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domingo, 16 de abril de 2023

Mais de 60 mortos em confrontos no Sudão

 


Os confrontos entre o exército e paramilitares continuam no Sudão. Mais de 60 civis foram mortos nas últimas 24h. Entre as vítimas estão três funcionários da ONU. A comunidade internacional apela ao cessar-fogo.

Os combates no Sudão entraram num segundo dia, este domingo (16.04). Os confrontos provocaram a morte de 61 civis em 24h, segundo um balanço citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

Uma rede de médicos do Sudão disse que há dezenas de mortes adicionais entre as forças rivais, e cerca de 600 feridos, incluindo civis e combatentes.

Três funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM), da Organização das Nações unidas (ONU), estão entre as vítimas mortais.

O representante da missão no Sudão, Volker Perthes, "condenou veementemente os ataques ao pessoal da ONU" e expressou condolências às famílias das vítimas.

Após os últimos acontecimentos, o PAM decidiu suspender temporariamente as operações no Sudão.

Os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) envolveram-se em combates com o exército sudanês no sábado (15.04) de manhã, em Cartum, mas a violência alastrou-se a outras zonas do país do nordeste de África.

Combates intensos envolvendo veículos blindados, metralhadoras montadas em camiões e aviões de guerra continuaram este domingo em Cartum, na cidade vizinha de Omdurman e noutros pontos do país, segundo a AP.

Em Cartum e Omdurman, foram noticiados combates em torno do quartel-general militar, do Aeroporto Internacional de Cartum e da sede da televisão estatal. 

"As batalhas não pararam", disse o defensor dos direitos humanos Tahani Abass, que vive perto do quartel-general militar, citado pela AP. "Eles estão a disparar uns contra os outros nas ruas. É uma guerra total em zonas residenciais, acrescentou.

Tanto os militares como as RSF afirmaram controlar locais estratégicos em Cartum e noutros locais, mas estas reivindicações não puderam ainda ser verificadas de forma independente.

Apesar dos combates, as forças armadas do Sudão e as RSF anunciaram neste domingo que "concordaram com uma proposta das Nações Unidas de abrir uma passagem segura para casos humanitários", incluindo a evacuação dos feridos.

Luta pelo poder

Os confrontos fazem parte de uma luta pelo poder entre o general Abdel-Fattah Burhan, comandante das forças armadas, e o general Mohammed Hamdan Dagalo, chefe das RSF.

Os dois generais são antigos aliados que orquestraram o golpe militar de outubro de 2021, que interrompeu a transição de curta duração do Sudão para a democracia.

Nos últimos meses, negociações apoiadas internacionalmente reavivaram as esperanças de uma transição ordeira para a democracia.

Contudo, as tensões crescentes entre Burhan e Dagalo acabaram por atrasar um acordo com os partidos políticos.

Comunidade internacional reage

Os Estados Unidos, China, Rússia, Egito, Arábia Saudita, o Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia e a União Africana apelaram para um rápido fim das hostilidades que ameaçam agravar a instabilidade numa região bastante abalada pela violência.

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana, no entanto, após reunião extraordinária este domingo, rejeitou fortemente qualquer "interferência externa que possa complicar a situação no Sudão".

Numa reunião extraordinária da Liga Árabe, o Sudão pediu que não haja "interferência internacional" e que "o assunto seja deixado para os sudaneses".

"Recomendamos que o assunto seja deixado para os sudaneses concluírem o acordo entre si, longe de interferência internacional", disse o representante permanente do Sudão na Liga Árabe, Al Sadiq Omar Abdallah.

No Vaticano, o papa Francisco afirmou que reza para que "se deponham as armas" no Sudão e que se consiga um "diálogo". "Acompanho com preocupação os acontecimentos no Sudão e estou próximo do povo sudanês, que já sofreu tanto", disse o pontífice a milhares de fiéis na Praça São Pedro.


⛲ Dw

Lula diz que EUA e Europa prolongam a guerra



"A Europa e os EUA continuam a contribuir para a guerra", disse Lula da Silva em visita aos Emirados Árabes Unidos. Líder brasileiro propôs uma mediação conjunta com Abu Dhabi e Pequim no conflito entre Rússia e Ucrânia.

