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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Renamo propõe alterações à lei eleitoral para evitar as fraudes do ano passado

 


Para a sessão parlamentar que começa a 22 de Fevereiro, a Renamo propôs grandes alterações à Lei Eleitoral, para tentar evitar a repetição das fraudes e má conduta nas eleições autárquicas de 2023. A Renamo apela a uma maior transparência e à proibição de alterações secretas de resultados. Haveria recontagens ou novas eleições em vez de mudanças secretas. O MDM apresentou uma lista mais curta de propostas.

A Renamo apresentou uma proposta controversa para lidar com o problema dos tribunais distritais e do Conselho Constitucional que, por vezes, se recusa a lidar com algumas más condutas porque são “crimes” e não apenas ofensas eleitorais. Por exemplo, o enchimento de urnas é um crime e pode afectar o resultado da eleição e, se for simplesmente encaminhado ao Ministério Público, não haverá resposta antes de os resultados eleitorais serem declarados.

O actual sistema de tribunal eleitoral é uma mistura "ad hoc". O Conselho Constitucional, que não é um tribunal, tornou-se o tribunal eleitoral supremo. Os tribunais distritais foram transformados em tribunais eleitorais, com regras especiais em matéria de provas e actuando rapidamente. Portanto, adicionar o MP ao sistema judicial eleitoral poderia criar um caminho penoso. De acordo com a alteração, as reclamações e recursos eleitorais poderiam ser apresentados ao tribunal distrital ou ao MP, que teria de decidir no prazo de 72 horas.

A nova transparência incluiria a transmissão directa da contagem

As propostas da Renamo apelam a um grande aumento na transparência. A Renamo propõe que durante a contagem inicial na assembleia de voto, “no interesse da transparência eleitoral, a contagem dos votos possa ser acompanhada de publicidade imediata dos procedimentos, podendo os delegados dos partidos captar imagens, som, filme ou ao vivo para consumo público”. A transmissão das contagens representaria um enorme aumento na transparência.

Oapuramento da cidade ou distrito é agora feito em segredo pelo STAE, mas a Renamo propõe que o pessoal do STAE, que coloca os números numa folha de cálculo, seja monitorado pelos membros da comissão eleitoral para comparar os dados e garantir que os números não estão a ser alterados, e da mesma forma para digitar as actas manuscritas

Todos os documentos principais seriam publicados na Internet, a nível local e nacional:

A nível municipal ou distrital, no prazo de 20 dias, uma versão digitalizada de todas as assembleias de voto originais e das actas e editais da CDE seria publicada localmente na web.

A Comissão Provincial de Eleições publicaria na web as suas actas originais e editais (folhas de resultados) no prazo de cinco dias.

E no prazo de 20 dias após a apresentação dos resultados finais, a Comissão Nacional de Eleições publicaria na web os editais e actas originais de todos os níveis - assembleias de voto, distrito e província.

Esta informação nunca esteve facilmente disponível e tornaria muito mais fácil denunciar fraudes rapidamente.

Recontagens em vez de mudanças secretas

A Renamo sugere medidas para impedir as actuais mudanças secretas por parte do STAE e das comissões eleitorais e substituí-las por recontagens, como na maioria das democracias. “A Renamo propõe: O Tribunal Judicial Distrital e o Conselho Constitucional não podem, por sua própria iniciativa, transferir votos constantes das actas e editais, devendo todo o processo de apuração da verdade eleitoral constante das actas e editais ser realizado por recontagem.”

No apuramento distrital ou no re-apuramento, os editais das assembleias de voto devem ser mostrados a cada delegado de partido presente para comparação com as suas próprias cópias. Se não corresponderem, o delegado do partido deve informar imediatamente qual elemento não corresponde. 

Caso haja desacordo entre dois editais diferentes para a mesma assembleia de voto, o caso seguirá imediatamente para o MP ou tribunal distrital. A Renamo propõe que os editais da mesma assembleia de voto que discordem sejam comparados com assinaturas de cheques, números de formulários, caligrafia e outros sinais distintivos. Os editais falsos nem sequer são considerados na lei existente e, no ano passado, os tribunais distritais não sabiam como lidar com eles.

