artigo 244 da Constituição da República, e da alínea g) no número do artigo 64 nº 2/2022, Lei Orgânica do Conselho Constitucional, um grupo de cidadãos submeteu, na quinta-feira, 09 Março, uma petição ao Conselho Constitucional para impugnar o Decreto nº 3/2023, de 17 de Janeiro, que alterou o Decreto 55/2022, de 14 de Outubro e aprova dos Funcionários e Agentes de Estado (FAE).

O Executivo pretendia a partir de Julho do ano passado pagar salários na Tabela da Tabela Salarial Única, mas as incongruências detectadas acabaram adiando a entrada em vigor daquele instrumento.

Depois de sanar as incongruências, o Governo levou o instrumento para a Assembleia da República, tendo o mesmo sido aprovado pelas três bancadas, sendo que para o efeito foi aprovado o Decreto 55/2022, de 14 de Outubro.

Entre Outubro e Dezembro de 2022, os Funcionários e Agentes de Estado tiveram remunerações na base do Decreto 55/2022, de 14 de Outubro. Entretanto, em Janeiro do corrente ano, o Governo aprovou o Decreto nº 3/2023, de 17 de Janeiro, alterando o anexo I do decreto aprovado em Outubro.

O Decreto nº 3/2023, de 17 de Janeiro reduziu drasticamente as remunerações de todos FAE o que, de certa forma, criou uma onda de indignação no seio dos mesmos.

Insatisfeitos com a postura do Executivo na implementação da Tabela Salarial Única, na quinta-feira, 09 de Março, um grupo de cidadãos representados pelo advogado Saimone Macuaina depositaram petição no Conselho Constitucional para impugnar na Tabela Salarial Única no âmbito de do Processo de Fiscalização sucessiva abstrata da constitucionalidade se legalidade.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Morreu Azagaia


O ‘rapper’ moçambicano Azagaia morreu aos 38 anos, anunciou ontem a Televisão de Moçambique (TVM) citando fonte familiar, sem esclarecer as causas da morte.

Azagaia era o nome artístico de Edson da Luz, autor de letras de intervenção que lhe valeram, entre outros, o título de “’rapper’ do povo”.

“Estou extremamente chocada. Sem dúvida que a música e a cultura moçambicana estão de luto. O mundo perdeu um ‘rapper’ único“, disse à Lusa a ministra da Cultura moçambicana, Eldevina Materula, em reação à notícia.

Azagaia ficou célebre pela crítica aberta à governação do país, de tal forma que em 2008 chegou a ser questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Três dias depois de violentas manifestações que paralisaram a capital, Maputo, devido a aumentos de preços, lançou o tema "O povo no poder".

“Perguntaram-me se a música não pode incitar as pessoas à violência", disse à Lusa, depois de ouvido na PGR, onde respondeu que “não”, porque “uma obra artística é suscetível de interpretação”.

"Já não caímos na velha história/ Saímos p'ra combater a escória/ Ladrões/ Corruptos/ Gritem comigo p´ra essa gente ir embora/ Gritem comigo pois o povo já não chora", debitava Azagaia ao microfone.

As rimas não passavam na rádio e televisão públicas e os deputados da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde a independência, apontavam-no como intérprete da oposição.

Em 2014, suscitou polémica ao surgir num programa de televisão a enrolar um cigarro com ‘cannabis’, justificando-o com fins terapêuticos e depois de já ter sido detido pela polícia por duas ocasiões.

Poucos meses depois do escândalo, anunciava na Internet o fim da carreira.

“Acho que vou dar aquilo que me pode custar a vida e impedir de ver os meus filhos crescerem”, referiu, sem esclarecer o que o ameaçava, e dizendo que já estava tudo dito nos dois álbuns “Babalaze” e “Cubaliwa”.

Mudou-se para a Namaacha, terra natal, 75 quilómetros a sul de Maputo: “Se for para eu morrer, prefiro que seja lá", rematava o ‘rapper’, filho de pai cabo-verdiano e mãe moçambicana.

Ainda em 2014, anunciou que padecia de um tumor cerebral e foi criada uma campanha de angariação de fundos que juntou 20.300 euros para lhe custear uma cirurgia na Índia.

A campanha juntou contribuições de fãs em Moçambique, África do Sul e Angola.