O Presidente brasileiro propôs neste domingo (16.04) uma mediação conjunta com China e Emirados Árabes Unidos (EAU) na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma questão que disse ter disutido em Pequim e em Abu Dhabi.


Luiz Inacio Lula da Silva, que concluiu hoje uma visita aos EAU depois de ter estado na China, também reafirmou as acusações aos Estados Unidos da América (EUA) e à União Europeia (UE) de prolongarem a guerra.

A guerra foi provocada por "decisões tomadas por dois países", Rússia e Ucrânia, disse Lula da Silva na conferência de imprensa em Abu Dhabi que encerrou a visita aos EAU, citado pela agência francesa AFP.

"G20 político"

Lula da Silva disse esperar que China, EAU e outros países se juntem num "G20 político" para tentar pôr fim à guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

"O Presidente Putin não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra; [o Presidente Volodymyr] Zelensky da Ucrânia não está a tomar qualquer iniciativa para parar a guerra", disse o líder brasileiro, através de um tradutor oficial. 

"A Europa e os EUA continuam a contribuir para a continuação da guerra. Portanto, têm de se sentar à volta da mesa e dizer: 'basta'", afirmou o Presidente brasileiro que na China já tinha acusado Washington de "encorajar a guerra" na Ucrânia.

Proposta já foi apresentada a líderes ocidentais

Lula da Silva disse ter sugerido aos Presidentes dos EAU, Mohammed bin Zayed Al-Nahyane, e da China, Xi Jinping, a criação de um grupo de países que teriam a missão de mediar. "O G20 [foi] formado para salvar a economia [mundial], que estava em crise", disse. 

"Agora, é importante criar outro tipo de G20 para pôr fim a esta guerra e estabelecer a paz. Esta é a minha intenção e penso que vamos ser bem-sucedidos", afirmou.

Lula da Silva disse ainda que já tinha discutido a iniciativa com o Presidente dos EUA, Joe Biden, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes dos países sul-americanos. 

Visita aos EAU

O Presidente do Brasil chegou aos EAU no sábado (15.04), após uma visita de dois dias à China, durante a qual assinou acordos no valor de 10 mil milhões de dólares (mais de nove mil milhões de euros).

Lula da Silva, que voltou ao poder em janeiro após dois mandatos entre 2003 e 2010, disse em Pequim que o Brasil estava de volta ao palco internacional e esperava mediar a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Ao contrário de outros países, a China e o Brasil nunca impuseram sanções financeiras à Rússia e estão ambos a tentar posicionar-se como mediadores.

Os EAU também tomaram uma posição neutra no conflito, atraindo um grande número de empresários russos que fogem do impacto das sanções ocidentais, particularmente no Dubai, um importante centro financeiro.


⛲ DW

Combatentes da Renamo exigem a demissão de Ossufo Momade


Generais e outros oficiais superiores, co-fundadores da Renamo que foram, em tempos, homens de confiança de Afonso Dhlakama, acusam o líder do partido de marginalização de membros, particularmente os guerrilheiros, e de ter abandonado todos os princípios que nortearam as negociações deixadas pela ex-presidente, no processo de DDR.

Os antigos guerrilheiros da Renamo, na sua maioria desmobilizados no âmbito do DDR e que não estão a auferir as suas pensões há meses, devido à falta de disponibilidade financeira aliado a burocracias, acusaram, ainda, Ossufo Momade de estar ao serviço da Frelimo, ao manter-se impávido e sereno face às alegadas tentativas para se evitar a realização de eleições distritais e um suposto terceiro mandato na Presidência da República. Por estas razões, exigem a demissão do seu líder da liderança do partido.

Falando em conferência de imprensa na cidade da Beira, no passado sábado, Thimosse Maquinze, afirmou que “os antigos guerrilheiros da Renamo, ora desmobilizados no âmbito do processo de DDR, recorrem, para sobreviver, a biscatos e, em troca, recebem cinco quilos de milho ou um litro de óleo, para poderem alimentar as suas famílias. Grande parte deles residem nas cidades e com os filhos e esposas, alguns em casas arrendadas à espera de promessas de reintegração e nada acontece”.