A Renamo propõe uma série de pequenas mudanças

Para impedir a Frelimo de nomear membros das mesas de voto, a Renamo convoca um júri composto pelo director, directores-adjuntos (Frelimo e Renamo) e um técnico do terceiro partido (MDM). Se não houver decisão por consenso, deverá haver manifestação de quem perdeu a votação.

Para evitar alguns dos atrasos por parte dos chefes de mesa que ocorreram no ano passado, a Renamo propõe uma pausa não superior a uma hora antes do início da contagem. A contagem então continua sem interrupção até que o edital seja publicado e as cópias distribuídas.

Para evitar o enchimento das urnas com boletins de voto de outras assembleias de voto, o presidente da assembleia de voto deve ler, durante a contagem, o número de série para mostrar que é desta assembleia de voto.

A Renamo também apela:

  • Ao fim da proibição de pesquisas de opinião durante a campanha e processo de votação;
  • À introdução de cabines de votação transparentes;
  • Que o delegado do partido na assembleia de voto não possa ser preso antes da contagem;
  • Se houver votação numa assembleia de voto e o presidente utilizar voto de qualidade, este deverá ser justificado;

À anulação de uma eleição por uma série de infracções, incluindo a prisão de um delegado do partido e se qualquer parte da contagem for feita fora da assembleia de voto, e;

Que as penas para crimes eleitorais seriam aumentadas e seriam aumentadas ainda mais para os presidentes da mesa, por exemplo, por se recusarem a aceitar protestos, não publicarem o edital e falsificarem documentos.

O MDM apresentou uma lista mais curta com muitas das mesmas propostas, incluindo:

Os tribunais distritais poderiam exigir recontagens;

Júri para selecção dos membros das mesas de voto;

Imunidade para delegados partidários, e;

Uso de editais entregues aos partidos, caso haja discrepância;

O MDM apresentou alterações tanto à Lei 2/2019 de 31 de Maio, que rege a eleição do Presidente e dos deputados à Assembleia da República, como à Lei 3/2019 de 31 de Maio, que rege as eleições para as assembleias provinciais e para governadores. A Renamo propõe alteração de 35 artigos e adição de 12 novos artigos, mas apenas apresentou alterações à primeira lei e elas teriam de ser aplicadas t

ambém à segunda lei.

⛲ Cartamoz 

Detidos profissionais de saúde por roubo de 10 mil unidades de colecta de sangue



São três detidos, dois dos quais funcionários do Hospital Geral de Quelimane e o terceiro é da segurança privada que protege as instalações da unidade sanitária. Ambos são acusados de roubo de 10 mil unidades de colecta de sangue. 

O material foi achado numa casa localizada no bairro Torrone, cidade de Quelimane. O segurança diz que abriu o armazém e permitiu a retirada do material por um profissional do hospital. Já os dois profissionais negam as acusações que pesam sobre si no envolvimento do caso. 

O Serviço Nacional de Investigação Criminal acredita que estes fazem parte de um grupo que se dedica ao saque de materiais e fármacos do Sistema Nacional de Saúde no Hospital Geral de Quelimane. 

O material foi achado no dia 9 deste mês, numa casa cujo os proprietários estão a monte.

⛲ O país 

Mais de 10 mil crianças-soldados combatem na República Centro-Africana

 


Conselho de Segurança da ONU estima que haja 300 mil crianças-soldados espalhadas por pelo menos 86 países.

Cerca de 10 000 crianças continuam a combater ao lado de grupos armados na República Centro-Africana (RCA), mais de uma década após o início da guerra civil. O Conselho de Segurança da ONU estima que haja 300 mil crianças-soldados espalhadas por pelo menos 86 países.

⛲ Cm

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Gás tem potencial para render 100 mil milhões de dólares a Moçambique - estudo

 


A consultora Deloitte concluiu que as reservas de gás natural de Moçambique representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares (92,7 mil milhões de euros), destacando a importância internacional do país na transição energética.