Edson da Luz voltou ao palco ano e meio depois, num concerto numa discoteca de Maputo em abril de 2016, mas desde então permaneceu numa posição muito mais discreta no panorama artístico moçambicano.

Entre outros títulos, os fãs chamavam-lhe “o ‘rapper’ do povo” e muitos identificavam-no como autor do tema "As Mentiras da Verdade".

A faixa surgiu do seu álbum “Babalaze” (que significa "ressaca" na língua changana) uma adaptação da obra poética “Babalaze das Hienas” do defunto poeta moçambicano José Craveirinha.

“E se eu te dissesse/ Que a oposição neste país não tem esperança/ Porque o povo foi ensinado a ter medo da mudança/ Mas e se eu te dissesse/ Que a oposição e o governo não se diferem/ Comem todos no mesmo prato/ E tudo está como eles querem”, reza a letra de um dos temas icónicos de Azagaia.

⛲ Carta

quarta-feira, 8 de março de 2023

Oposição moçambicana acusa Governo de burlar funcionários



O Governo terá burlado os funcionários públicos ao aplicar a Tabela Salarial Única, dizem representantes da oposição. MDM pede explicações sobre alegado desvio de verbas do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.

O Parlamento moçambicano chamou esta quarta-feira (08.03) o Governo para dar explicações sobre os contornos da Tabela Salarial Única (TSU). 

António Muchanga, deputado da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), considera que a TSU foi "a maior burla" de sempre do Governo aos funcionários públicos.

"Para se embrulharem com sucesso, de forma premeditada e maquiavélica, criaram um número infindável de decretos e em seguida os revogaram, para no seu lugar criar outros decretos, que também revogaram, e depois outros. Fizeram enquadramentos e reenquadramentos. Tudo com o intuito de atrapalhar e embrulhar o funcionário público. O resultado é que muitos hoje estão na incerteza", disse o parlamentar do maior partido da oposição.

O primeiro-ministro Adriano Maleiane sacudiu as críticas da oposição, reiterando que a ideia é criar justiça salarial na Função Pública.


António Muchanga


"A implementação da Tabela Salarial Única irá permitir assegurar a estabilidade e profissionalização dos recursos humanos na Função Pública, bem como eliminar as disparidades salariais, trazer maior equilíbrio e justiça salarial nos diferentes setores com os mesmos qualificadores e categorias profissionais", lembrou Maleiane.

MDM: "Há ou não há sumiço de dinheiros públicos?"  

Durante a sessão desta quarta-feira, o deputado do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Silvério Ronguane, exigiu também explicações sobre o alegado desvio de verbasno Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGD).

"Digam a verdade, há ou não há sumiço de dinheiros públicos?", exigiu. "Porque acontece isso quando chove ou quando há vento? Não há planificação? Não se sabia que este ano, como no passado, haveria chuva e vento? O que aconteceu?"


Silvério Ronguane

Silvério Ronguane, do MDM, pediu explicações sobre o alegado desvio de verbas destinadas ao combate a calamidadesFoto: Arcénio Sebastiao/DW

A denúncia sobre o desvio de verbas partiu do Centro de Integridade Pública de Moçambique (CIP). O Banco Mundial teria suspendido, em novembro passado, os repasses ao INGD, devido a interrogações sobre o uso dos fundos. Nas cheias que afetaram o distrito de Boane, na província de Maputo, houve duras críticas à gestão das calamidades pelas autoridades.


FRELIMO: "Governo agiu com eficácia e rapidez"

Faruk Osmam, deputado da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), entende, no entanto, que o Governo agiu de forma rápida e eficaz.

"Por via do INGD, acudiu de imediato as populações afetadas, mobilizando meios de salvamento e de resgate, montando com prontidão os centros de acolhimento e coordenando com eficiência os comités locais de gestão de riscos." 

O Governo assegura que a ajuda foi reforçada com meios de salvamento e a ativação dos centros operativos de emergência nas províncias. 

Mozambique's Prime Minister press conferenceMozambique's Prime Minister press conference

Adriano Maleiane 

O primeiro-ministro moçambicano defendeu as políticas do seu Governo, classificando-as de "eficazes"Foto: picture alliance / dpa

Segundo o primeiro-ministro Adriano Maleiane, "o reforço da atuação do centro nacional operativo de emergência e centros operativos provinciais e distritais está a concorrer para uma maior sensibilização e disseminação de alertas e medidas preventivas". 