Maquinze acrescentou ainda que “o que mais preocupa a ala militar é que vários guerrilheiros foram raptados e mortos em circunstâncias pouco claras, por esquadrões de morte e Ossufo Momade sempre se manteve impávido e sereno, o que nos faz concluir que ele é cúmplice”.

Por sua vez, o General Josefo Mwera acusou Ossufo Momade de não estar a levar a sério as preocupações dos ex-guerrilheiros e membros do partido.

“Os combatentes da Renamo estão, desde meados de 2022, a tentar manter contactos com o presidente do partido para um encontro formal através de uma conferência nacional de desmobilizados ou mesmo um encontro como General Maquinze, mas, infelizmente, tudo foi desprezado. Para nós, é uma demonstração clara de que os combatentes não têm nenhum valor na organização.”

Josefo Mwera acrescentou que “para poder reinar, depois da sua eleição como presidente, Momade expulsou os oficiais do Estado-Maior General em Gorongosa; foram detidos e colocados em várias unidades como se fossem inimigos, numa demonstração clara de que pretendia introduzir uma Renamo diferente daquela que Afonso Dhlakama dirigia”.

Josefo Mwera disse mais: “A nível das delegações, Ossufo Momade mandou cortar os subsídios de muitos membros funcionários do partido a tempo inteiro. Notamos falta de consideração ao General Maquinze, na assistência médica, dado o seu estado de saúde actual”.

Na óptica dos guerrilheiros, o trabalho político da Renamo é um fracasso, segundo acrescentou Mwera, e, dando como exemplo, indicou que a Renamo fica na “sombra” dos acontecimentos que minam a evolução da democracia no país e referiu que as bases políticas do partido estão moribundas.

A terminar, Josefo Mwera apelou ao Conselho Nacional da Renamo para convocar um encontro com a finalidade de decidir a permanência ou não de Ossufo Momade na liderança.

“Por tudo que foi arrolado, nós, os combatentes da Renamo, liderados pelo General Thimosse Maquinze, exigimos que o presidente Ossufo Momade se demita e sendo o Conselho Nacional da Renamo, o segundo órgão deliberativo, exigimos que o mesmo convoque, com urgência, um congresso extraordinário, de modo que, de uma forma pacífica, a Renamo encontre a sua liderança que corresponde aos anseios dos membros do partido e da sociedade moçambicana em geral.”

Josefo Mwera e Thimosse Maquinze afirmaram que falavam em representação dos mais de 5200 guerrilheiros da Renamo, grande parte dos quais abrangidos pelo processo de DDR.


⛲ O País 

Angola exige certificado de vacina contra COVID-19 para entrada no país



Há novas regras em Angola para a gestão administrativa da pandemia da COVID-19.

O Presidente João Lourenço promulgou um decreto que actualizou novas regras para a gestão administrativa da pandemia. As entradas no territórioangolano estão sujeitas a apresentação de certificado de vacina.

O decreto assinado esta sexta-feira pelo Presidente João Lourenço, que segundo o Observador entrou em vigor às 00h00 de sábado, determina que as entradas no território nacional estão dependentes da apresentação de certificado de vacinação que ateste imunização completa “ou, em alternativa, da apresentação de teste” do vírus SARS-COV 2, de tipo RT-PCR, com resultado negativo, efectuado nas 48 horas anteriores à viagem, exceto crianças até 12 anos.

As saídas do território nacional, segundo o decreto, estão dependentes da apresentação de certificado de vacinação que ateste a imunização completa, sem prejuízo de formalidades adicionais exigidas pelo país de destino.

O decreto estabelece como medida de contenção sanitária a obrigatoriedade da utilização de máscara facial nas unidades sanitárias e nas farmácias ou serviços equiparados, sendo facultativa a sua utilização nos restantes locais de acesso público.