“As vastas reservas de gás do país poderão fazer de Moçambique um dos dez maiores produtores mundiais, responsável por 20% da produção de África até 2040”, refere o relatório de 2024 da consultora internacional sobre as perspetivas energéticas de África, dedicado a Moçambique, a que a Lusa teve hoje acesso.

Moçambique poderá “contribuir significativamente para as necessidades energéticas mundiais, tanto durante o período de transição energética como estabelecendo capacidades fortes em toda a cadeia de valor das energias renováveis. A transição para as energias renováveis apresenta uma oportunidade para responder às necessidades energéticas do país, ao mesmo tempo que ultrapassa a adoção de tecnologia e desenvolve cadeias de valor locais e as novas competências para satisfazer estas necessidades da indústria”, lê-se.

O relatório aponta que se espera que o gás natural “traga cerca de 100 mil milhões de dólares de receitas para Moçambique ao longo do seu ciclo de vida” e que o país tem ainda “uma vantagem competitiva significativa em energias renováveis com ativos hidroelétricos, como a barragem de Cahora Bassa (2.000 MW) e o “potencial futuro” da barragem de Mphanda Nkuwa (1.500 MW), “permitindo a descarbonização da indústria regional”.

“O país também tem um elevado potencial solar”, destaca o relatório, referindo-se às centrais (80 MW) que já foram instaladas em Mocuba e Metoro.

“Espera-se que a procura de eletricidade pelas famílias aumente com o ambicioso programa de eletrificação do Governo”, denominado “Energia para Todos”, bem como pelo “aumento do uso obrigatório de biocombustíveis” decidido pelo executivo, acrescenta a Deloitte.

“Com medidas eficazes, Moçambique poderá tornar-se um centro energético na África austral”, aponta o relatório.

Medidas, acrescenta a consultora, como a definição “de um plano estratégico para cada fonte de energia”, o desenvolvimento das “cadeias de valor e indústrias locais ligadas às energias renováveis e produtos associados”, a atração do setor privado, a promoção da liberalização económica e modificações ao quadro jurídico.

“Moçambique precisa de definir uma estratégia para navegar na descarbonização dos mercados globais e da sua própria economia. Especificamente, como se posicionar nas diversas cadeias de valor, vendendo energia e outros produtos e serviços de valor acrescentado, em vez de vender apenas os produtos associados, como o gás, o carvão e os minerais raros”, defende o relatório da Deloitte.

Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado.

Dois desses projetos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.

Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura.

O outro é o investimento, ainda sem anúncio à vista, liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).

Um terceiro projeto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, diretamente no mar, que arrancou em novembro de 2022.

A plataforma flutuante deverá produzir 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás natural liquefeito, a Área 1 aponta para 13,12 mtpa e o plano em terra da Área 4 prevê 15 mtpa.

CNE diz que orçamento eleitoral proposto pelo Governo está em reajuste



Está em revisão o orçamento para as eleições gerais deste ano. De acordo com o Orçamento do Estado, o processo deverá custar cerca de 6,5 mil milhões de Meticais.

A cerca de um mês do arranque do recenseamento eleitoral, a base para as eleições gerais de 9 de Outubro, o orçamento para o escrutínio está em processo de revisão.

Depois de o Governo ter definido, no Orçamento do Estado, cerca 6,5 mil milhões de Meticais como o custo das eleições, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) diz haver necessidade de ajustar alguns elementos propostos pelo Governo e aprovados pelo Parlamento.

“O processo de aprovação do orçamento segue várias etapas: primeiro do Governo, depois da Assembleia da República. Há uma reacção que nós fizemos agora, de reajuste ao orçamento que nos foi disponibilizado, e, em função disso, vamos, depois, partilhar os números com exatidão, que é para não criar confusão”, explicou Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

O porta-voz da CNE falava à margem de uma mesa redonda que abordou as próximas eleições gerais deste ano, evento organizado pelo Instituto para a Democracia Multipartidária.