"Reforçámos o pré-posicionamento de meios de salvamento assim como continuamos a providenciar assistência humanitária e sanitária à população afetada", salientou Maleiane

Mphanda Nkuwa reúne-se com instituições financeiras internacionais para a Avaliação Ambiental, Social e Governança



O Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), em parceria com Associação Internacional de Hidroeletricidade (International Hydropower Association (IHA), reuniram, reuniu-se, na terça-feira, 07 de Março, na cidade Maputo, com instituições financeiras internacionais para a apresentação da avaliação de sustentabilidade Ambiental, Social e Governança (ESG) do projecto, por sinal um requisito de financiamento daquelas instituições para empreendimentos similares à dimensão e natureza do Mphanda Nkuwa.

De acordo com o Gabinete de Implementação Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, com um custo estimado de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, o encontro com o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Agencia Francesa de Desenvolvimento, Agencia de Cooperação o Japão, Fundo Norueguês de Investimento, entre outras, visava colher subsídios e falar do actual estágio do projecto.

“O objectivo principal deste evento foi de colher comentários e subsídios das instituições financeiras e informar sobre os trabalhos em curso, que serão fundamentais para as fases seguintes com relação ao processo de certificação, na base de melhores práticas internacionais estabelecidas na Norma Hidroeletricidade Sustentável”, refere o comunicado do GMNK.

Em Novembro de 2022, foi realizado o workshop de avaliação da sustentabilidade hídrica com enfoque no Projecto Mphanda Nkuwa, com recurso ao uso da ferramenta HESG – Hydropower Environmental, Social and Governance Gap Analysis Tool, ou seja, Parâmetros da Avaliação da Sustentabilidade de Hidroelectricidade, de acordo com a visão de transparência e melhoria contínua do projecto.

Refira-se que, como parte deste processo, o GMNK promoveu em coordenação com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), igualmente, um seminário, na província de Tete, para partilhar a experiência desta avaliação, com vista a melhorar a tomada de decisão, o alinhamento com as expectativas das instituições financeiras, e engajamento com a sociedade civil.


⛲ Evidências 

Ciclone Freddy torna-se o único na história a durar um mês, escreve Luiz F. Nachtigall

 


Tempestade Freddy cruzou todo o Índico da Ásia para a África, completou mais de um mês e se tornou o ciclone tropical de maior duração da história.

A história está sendo reescrita na climatologia dos ciclones tropicais e com marcos incríveis. Denominar a tempestade de “extremamente rara” talvez seja pouco para o ciclone Freddy. É um sistema único, como nunca visto antes, que cruzou um oceano inteiro, avançou de um continente para outro e completa agora mês, estando na iminência de se tornar o ciclone de mais longa duração já documentado na história.

Os sinais de que este ciclone seria excepcional começaram em 3 de fevereiro, quando Freddy se originou entre o Noroeste da Austrália e a Indonésia. Na primeira situação muito rara, o ciclone tropical atravessou todo o Oceano Índico de 10 mil quilômetros de largura da Oceania e o Sudeste Asiático até alcançar a África.

Freddy originou-se de uma área de baixa pressão em meio às monções. Em 6 de fevereiro, 15 dias antes de tocar terra pela primeira vez em Madagascar, tanto o Bureau de Meteorologia da Austrália quanto o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) relataram a formação do ciclone tropical Freddy a cerca de 676 quilômetros a Noroeste da costa noroeste. da Austrália.

Freddy foi ainda a primeira tempestade de categoria 5 de 2023 e quebrou o recorde de maior quantidade de energia de um ciclone já registrada no Hemisfério Sul. O ciclone não tocou terra só uma vez em Madagascar e Moçambique, mas duas vezes.

O ciclone Freddy é o de maior duração que o mundo já documentou. Com mais de 30 dias de vida, Freddy quebra o recorde anterior estabelecido em 1994 de uma sequência de 31 dias do furacão John no Pacífico. Como Freddy prossegue, o recorde de 31 dias de maior duração já vista de um ciclone acabou superado.

Os dados sobre este ciclone são assombrosos. O ciclone tropical Freddy é a única tempestade conhecida a ter alcançado cinco ciclos separados de intensificação rápida, um processo que ocorre em ciclones tropicais intenso, de acordo com os registros do IBTrACS, a coleção global de dados mais completa de ciclones tropicais disponível. Freddy é apenas um dos quatro ciclones tropicais registrados que viajaram por todo o Sul do Oceano Índico, de acordo com o banco de dados histórico de furacões da NOAA. Ele atingiu o pico de intensidade equivalente a um furacão de categoria 5 durante o fim de semana de 18 a 19 de fevereiro, apenas o 20º ciclone tropical a atingir tal marca no Sul do Oceano Índico desde 1989.