⛲ O País 

Ramaphosa diz que a crise atravessada pela RAS retrai investimentos

 


O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considera que a actual crise de energia, os níveis de criminalidade e a corrupção afectam a atração de investimento estrangeiro, na África do Sul.

Falando na abertura da 5.ª Conferência de Investimento da África do Sul, organizada pelo Governo, em Joanesburgo, a capital económica do país, Ramaphosa atribuiu a crise de energia ao subinvestimento, má administração e corrupção no sector.

O chefe de Estado referiu que a nomeação do novo ministro da Electricidade agilizará a implementação do plano de acção do seu executivo, considerando que as reformas em curso no sector da electricidade facilitarão também a atração de investimento privado na área.

Na sua intervenção, o Presidente sul-africano sublinhou que o crime e a corrupção continuam a dificultar o desenvolvimento da África do Sul.

Todavia, acrescentou que após o impacto devastador da pandemia de Covid-19, o investimento fixo total em termos nominais aumentou de 756 mil milhões de rands [mais de 3 biliões de meticais], em 2020, para 811 mil milhões de rands [cerca de 3 biliões e meio de meticais], em 2021, e para 933 mil milhões [mais de 4 biliões de meticais], em 2022.

Na óptica de Ramaphosa, que é também Presidente do partido Congresso Nacional Africano, no poder desde 1994, a África do Sul é um destino de investimento com significativo potencial inexplorado.


⛲ O país 

sábado, 15 de abril de 2023

Generais da RENAMO voltam a exigir afastamento de Momade



Os generais da RENAMO pronunciaram-se hoje na Beira sobre seu descontentamento com processo de DDR e com raptos e assassinatos de membros e desmobilizados. Exigem o afastamento incondicional do seu líder, Ossufo Momade.

Um grupo composto por oito generais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) provenientes de todo país solicitou este sábado, na Beira, capital de Sofala, centro de Moçambique, a renúncia incondicional do presidente do partido, Ossufo Momade.

Alegam "incapacidade" do mesmo em liderar o maior partido da oposição moçambicana. Na mesma ocasião, os membros do conselho nacional do partido foram instados a convocar um congresso extraordinário de emergência para a eleição de um novo presidente da RENAMO.

"Nós já não queremos [Ossufo Momade], ele já não é presidente da RENAMO. Nós guerrilheiros o afastamos. Os membros [do partido] também não o querem. Se ele insistir, vamos pedir ajuda aos embaixadores, como ao líder de grupo de contacto, Mirko Manzoni", disse Josefo de Sousa durante a leitura do comunicado chancelado por Timosse Maquinze, chefe do estado maior da RENAMO actualmente desmobilizado no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de homens do partido de oposição.

"Se prevalecer, vamos tirá-lo a força tal como o Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, e vários outros presidentes africanos foram tirados. Temos força suficiente para tal e este é um dos primeiros passos", acrescentou Maquinze num discurso feito em língua Chitewe, predominante na cidade de Chimoio.

A posição foi tornada pública este sábado (15.04), através de uma conferência de imprensa na residência de Timosse Maquinze, antigo chefe de estado maior da RENAMO, atualmente desmobilizado no âmbito do DDR.

"Sem consulta à ala militar"

Maquinze relembrou que Momade foi indicado ao cargo de coordenador interino da RENAMO após a morte de Afonso Dhlakama sem consultar a ala militar, que garante a disciplina partidária.

O mesmo disse ainda que, quando Momade foi eleito líder, ele "destruiu toda estrutura do estado maior general", tendo, na altura, "posto refém alguns generais da confiança do falecido Afonso Dhlakama".

"De lá para cá, ele foi atropelando todos os acordos que [Dhlakama] tinha feito. Estamos cansados - o presidente Ossufo Momade abandonou os princípios que nortearam as negociações tendo adaptado um estilo de liderança que não ajuda alcançar os objetivos políticos da RENAMO",dizem.

"Autoritário"

"Autoritariamente, introduziu o método de indicação de estruturas de base e violou grosseiramente os princípios democráticos", acrescentam.

Timosse Maquinze assegurou ainda, em nome dos combatentes presentes e não-presentes, que não deve haver mais guerra movida pelos combatentes da RENAMO.