Na ocasião, o IMD, através do seu director de programas, Dércio Alfazema, apelou para a melhor organização interna dos partidos políticos. “Temos estado, também, a apelar aos partidos políticos para que organizem esses processos internos de forma transparente e íntegra, para que os candidatos que forem a resultar desses processos não venham ser alvo de contestação a nível dos partidos e também a nível da opinião pública.”.

Por sua vez, o jornalista Tomás Vieira Mário defende que os candidatos presidenciais devem ser escolhidos com base na ética e competência, sem se olhar para a região de origem.

“Provou-se que não é por ser de Cabo Delgado que haverá desenvolvimento. Gaza é tão pobre como estava antes da independência, mas esteve lá Chissano, como Presidente da República. Cabo Delgado não melhorou por causa do Presidente Nyusi, portanto a ideia de que a origem regional beneficia a região é falsa”, explicou Tomás Vieira Mário.

Para já, a CNE garante que está em preparação o processo de formação dos agentes que vão trabalhar no recenseamento eleitoral, cujo material já está disponível nas províncias.

Diretor desportivo do Bayern comenta a complicada situação de De Ligt



O central neerlandês de 24 anos ficou de fora da derrota dos bávaros por 3-0 contra o Bayer Leverkusen de Xabi Alonso.

Diretor desportivo do Bayern comenta a complicada situação de De Ligt

Apesar do importante jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões contra a Lazio, esta quarta-feira, Matthijs de Ligt tem sido o principal protagonista das últimas horas em Munique, e alguns já preveem que ele deixará a Baviera no final da temporada.

O central neerlandês de 24 anos ficou de fora da derrota dos bávaros por 3-0 contra o Bayer Leverkusen de Xabi Alonso. Thomas Tuchel optou por uma linha de três centrais, com Kim-Min-jae, recentemente regressado da Taça da Ásia, Dayot Upamecano, de fora dos últimos dois jogos da Bundesliga com uma distensão fibrosa, e Eric Dier, que chegou no inverno do Tottenham Hotspur.

O inglês, que jogou apenas 199 minutos na primeira metade da temporada ao serviço do conjunto londrino, fintou agora De Ligt. "Claro que foi uma deceção para ele, mas estamos felizes por tê-lo connosco", disse o diretor desportivo do Bayern, Christoph Freund, na terça-feira, quando questionado sobre a situação do antigo jogador do Ajax.

"Há muita concorrência, Matthijs sabe disso e lida com isso com profissionalismo. É um grande profissional", acrescentou Freund.

⛲ Ao Minuto 

PGR identifica e desenterra corpo vítima do rapto em Maputo

 


O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada identificou e desenterrou o corpo de uma vítima de rapto, ocorrido há um ano, na Cidade de Maputo. Trata-se de Munawar Ahmed Ali, de nacionalidade paquistanesa.

Desde que Munawar Ahmed Ali foi raptado por desconhecidos, em plena luz do dia, a 03 de Outubro de 2022, na capital moçambicana, nunca mais foi visto com vida.

As investigações, desencadeadas pelo Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada, à data dos factos, concluíram que o cidadão de nacionalidade paquistanesa foi morto pelos raptores e enterrado no quintal da casa onde era mantido em cativeiro.

O facto é confirmado neste comunicado a que a O País teve acesso, no qual o Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada explica haver diligências para esclarecer o caso.

” Foi possível identificar um corpo que se encontrava soterrado, e exames preliminares indicam características similares às da vítima. Face à constatação, está em curso uma perícia no âmbito da antropologia forense para o levantamento da identificação e realização de exames de ADN”.

A instituição garante que, em conexão com o rapto e assassinato, foi aberto um processo-crime contra quatro indivíduos, um dos quais em prisão preventiva.

Sobre os outros três, dados como foragidos, já foram emitidos mandados de captura. Sobre os acusados, pesam crimes de rapto, posse de armas proibidas e associação criminosa.