Em termos de energia (Accumulated Cyclone Energy ou ACE em Inglês), uma métrica integrada que contabiliza a frequência, intensidade e duração dos ciclones tropicais, Freddy é agora o recordista de todos os tempos para o Hemisfério Sul. A tempestade bateu o recorde de energia do ciclone Fantala de 2016.

Mais. O ciclone Freddy gerou o maior ACE de qualquer ciclone tropical na Terra desde o tufão Ioke em 2006, que foi uma tempestade intensa e de longa duração que percorreu o Oceano Pacífico Central e Ocidental, atingindo um pico de intensidade de categoria 5 durante seus 17 dias jornada. Na segunda-feira, o ACE de Freddy estava em 70,8 unidades, a apenas 14,5 unidades ACE de quebrar o recorde mundial de 85,3 unidades ACE atualmente detido pelo tufão Ioke. O ACE de Freddy superou o do furacão Irma, no Atlântico, em 2017.

O ciclone tocou terra em Madagascar, cruzou a ilha e rumou para o continente africano, onde alcançou Moçambique. Neste ponto, ao avançar sobre terra, o imaginado é que iria se dissipar, mas a tempestade retornou para o mar e voltou a ganhar energia, oscilando entre Moçambique e Madagascar. De acordo com um estudo publicado na revista Weather and Forecasting em outubro de 2004, menos de 5% dos ciclones tropicais do Sul do Oceano Índico atingem a costa Leste da África Austral.

Como isso foi possível? Após tocar terra pela segunda vez, Freddy castigou Moçambique com chuvas tropicais por seis dias seguidos, depois parou e enfraqueceu. O enfraquecimento encolheu o ciclone verticalmente, permitindo que os ventos locais empurrassem o ciclone para o Leste. Um movimento como esse é anormal, pois os sistemas normalmente se movem de Leste para Oeste nesta parte do mundo, mas Freddy mudou para o sentido oposto e voltou a atingir Madagascar. A tempestade, que está ativa há um mês, foi responsável por quatro mortes adicionais em Madagascar, quase duas semanas após o primeiro impacto no país.

Veja no mapa como o ciclone tropical Freddy passou pela ilha de Madagascar duas semanas atrás, avançou para Moçambique e depois o Zimbábue, retornou para Moçambique, voltou ao mar, atinge novamente agora Madagascar, e tende a retornar para Moçambique para tocar terra pela terceira vez

Freddy deixou ao menos 21 mortos em Moçambique e Madagáscar. De acordo com o relatório publicado pelas Nações Unidas (ONU), em Madagáscar, 226 mil pessoas foram afetadas pela tempestade. Já em Moçambique foram outras 163 mil pessoas. Devido às chuvas, diversos povoados ficaram submersos nos dois países. Centenas de milhares de pessoas necessitam de ajuda.

*Luiz Fernando Nachtigall é autor de MetSul.com e meteorologista desde 1985 pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Especializado em Meteorologia Aeronáutica pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), atuou no Ipmet da Unesp e na previsão de tempo nos aeroportos de Belém do Pará, Galeão e Porto Alegre.


⛲ Carta

domingo, 5 de março de 2023

Tempestade Freddy gera alerta no Canal de Moçambique



Autoridades moçambicanas alertam que a tempestade tropical Freddy continua se a mover no Canal de Moçambique, podendo provocar ondas de até 10 metros e chuvas intensas em alto-mar.

O Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM) alertou neste domingo (05.03) que a tempestade tropical Freddy, classificada até ao momento como moderada, deverá ganhar força nesta segunda-feira no Canal de Moçambique.

De acordo com um documento publicado na página do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD) no Facebook, o alerta destina-se à Marinha, visto que a tempestade deverá agitar o mar.


Ainda de acordo com o alerta, a tempestade continuar a mover-se numa velocidade de 13 quilómetros por hora "em direção a sudoeste da costa de Madagáscar”, podendo atingir o estágio de tempestade tropical severa na segunda-feira.