"Exigimos que o presidente Momade se demita das funções de presidente da RENAMO, comprovada a incapacidade do mesmo em liderar o partido", disse.

Durante a conferência de imprensa, o presidente da RENAMO foi apontado como alguém que está ao serviço da FRELIMO e a facilitar todas alegadas "manobras" do partido no poder.

"Anular as distritais"

"Constatamos que o presidente Ossufo não tem vontade de reagir quanto ao 'apetite' do Presidente da República [Filipe Nyusi] de 'rasgar a Constituição da República'".

"Deixa a FRELIMO ao seu belo prazer [e com os seus] objetivos claros de anular o processo das eleições distritais - que é uma das grandes conquistas da luta da RENAMO - e de introduzir um terceiro mandato do candidato e presidente da FRELIMO", criticam.

Os combatentes da RENAMO esperam, com a apresentação das indignações, não serem mal interpretados, daí reiterarem o não retorno à guerra.

"Esperamos também que a nossa indignação com o presidente Ossufo Momade seja entendida como única forma interna e pacífica encontrada para alavancar e organizar o nosso partido", dizem.

"Somos pela paz, reconciliação nacional e desenvolvimento do país", dizem.

A DW África tentou contatar a RENAMO por telefone, mas sem resposta.

Entretanto, Domingos Gundana membro da comissão de contacto para assuntos de desmobilizados da RENAMO, reagiu e disse hoje à imprensa moçambicana que as alegações dos guerrilheiros são falsas.

"Isso é normal sempre que se aproximam eleições: há membros que procuram desestabilizar o partido", afirmou Gundana. 

Não é a primeira vez que membros da RENAMO pedem a saída de Momade. Em outras ocasiões, Momade foi também acusado de má gestão e clientelismo dentro da RENAMO, a maior força política da oposição em Moçambique.


⛲ Dw

Marcha estudantil em Luanda é impedida e tem líder detido



Líder do Movimento dos Estudantes Angolanos foi detido na tarde deste sábado após autoridades terem impedido a manifestação sobre o regresso às aulas nas universidades públicas. Professores angolanos continuam em greve.

A detenção do estudante aconteceu enquanto a JMPLA, braço juvenil do partido no poder, realizava a sua marcha em comemoração aos 21 anos de paz e reconciliação nacional. Para este sábado estavam agendadas duas marchas.

A JMPLA com apoio de algumas igrejas cristãs e vários outros cidadãos, caminhou do Cemitério da Santana até ao Largo da Família, no 1 de Maio, em Luanda com a asseguramento da Polícia.

Os estudantes que pretendiam exigir o regresso às aulas e ensino de qualidade nas universidades angolanas escolheram a rota Largo das Heróinas-Largo da Independência.

Entretanto, o local da concentração estava cercado pela polícia que impediu a presença dos estudantes.

Em declarações à DW África, Arminda Milena acusa a polícia de "sabotar" o exercício de cidadania, que visava exigir o direito às aulas nas universidades.

"Cumprimos com todos os requisitos e avisamos as instituições. [Mas] eles privaram a carta. O Governo Provincial não deu entrada da carta ao comando da polícia e essa também diz que não recebeu a carta do MEA. Eles alegam que não receberam nenhuma carta. Se não receberam a carta, porque razão ligaram para reunirmos?", questionou.

Milena diz que que as autoridades angolanas escolheram "a dedo" quem pudesse realizar marcha em Luanda. Neste caso, a estudante diz que a JMPLA foi favorecida.

"É vergonhoso porque o MEA marcou primeiro a marcha, a JMPLA veio a seguir. Na última sexta-feira (14.04), a polícia deixou claro que iriam prender se insistíssemos com a marcha. Eles só praticaram o que eles planearam", explicou.

"Como o nosso presidente, Francisco Teixeira, é conhecido, praticamente tiveram a facilidade de o prenderem"

Os estudantes afirmam que não haveria nenhum constrangimento se as duas marchas fossem realizadas neste sábado.

Entretanto, Francisco Teixeira e os outros cinco estudantes já estão em liberdade.