⛲ O país 

CNE pede ajuda de todos para eleições justas

 


A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique apela ao envolvimento da sociedade para a democratização das eleições gerais e assinala que os implicados em ilícitos nas últimas autárquicas estão sob alçada judicial.

“A primeira garantia é este envolvimento que toda a sociedade está tendo“, na preparação das eleições gerais de 9 de outubro próximo, que “é um grande indicativo de que estamos todos comprometidos com a realização das próximas eleições, portanto não há duvidas quanto a isso”, afirmou Paulo Cuinica, porta-voz da CNE.

Cuinica falava aos jornalistas à margem de uma mesa-redonda, em Maputo, sobre “Dinâmicas Políticas de 2023 e Lições para 2024”, organizada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD, na sigla inglesa), uma organização não-governamental (ONG).

Sobre o envolvimento de agentes eleitorais em ilícitos durante o processo das eleições autárquicas de 11 de outubro de 2023, o porta-voz da CNE avançou que “está tudo encaminhado” pelos órgãos judiciais.

“Há processos que estão na justiça, neste momento, aguardando a sua resolução”, declarou.

Questionado se os órgãos eleitorais vão exercer influência para alterações legais que dissipem dúvidas sobre alguns dispositivos normativos, nomeadamente em relação às competências dos tribunais e do Conselho Constitucional, Paulo Cuinica defendeu que essa matéria é da alçada do poder legislativo, cabendo às outras entidades a aplicação das normas vigentes.

“Para nós, como intérpretes e implementadores da lei, partimos do princípio de que todas as soluções consagradas na lei são as melhores, só o legislador é que pode decidir se quer ou não alterar a legislação. Neste momento, trabalhamos com a legislação que temos, na convicção de que as soluções que estão lá são as melhores”, enfatizou Cuinica.

O porta-voz da CNE adiantou que o material para o recenseamento eleitoral, que vai decorrer de 15 de março a 28 de abril, já está nas províncias, devendo iniciar nos próximos dias a formação dos agentes eleitorais que vão realizar o registo de votantes.

⛲ INTEGRITY 

Premier League aprova venda de 25% do Manchester United

 


A operação de venda de 25% do clube de futebol inglês Manchester United ao bilionário britânico Jim Ratcliffe, por 300 milhões de euros, recebeu 'luz verde' da comissão independente que avalia estes negócios, anunciou hoje a Premier League.

Depois de a direção da entidade que rege as ligas profissionais inglesas ter dado o seu aval na semana passada, este é mais um passo tendo em vista a concretização do negócio entre Jim Ratcliffe, dono da empresa química Ineos, e a família norte-americana Glazer.

A comissão independente foi criada recentemente para verificar se os potenciais compradores de clubes ingleses cumprem as regras estipuladas em Inglaterra para este tipo de transações, algo que não acontecia anteriormente, tal como nas vendas do Manchester City aos Emirados Árabes Unidos e do Newcastle à Arábia Saudita.

A família Glazer, proprietária do clube desde 2005, abriu no ano passado um processo de venda parcial ou total para receber novos investimentos, e com a chegada de Ratcliffe, encerrou este capítulo, visando manter o sucesso financeiro do clube e ressuscitá-lo a nível desportivo, que está em declínio desde 2013, ano em que o treinador Alex Ferguson se aposentou e em que os 'red devils' conquistaram o seu último título de campeão inglês.

No âmbito deste acordo, Ratcliffe fica responsável pelas operações desportivas do clube, além de injetar 300 milhões de libras (330 milhões de euros) nos cofres do United, para investimentos tanto em transferências, como na remodelação do estádio Old Trafford.

A oferta de Ratcliffe, que foi aceite pelo clube em dezembro, prevaleceu sobre a do Qatar, que ofereceu 5 mil milhões de euros para assumir todo o clube, mas nunca apresentou as garantias para realizar a operação.

O último passo para que a compra seja totalmente oficial é receber a aprovação da Federação Inglesa de futebol (FA).