O INAM prevê a continuação da ocorrência de ventos fortes, que, segundo o documento na página do INGD, "poderão agitar o estado do mar e gerar ondas de até 10 metros de altura".

Além disso, o INAM prevê chuvas fortes sobre o oceano.

Devido à situação, as autoridades recomendaram a tomada de medidas de precaução e segurança.

A tempestade tropical Freddy atingiu Moçambique há alguns dias, deixou um rasto de destruição em vários distritos e provocou sete mortes, segundo divulgou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).


⛲ Dw

sábado, 4 de março de 2023

Niassa regista 16 óbitos e mais de dois mil novos casos de cólera



A província de Niassa, no norte do país, continua em alerta devido aos casos da cólera numa altura em que o sector de saúde está a fazer de tudo para travar novas infecções, contudo nos últimos dias foram registados 16 óbitos e foram diagnosticados 2.598 novos casos.

Do total dos novos casos registados nos últimos dias, 2.558 receberam alta depois de dias de internamento nos Centros de Tratamento da Cólera – CTCs, na cidade de Lichinga e nos distritos de Chimbunila, Lago, Mecanhelas, Sanga e Mandimba, onde medidas de prevenção estão em curso, sendo que a mais expressiva é a campanha de vacinação lançada à 27 de Fevereiro.

As autoridades de saúde na província de Niassa esperam vacinar 719 mil pessoas nos cinco distritos que neste momento considerados como sendo os mais críticos. A campanha de vacinação, segundo a MISAU, está orçada em 20 milhões de meticais.

E porque ainda há casos de desinformação sobre a origem da cólera, os dirigentes daquela província, nomeadamente a Secretária do Estado, Lina Portugal, e a governadora, Judite Massangele, estão empenhados na sensibilização à população para aderir a vacinação em curso.

O Médico-chefe na província de Niassa, Narciso Rondinho, revelou que foram já imunizadas 225 mil pessoas, mas a participação da juventude, grosso número das vítimas que deram entrada nos Centros de Tratamento da Cólera, ainda está longe das expectativas.


⛲ Evidências 

sexta-feira, 3 de março de 2023

EUA anunciam hoje novo pacote de ajuda militar à Ucrânia

 


Os Estados Unidos da América anunciam hoje um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, que consiste, principalmente, em munições para sistemas que as forças ucranianas já possuem.


A informação foi divulgada pelo porta-voz dos EUA para questões de segurança nacional, John Kirby, sem, no entanto, avançar mais detalhes.


O anúncio do novo pacote de ajuda militar coincide com a visita à Casa Branca do chanceler alemão Olaf Scholz. A última visita de Scholz à Casa Branca foi em Fevereiro de 2022.


Segundo o Notícias ao Minuto, os aliados ocidentais prometeram ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acelerar o fornecimento de armas e munições para permitir que as forças ucranianas repelissem a nova ofensiva das tropas russas.


A União Europeia anunciou recentemente um esforço para fornecer “de emergência” munições de 155 mm.


Os EUA forneceram à Ucrânia, desde o início do conflito, cerca de 29.800 milhões de dólares em assistência militar.


O último pacote foi apresentado na passada sexta-feira, dia que se assinalou o primeiro ano da guerra.


⛲ O País 

A Frelimo já decidiu: nada de eleições distritais em 2024

 


O grupo parlamentar da Frelimo considera que a realização das eleições distritais em 2024 seria inoportuna, segundo o diário “Noticias”, citando o chefe do grupo da Frelimo, Sérgio Pantie. O próximo passo será submeter ao parlamento uma proposta de alteração específica à Constituição da República.

As eleições distritais inserem-se num acordo entre o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, visando pôr cobro ao recrudescimento dos confrontos no centro do país. Neste momento, a constituição foi alterada para acomodar a demanda por essas eleições. Afonso Dhlakama morreu, os guerrilheiros da Renamo foram desmobilizados e o governo abandonou o acordo.

A Frelimo sugere que em 2024 apenas se realizem as eleições presidenciais, parlamentares e provinciais. Para a Frelimo, todo o processo de descentralização deve ser gradual, seguro e viável, devendo trazer uma mais-valia ao funcionamento das instituições. Neste contexto, segundo o argumento do chefe do grupo Frelimo, as eleições distritais não vão consolidar as instituições democráticas. Além disso, implicarão elevados custos para as finanças públicas, uma vez que será necessário constituir novos órgãos: o novo administrador distrital, o representante do Estado e a assembleia distrital.