A DW procurou ouvir polícia, mas não teve nenhuma reação.

A porta-voz do MEA afirma que prevê manifestações para os próximos sábados.

"Essas detenções não vão nos intimidar, vamos continuar a manifestar. Essa foi a primeira. Reprimiram, mas não tem problema. Vamos realizar outra no próximo sábado. Agora, vamos ver se a JMPLA passará a realizar marcha todos os sábados", desabafam.

Em Angola, os estudantes universitários estão sem aulas há dois meses devido àgreve iniciada a 27 de fevereiro pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), que inquieta a comunidade estudantil.

Este é o pano do fundo das manifestações convocada pelo MEA, a organização da sociedade civil que defende os direitos da classe estudantil.

Já a "marcha da juventude de apoio à paz" promovida pelo braço juvenil do MPLA, decorreu em todo país. Em mensagem aos jovens, o secretário-geral da JMPLA descreveu o ato como sendo o "comprometimento da juventude em preservar a paz".

Crispiniano dos Santos apelou à juventude a apoiar o Presidente angolano, João Lourenço.

"A juventude angolana deve estar comprometida consigo mesmo, com Angola e com os angolanos. Deve apoiar o nosso Presidente da República com ações práticas e propostas concretas", disseram.

"O nosso Presidente tem dado prova clara na manutenção da paz, e tem sido líder incansável e patriota, que se revela o mais preocupado os problemas do povo em geral, e em particular o problemas da juventude", argumentaram.

Um jovem que fala em nome da "Juventude Estudantil" no ato político da JMPLA, Antoniel António felicitou o executivo pelo que considera melhoria no sistema de ensino.

"Apelamos o executivo a investir fortemente no setor da educação e ensino, na formação integral dos jovens angolanos".


⛲ Dw

Paramilitares sudaneses tomam palácio presidencial


As Forças de Apoio Rápido paramilitares do Sudão (RSF) informam ter tomado o controlo do palácio presidencial, avançaram agências de notícias este sábado.

Além do controlo do palácio presidencial, as Forças de Apoio Rápido paramilitares do Sudão (RSF) dizem ter tomado o controlo da residência do chefe do exército e do aeroporto internacional de Cartoum, à medida que irrompiam os confrontos com o exército numa escalada de luta pelo poder.

Numa declaração, a RSF disse também ter tomado o controlo dos aeroportos da cidade de Merowe e El-Obeid, no norte do país, a oeste.

Os tiros podiam ser ouvidos esta manhã em várias partes de Cartoum e outras testemunhas também relataram tiros em cidades adjacentes.


⛲ Dw

Greve no ensino superior: Estudantes vão para as ruas



Sem aulas há quase dois meses, estudantes marcham no sábado para pressionar pelo retorno das negociações. Ministra da tutela descarta anulação do ano letivo, mas sindicato dos professores mantém reivindicações.

A greve iniciada a 27 de fevereiro pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) inquieta a comunidade estudantil, que está preocupada com as consequências que a paralisação acarreta.

Para pressionar as autoridades governamentais, o Movimento dos Estudantes de Angolanos (MEA) agendou, para o final de semana, manifestações de rua a favor do retorno do sindicato e do Governo à mesa de negociações.

"Nós vamos fazer uma série de ações de pressão de rua para ver resolvida a situação", disse à DW o líder estudantil Francisco Teixeira. "Vamos começar agora no dia 15 de abril, sábado. Vamos começar com protestos e pedimos a todos os estudantes e interessados para se fazerem presentes, porque é necessário resgatar a Educação das mãos dos vigaristas, da mão dos comerciantes", afirmou

O braço de ferro entre o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior e o Ministério do Ensino Superior, Tecnologias e Inovação já é longo, ao ponto de o Governo estar a pensar em soluções alternativas.

Concluir o ano académico

Falando esta semana à comunicação social, a ministra do Ensino Superior, Tecnologias e Inovação, Maria Bragança, fez saber que o seu pelouro está a gizar estratégias que passam pela mobilização de docentes que não aderiram à greve, para que continuem a lecionar.