⛲ Ao minuto 

Distrito de Chiúre alvo de ataques terroristas

 


Há quase uma semana que o distrito de Chiúre, no sul da província de Cabo Delgado, vem sendo alvo de ataques terroristas e, até ao momento, várias aldeias estão parcialmente destruídas e abandonadas.

O último ataque, segundo confirmou o administrador do distrito, ocorreu no posto administrativo de Mazeze, durante quase todo o dia de segunda-feira.

“Eles começaram a circular no distrito desde o dia 3 de Fevereiro e ontem (segunda-feira) atacaram a sede do posto administrativo de Mazeze, onde destruíram várias infra-estruturas públicas e privadas, incluindo capelas e algumas residências da população que acabou por fugir para outros pontos do distrito”, confirmou Oliveira Amimo, administrador de Chiúre.

Até ao momento, segundo a fonte, “o Governo ainda não tem muitos detalhes, porque todas as instituições públicas em Mazeze estão fechadas”.

Além de Chiúre, o grupo armado tem estado a protagonizar ataques no distrito de Meluco, na zona centro da província de Cabo Delgado.

RELATOS DE ATAQUES EM MACOMIA

A Voz da América escreve que, num outro ataque, que sugere estar coordenado, os rebeldes reforçaram na passada sexta-feira, 9 de Fevereiro, a sua presença em Mucojo, uma vila importante de Macomia, que os insurgentes tinham ocupado a 21 de Janeiro.

Na costa, as forças de segurança retomaram Mucojo, sem luta, no dia 31 de Janeiro, mas voltaram a perder para os rebeldes após intensos confrontos e ocupação da posição militar na sexta-feira.

“Essa nova posição da força moçambicana (marinha) em Mucojo-sede foi ocupada. Neste momento, há militares da força mortos e vários outros desaparecidos”, precisou uma fonte militar, baseada em Pemba, sem muitos pormenores.

ATAQUE A AUTOCARRO

Já na tarde do passado sábado, 10 de Fevereiro, um condutor de uma carrinha ligeira de transporte de passageiros morreu atingido por bala após um grupo armado ter disparado contra a viatura em Meluco.

A viatura, que fazia o trajeto Pemba-Meluco, foi atacada cerca das 15h00 locais, e alguns passageiros continuavam desaparecidos, contou à “Voz da América”, um professor local, baseado em Muaguide-sede, citando um parente que sobreviveu ao ataque.

AVANÇO PARA O SUL

As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas ainda não comentaram sobre a nova vaga de ataques de grupos rebeldes.

Entretanto, o Projecto de Registo de Dados de Conflitos (ACLED, na sigla em língua inglesa) indica que grupos de insurgentes avançaram de forma “dramática” para sul a partir de Mucojo, no distrito de Macomia, atravessando o distrito de Quissanga e espalhando-se pelos distritos de Metuge, Ancuabe, Mecufi e Chiúre.

Outro grupo seguiu até ao rio Lúrio, onde atravessou no sábado, e acampou-se na aldeia Ciripa, do lado da vizinha província de Nampula.

Neste percurso, os rebeldes emboscaram civis e forças de segurança pelo caminho. Os insurgentes iniciaram o seu avanço para sul, em Quissanga, no dia 19 de Janeiro, chegando a Mussomero, a apenas quatro quilómetros da sede distrital, quatro dias depois, refere a publicação Cabo Ligado, que acompanha o conflito em Cabo Delgado.

O chefe de Estado, Filipe Nyusi, reconheceu estes movimentos no seu discurso do Dia dos Heróis, a 3 de Fevereiro, e afirmou que os insurgentes estavam a tentar desviar os avanços das forças de segurança para longe das bases insurgentes.

A nova vaga de ataques terroristas ocorre numa situação de transição, em que as tropas da SADC, que ajudam Moçambique no combate ao terrorismo desde Junho de 2021, estão em vias de saída do território moçambicano.

Até agora as autoridades ainda não confirmaram, comentaram ou reagiram aos recentes ataques.

⛲ O país