Um outro argumento da Frelimo é que a realização destas eleições complicaria a gestão e causaria uma tremenda confusão entre os cidadãos, porque colocariam em causa o papel do governador provincial. Cada distrito teria um administrador, que não prestaria contas ao governador provincial.

O ensaio para anunciar que não haverá eleições distritais em 2024 já havia começado no dia anterior. Por exemplo, o diário “Notícias”, de 27 de Fevereiro, publicou uma notícia em que alguns analistas, um deles ligado ao partido Frelimo, desaconselhavam a realização das eleições distritais no próximo ano. Pedro Nguiliche apresentou o mesmo argumento do grupo parlamentar da Frelimo. Para ele, não é estratégico nem oportuno ir às eleições distritais antes de consolidar, aprofundar e melhorar o desenho do governo provincial, concretizado nas eleições passadas.

Perante este cenário, a Frelimo vai propor uma alteração específica à Constituição da República. Para aprovar uma emenda constitucional, a Frelimo não precisa de votos da oposição, pois tem 73% dos deputados no parlamento, muito mais do que os dois terços exigidos pela Constituição. Esta posição revela as razões pelas quais o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, não está a constituir a comissão que prometeu em Dezembro para discutir a viabilidade destas eleições.

Aliás, a decisão de não avançar com as eleições distritais foi tomada em Maio do ano passado, durante uma reunião do Comité Central da Frelimo. Na altura, Filipe Nyusi, falando na qualidade de presidente do partido, alertou para a necessidade de o país reflectir sobre a viabilidade das eleições distritais, sob o argumento de que Moçambique pode não estar preparado para acolher este evento.


⛲ CARTAMOZ 

Ucrânia: EUA exigem à Rússia que coloque um fim à guerra

 


O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, revelou hoje que pediu ao homólogo russo, Serguei Lavrov, que acabe com a "guerra de agressão" da Rússia na Ucrânia.

Num encontro à margem do encontro de chefes de diplomacia do G20, em Nova Deli, Antony Blinken e Serguei Lavrov falaram por alguns minutos, apesar de não estar prevista nenhuma reunião bilateral.

"Eu disse ao ministro dos Negócios Estrangeiros (russo) o que eu, como tantos outros, disse na semana passada nas Nações Unidas e o que tantos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 disseram: ponha fim a esta guerra de agressão, empenhe-se numa diplomacia significativa que possa produzir uma paz justa e duradoura", disse Blinken, em declarações aos jornalistas.

Blinken e Lavrov não se tinham encontrado presencialmente a sós desde janeiro de 2022, algumas semanas antes do início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Ainda assim, os dois chefes de diplomacia conversaram por telefone, mas sobre outros assuntos além da Ucrânia.

Durante as sessões da reunião ministerial do G20 em Nova Deli, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia criticou o "comportamento obsceno de uma série de delegações ocidentais, que transformaram o trabalho na agenda numa farsa", segundo a agência pública russa TASS.

A reunião de chefes de diplomacia do G20 terminou sem um comunicado final conjunto, evidenciando as diferenças que existem entre os membros deste fórum, composto por 19 das maiores economias mundiais e pelo bloco da União Europeia, sobre a guerra na Ucrânia.

Em vez de um comunicado formal, os anfitriões do encontro optaram por um texto de síntese dos debates realizados, onde se afirma que cada um dos países reiterou as respetivas posições em relação ao conflito desencadeado há pouco mais de um ano pela ofensiva militar russa.

A Rússia e a China, que fazem parte do G20, opuseram-se a um parágrafo do comunicado final conjunto que exigia "a retirada total e incondicional da Rússia do território da Ucrânia", segundo um resumo das discussões divulgado pela presidência indiana.

A Rússia também quis incluir no documento a necessidade de uma investigação "imparcial", após as explosões que em setembro danificaram os gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico, de acordo com a versão divulgada pela comitiva da Rússia.

Durante a reunião, os delegados dos países ocidentais disseram temer que a China esteja a ponderar fornecer armas à Rússia e disseram, antes da cimeira, que pretendem desencorajar Pequim de intervir no conflito.

"Se a China se envolver no apoio material letal para a agressão da Rússia ou se envolver na violação sistemática de sanções para ajudar a Rússia, isso constituirá um problema sério", disse Blinken.


⛲Dw