A ministra diz que está fora de questão a anulação do ano académico 2022/2023 no ensino superior:

"Não há passagem administrativa e as instituições têm de fazer de tudo, com os docentes que estiverem disponíveis, para o melhor aproveitamento possível dos estudantes. O Governo tem responsabilidades", afirmou, ponderando também que, "sendo o direito à greve um direito de todos os cidadãos, não podemos impedir a participação na greve".

Falta de sensibilidade

Para o líder estudantil Francisco Teixeira, o que o Governo está a fazer é revelador do desprezo com que as autoridades olham para o ensino superior público.

"Primeiro, isso não afeta diretamente os governantes, porque é para a camada mais desprovida da sociedade, que é a camada pobre," afirmou.

Greve no ensino superior: Impasse permanece

"A elite política não está envolvida nesta situação. Os estudantes das elites, os privilegiados, estão 'nas europas' e nas universidades privadas em Angola. Não tem filho de ministro, de governante ou de administrador nesta situação. Daí que falta interesse dos governantes em resolver essa situação", criticou.

Anulação de matrículas

Por alegadas irregularidades, o Ministério do Ensino Superior anulou, recentemente, cerca de 13 mil matrículas de estudantes que haviam frequentado aulas naquelas instituições de ensino superior sem terem sido submetidos a exames de admissão, como está estatuído.

Para Francisco Teixeira, do MEA, a medida do Ministério peca por vir tarde e por penalizar os estudantes que não têm a ver com a decisão das instituições que optaram pela não realização dos exames aos candidatos ao ensino superior.

"O Ministério tem um departamento de inspeção, que não deveria chegar seis meses depois do arranque do ano letivo e, unilateralmente, sem dialogar com ninguém, cortar o acesso ao ensino dos estudantes, como se fosse uma unidade militar", defende.

Os professores retomaram, em fevereiro, a greve por tempo internado por não haver acordo nos pontos considerados fraturantes pelos sindicalistas, como salário básico e um seguro de saúde.


⛲ Dw

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Homenagem a Azagaia: Família regista marca “Mano Azagaia, Povo no Poder”


“Mano Azagaia, Povo no Poder” já é uma marca legalmente registada, sendo detida pela família do músico Edson Da Luz, conhecido por Azagaia, tornando-se, desde já, proibido o seu uso sem conhecimento e autorização desta.

A informação foi avançada esta semana pela família do cantor, num comunicado de imprensa, no qual agradece a todos que, de forma directa e/ou indirecta, se dignaram a prestar o seu apoio durante as exéquias fúnebres do músico, falecido no passado dia 09 de Março, vítima de doença.

De acordo com o documento, a família do músico Azagaia tomou a iniciativa de registar, nas entidades competentes, a marca “Mano Azagaia, Povo no Poder”, pelo que “todos os assuntos relacionados com a utilização desta, sejam espectáculos, produção de materiais de visibilidade, incluindo cartazes, camisetas, bonés, panfletos e quaisquer outras formas de produção ou reprodução de bens associados devem ser autorizados pela família”.

“Apelamos a todos os promotores de eventos e actividades relacionadas e aos interessados na produção e reprodução de artigos com a marca Mano Azagaia que se aproximem à família para solicitar a respectiva autorização por escrito e com assinatura dos responsáveis legais da marca”, sublinha a família.

A marca “Mano Azagaia, Povo no Poder” tornou-se “febre nacional”, desde que o cantor perdeu a vida no passado dia 09 de Março. Centenas de artigos, como camisetas, bonés e cartazes, foram produzidos e comercializados em todo o país em homenagem ao músico que, com as suas letras, conquistou a admiração e o respeito da maioria dos moçambicanos, tendo sido declarado herói nacional pelo povo.

Refira-se que o Chefe de Estado e o partido no poder (Frelimo) nunca chegaram a endereçar mensagem de condolências à família do músico, enquanto a Polícia da República de Moçambique chegou a inviabilizar o cortejo fúnebre do cantor, lançando gás lacrimogéneo à família do artista.


⛲ Cartamoz